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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Incertezas do Amor- capítulo 03








BIANCA



 Depois daqueles beijos, resolvo vir para casa. Chego atordoada. Como aquele filho da puta beija bem! Estou excitada até agora. Mas não posso. Eu. Não. Posso. Desejar. Aquele. Bastardo. Aff, ele tinha que ser tão gostoso? Tinha que beijar tão maravilhosamente? Paro - tento parar - de pensar, vou tomar um banho e depois, dormir. Antes de apagar completamente, vem-me a visão de um par de olhos azuis que tem um dono que beija viciantemente bem.

Acordo no outro dia sem ressaca, graças a Deus! Coloco Jorge e Mateus bem alto, começo minha faxina, acabo-me de dançar e resolvo fazer minha comida preferida: lasanha ao molho branco. Ligo para o Guel e o chamo para vir almoçar comigo. Começa a música “Querendo Te Amar”  e lembro-me  novamente dos olhos azuis que tanto me atormentam...


***



Guel chega me contando de suas conquistas - da noite anterior - e pergunta se eu “peguei” alguém. Nego veementemente (o que não é mentira, porque foram apenas dois beijos). Depois de muita conversa ele despede- se, expondo que hoje irá se encontrar com um “bofe escândalo” e não poderá faltar de jeito nenhum e tem que se arrumar e tal. Depois que ele sai, aproveito e vou tirar uma soneca. Acordo com o celular tocando, olho no visor e vejo que é o Bruno. Atendo e ele avisa que dona Maria já está em casa e quer que eu vá vê-la ainda hoje. Ligo para casa, falo com minha mãe, meu pai e minhas irmãs durante horas. Dou várias gargalhadas e prometo ir visitá-los em breve. Levanto-me, tomo banho, coloco um short jeans estampado com uma blusa de alça verde de seda e uma rasteirinha. Prendo o cabelo num rabo de cavalo, passo um gloss nos lábios, pego minha bolsa e vou fazer minha visita a Dona Maria. Lá, sou recepcionada por Bruno, colocamos a conversa em dia e quando menos esperamos dona Maria chega.

- Bia, minha filha, quanto tempo! Já estava com saudades de você. Levanto e lhe dou um abraço apertado.

 - Era eu quem estava com saudades – revelo - A senhora nos deu um baita susto! Ela faz um gesto de desdém com as mãos.

- Aquilo? Ah, minha filha, não foi nada, já passou; estou ótima! – defende-se ela com um sorriso no rosto.

- Mas, a senhora tem que se cuidar, ainda está se recuperando...

Ela faz uma careta e retruca:

- Credo! Até parece meu médico falando! Vamos mudar de assunto.

- Ah, lembrei! - Dou um sorriso

- Trouxe uma surpresinha. Bruno me disse que estava liberado, então fiz uma lasanha especial ao molho branco com palmito, do jeitinho que a senhora gosta!

Abro a bolsa e retiro a travessa. Ela abre, cheira a lasanha com os olhos fechados.

- Bia, que saudades da sua comida; aquela comida de hospital não tem nem cristão que aguente! - Diz, com uma cara de desgosto

- Vou comer agora mesmo! Venha. – e ela gira sob os calcanhares, indo para a cozinha.

Chegando lá, encontro Pablo só de bermuda, bebendo água. Nos cumprimentamo-nos com um “oi” tímido e seco e ele sai. Dona Maria que não é boba nem nada nota logo o clima.

- Bia, aconteceu alguma coisa? Você e o Pablo discutiram? - ela franze o cenho - Ele geralmente é tão falador, gosta de brincar com as pessoas, principalmente com mulheres bonitas... como você.

- Eu e o Pablo brigamos antes mesmo de nos conhecermos, dona Maria. Sente-se que eu lhe sirvo. Enquanto a senhora come, eu conto tudo.

Passo um tempão conversando, conto tudo – emitindo alguns detalhes hot’s, claro - entre uma conversa e outra. Depois de certo momento, entram Bruno e Pablo na cozinha em uma discursão acalorada por causa do futebol.

Dona Maria oferece a lasanha e fala que foi eu quem a fez. Pablo me olha e levanta uma sobrancelha. Bruno, por sua vez, não perde tempo: pega o seu prato e serve-se. Logo, Pablo faz o mesmo.

Todos elogiam minha comida – tenho certeza que fiquei corada – e conversamos bastante sobre o Café, amigos e acabo falando da minha família, minha mãe, dona Miriam, meu pai, José Carlos, e meus porres favoritos Amanda e Mayara. Sinto a saudade bater, pois já faz um tempinho que não os vejo. Conversamos um tempão até o Pablo de vez enquanto comentava algumas coisas. Resolvo que é hora de ir para casa, mas dona Maria não quer me deixar ir. Então, com a promessa que depois eu volto, ela me libera.

Indo em a direção à garagem, quando ouço dona Maria me chamar. Viro-me e vou ao seu encontro.

- Só queria te dizer que o “Pá” não é uma pessoa mal; ele sofre muito e você nem pode imaginar o quanto. Não posso te falar muita coisa, mas posso te garantir que ele um dia já foi um coração mole, até que, - ela abaixa a cabeça e suspira - uma perda trágica transformou-o nesse coração-de-gelo. – ela levanta a cabeça novamente e olha em meus olhos - Ele é mais amoroso do que você possa imaginar.

Assinto com a cabeça e lhe dou um abraço e um beijo na bochecha.

- Minha menina... - ela murmura - não seja tão insegura, o amor é uma coisa linda, abra o seu coração.

- Dona Maria, o amor nos deixa frágil e vulnerável, isso sim! – falo em tom de amargura – Mas, pode deixar que irei tentar viver pacificamente com seu “Pá”. – faço aspas com os dedos enquanto falo “Pá” e ela sorri - Agora eu preciso mesmo ir embora.

Despedimo-nos – de novo – e vou para o carro, enquanto ela me observa por um tempo com as mãos na cintura e um sorriso preocupado no rosto e depois volta para dentro.

Chegando ao meu carro, vejo Pablo encostado nele. Estava sorrindo bem casual com uma camiseta, bermuda e havaiana. Suas mãos começam a coçar sua barba ralinha e lembro-me da sensação dela ralado em minha pele. Dos seus beijos e de suas mãos forte me segurando. Hesito nos passos, porém suspiro profundamente e continuo andando. Meu corpo entra em combustão, vem em minha mente a visão de seu corpo praticamente pelado, só envolto em uma toalha minúscula. Saio dos meus pensamentos molhadores de calcinha ao escutar sua voz:

- Quer dizer que você, além de brigar, beijar bem, ainda sabe cozinhar? – pergunta com aquele sorriso que eu ador... odeio. - Minha tia elogiou muito a sua comida.

– Isso era para ser um elogio teu? – falo sarcástica com as sobrancelhas erguidas – Lamento dizer, mas você não é bom nisso. E sim, eu sei cozinhar, minha mãe que me ensinou. Aliás, sei fazer muitas coisas, querido, mas você nunca saberá. – enfatizo a ironia no “querido” e ele abre mais o sorriso. - Digamos que você não é... – continuo, e passo os olhos em seu corpo gostoso e minto descaradamente: - ...o tipo que eu gosto.

Começo a contornar o carro para ir à porta do motorista e ele replica:

- Okay. Não faço o seu tipo. Mas não era o que parecia ontem, na balada. - Lembra ele todo pretencioso.

Giro-me e olho para ele, os olhos contra a luz do sol.

 - Aquilo foi um erro, nunca acontecerá de novo. – falo apontando o dedo, com o pequeno molho de chaves na mão, e usando todo meu autocontrole, resolvo seguir caminho antes de não conseguir conter-me. – Agora, com licença que eu preciso ir.

- Bom, só para esclarecer, você também não é bem o meu tipo. – Diz ele atrás de mim - Gosto de mulheres com curvas, peitões e bunda grande. – Vejo de esguelha no reflexo do vidro do carro, ele olhando a minha bunda - Você até tem um corpo bonito... Dá para o gasto!

Viro-me de supetão e quando vejo ele limpando uma sujeira invisível na sua camisa todo descontraído, me provocando, solto:

– Escuta aqui, seu idiota, bastardo, imbecil! Ou você sai agora de perto do meu carro ou eu mesma te tiro daí, com as minhas próprias mãos!

– Essa eu quero ver! - desafia ele, sorrindo.

Vou até ele, possessa de raiva e tento empurrá-lo, sem sucesso, é claro! Levanto a mão para lhe dar um tapa e ele a segura. Rangendo os dentes, levanto a outra e ele a segura também com a outra mão. Antes que eu possa reagir, ele me beija. Tento resistir, mas acabo cedendo. Seu beijo é urgente e cheio de promessas.

Depois de uns segundos, consigo pensar e o empurro com força.

- Filho-da-puta-desgraçado! – grito ofegante, sentindo o meu sangue ferver de tesão e raiva, tudo misturado.

- Vai negar que gostou, Bianca? – fala ele com a boca inchada, sexy como o inferno.

- Cla... Claro que eu não gostei, seu imbecil! – falo, quase sem ar.

- Diz para mim que você que você não se excitou, tenta negar... – ele vai se aproximando e eu recuo, batendo as costas na porta do carro - E mesmo que você consiga, nós dois sabemos que essa atração é evidente. 

Tento recuperar meu bom senso e esbravejo:

– Escute aqui, porque eu só vou falar uma vez: Fica. Longe. De. Mim! – dito isso, entro no carro rapidamente, acelero e vou embora, enquanto o Pablo ri descaradamente, demonstrando que sabe que as minhas palavras contradizem com o meu corpo. 



Estou tão molhada que, de uma coisa tenho certeza: meu vibrador irá trabalhar muito hoje!

Ah, se não vai!

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