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domingo, 4 de junho de 2017

Resenha Cinéfila - Wonder Woman ( Mulher Maravilha) 2017

Finalmente chega às Telonas uma justa homenagem à Heroína da DC Entertainmemt - Wonder Woman (Mulher Maravilha), e diga-se de passagem, não fez feio, ao contrário, gerou expectativa do que está para vir por aí com a Liga da Justiça. E Claro aqui estamos nós, tecendo os nossos comentários...

Mulher-Maravilha - Wonder Woman
País - Estados Unidos
Ano - 2017
Duração - 141 min 
Direção - Patty Jenkins
Produção - Charles Roven, Deborah Snyder, Zack Snyder, Richard Suckle
Produção executiva - Geoff Johns, Rebecca Steel Roven, Wesley Coller, Stephen Jones, Richard Suckle
Roteiro - Allan Heinberg
História - Zack Snyder, Allan Heinberg, Jason Fuchs
Baseado em Mulher-Maravilha - por William Moulton Marston
Gênero - Ação / Aventura, Fantasia
Música - Rupert Gregson-Williams
Direção de fotografia - Matthew Jensen
Edição - Martin Walsh
Companhias produtoras - DC Entertainmemt, Atlas Entertainment,
Cruel and Unusual Films, Tencent Pictures, Wanda Pictures, RatPac Entertainment
Distribuição - Warner Bros. Pictures
Lançamentos:
Estados Unidos 2 de junho de 2017
Brasil 1 de junho de 2017
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 149 milhões

Gal Gadot como Diana Prince.
Chris Pine como Steve Trevor. 
Robin Wright como General Antíope
Danny Huston como General Erich Ludendorff
David Thewlis como Ares
Connie Nielsen como Rainha Hipólita
Elena Anaya como Maru / Doutora Veneno
Lucy Davis como Etta Candy
Saïd Taghmaoui como Sameer
Ewen Bremner como Charlie
Eugene Brave Rock como Chief:

Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.


Na última década, os fãs de cinema testemunharam a hegemonia da Marvel. Começou em 2000 com X-Men, seguido dois anos depois de Homem-Aranha. As sequências de ambos foram enormes sucessos e incentivaram a editora a tentar voos mais altos. Enfim, a Marvel desvinculou-se dos estúdios que adquiriram os direitos de seus personagens, foi comprada por uma gigante do entretenimento, as empresas Disney e iniciou um projeto a longo prazo,chamado Vingadores, que nem preciso citar muito no que resultou. Na contramão, a editora apostava em personagens menores de seu quadro editorial como Guardiões da Galáxia e Homem-Formiga e não deu outra: um sucesso atrás do outro.

Enquanto isso,a famosa concorrente DC Comics,que pertencia aos estúdios Warner, tentava comer sua fatia do bolo. Personagens para brigar de igual para igual eles possuíam, mas as coisas pareciam não dar certo.Salvo uma única exceção. Após o fracasso da primeira franquia do Batman, nos anos 90, o personagem voltou às telonas em 2005, através do talentoso Christopher Nolan, e o morcego tornou-se uma trilogia bilionária. O segundo filme, Batman-O Cavaleiro das Trevas, é alardeado por muitos como um dos melhores e maiores filmes derivados de HQs,e o que mais influenciou esse gênero nos últimos tempos.

Na contramão,os chefões do estúdios tentaram resgatar o maior herói dos quadrinhos,no fatídico Superman-O Retorno.O filme foi um fiasco, seguido de outro sem precedentes: Lanterna Verde.Enquanto isso, os concorrentes arrasavam com Homem de Ferro,Capitão América 2, entre outros... A Warner tentou mais uma vez com O Homem de Aço,de Zack Snyder. O filme dividiu opiniões, mas teve uma boa bilheteria. Os produtores tentaram um salto alto para alavancar seu universo estendido:Batman vs Superman, prenunciando Liga da Justiça. O filme foi bem nas bilheterias, mas até hoje divide também as opiniões e tornou-se motivo de muitas discussões entre os fãs das duas editoras. Para completar a derrocada de 2016, o badalado Esquadrão Suicida, que muito prometia, foi um belo fiasco crítico, embora tenha feito bastante dinheiro. Enquanto isso, os rivais se esbaldavam com Deadpool e Dr. Estranho, ambos sucessos de crítica e bilheteria.

Com tudo isso, o filme da maior heroína dos quadrinhos,passou a ser visto com desconfiança.Os filmes da DC não emplacavam, apenas prometiam e no fim resultavam em tremendos fiascos, mesmo com os fãs ignorando as críticas e fazendo dinheiro para os estúdios. Mulher-Maravilha nunca tivera uma oportunidade nas telonas,mesmo com a sua mítica, o máximo que ela conseguiu em live-action, foi um seriado setentista, que só sobrevive na memória dos que beiram os 50 anos. E o curioso é que ela é um dos principais nomes da DC, ao lado dos colegas Super-Homem e Batman,que já tinham vários títulos no currículo. Mas resolveram então apostar na personagem, e mesmo sob desconfiança,uma produção com ela começou a ser realizada.

O projeto iniciou-se em 2010, mas foi o colega Super-Homem quem saiu na frente, com o filme de 2013. Mesmo assim ela continuava nos planos da Warner, que buscava a melhor forma de adaptar sua história para o cinema, uma vez que o universo da heroína reúne muita mitologia. Após o lançamento do Homem de Aço, as atenções para ela dobraram. Vários nomes passaram a ser cogitados para o projeto, curiosamente, a maioria dos nomes eram femininos. E foi uma diretora quem assumiu o projeto: a Patty Jenkins, que inclusive, fora rejeitada pela concorrente Marvel.Ela deveria ter comandado o Thor 2, mas por achar que não se encaixava no que o estúdio queria,preferiu optar em não prosseguir.

O roteiro então fez algumas alterações nas origens da personagem, e tirou o foco da Segunda para a Primeira Guerra Mundial. Mostrando que ainda é uma das produções mais influentes do cinema,Patty declarou que se inspirou bastante em Superman- O Filme, de 1978. Ela disse:  "Aquele filme mostra para você qual a sensação de ter grandes poderes e a capacidade de fazer grandes coisas com eles. É um filme cheio de amor e emoção." A diretora conta que outras produções também tiveram sua parcela de influência, como Casablanca e Indiana Jones.

As filmagens começaram em 2015.Como não poderia deixar de ser, nomes conhecidos integraram o elenco: Chris Pine, da série Star Trekk, Robin Wright, Danny Huston e Connie Nielsen, entre outros. Para viver a personagem principal, escolheram a lindinha Gal Gadot, da série Velozes e Furiosos.

Ainda pouco conhecida dos fãs de cinema, apesar de sua participação na famosa franquia de ação, Gal é uma ex-miss Israel. Sua escolha foi bastante criticada, tanto por seu porte físico magricela como por muitos acreditarem que ela não possuía o perfil correto para interpretar a poderosa Princesa Diana. Gal teve de encarar uma bela preparação física para conseguir o corpo necessário. Ela inclusive, estava grávida durante as filmagens complementares em 2016.

Durante as filmagens, a boataria aumentou a desconfiança em torno do projeto. Surgiram comentários que os bastidores era uma bagunça só. O histórico recente dos filmes da DC, levaram os fãs de cinema a ficar de olho no que estava por vir. Finalmente começaram a sair as primeiras criticas a respeito do filme,e a surpresa foi geral: as críticas foram super-positivas e apontavam como sendo o melhor filme de super-heróis desses últimos tempos. Um dos bons argumentos do roteiro,foi fazer uma mescla de fantasia com fatos reais, no caso, como já antecipado, focar a jornada da heroína durante a Primeira Guerra Mundial.Em meio ao conflito temos toda a construção de sua origem, no qual ela conhecerá o melhor e o pior da raça humana.

Um outro ponto positivo da produção, é que, mesmo tendo como pano de fundo uma guerra sem igual, o que já rechearia o filme de tensão e provavelmente ação desenfreada, (não se engane,isso tem em abundância), parece que finalmente os produtores da Warner aprenderam que seus filmes precisam ter aquela pausa, um instante de alívio cômico, algo que fez bastante falta nos filmes do Homem de Aço e Batman Vs Superman,mas que é usado com abundância na concorrente Marvel. Mulher-Maravilha finalmente traz o humor para o universo DC, mas ao contrário da concorrente, não é utilizado em demasia e inserido no momento correto.

Mais um acerto, é a opção em filmar em locações reais.Temiscira,a ilha das amazonas, ganha vida na soma de partes do litoral italiano, enquanto as ruas de Londres são adaptadas para voltar a 1917. Em relação às sequências de ação, o filme é um show à parte. Os ângulos adotados por Jenkins unidos ao stop-motion dão ao filme um visual e uma amplitude totalmente diferentes do que se conhece. Porém, o coração do filme é a interpretação da Gal Gadot. Sua personagem conquista de imediato o espectador. Diana é nobre, é apresentada com uma aura de ingenuidade que cederá ao conhecer realmente a natureza humana. Diana se alterna entre os momentos de ingenuidade e de explosão.E quando assume o seu heroísmo,ela nos presenteia com algumas das maiores cenas já vistas por um personagem desse gênero. As sequências dos campos de batalha são espetaculares. Destaque para as clássicas armas:os braceletes e o laço mágico. A química com Chris Pine, interpretando Steve Trevor, é fantástica e rende os momentos cômicos do filme. Os momentos em que a personagem conhece o conservadorismo e as regras destinadas às mulheres da época são tão ridículas como divertidas.

O ponto fraco fica por conta do vilão Hades, o deus da guerra. Mal construído e desenvolvido, não é realmente um vilão à altura da personagem. Aliás, esse é o principal problema também dos concorrentes Marvel: a ausência de um grande vilão. Os demais personagens secundários também padecem de um melhor desenvolvimento, surgem somente para dar contraponto à história. E tem as subtramas que ficam sem finalização.

Isso porém,não ofusca os méritos da produção em si. O filme já é sucesso crítico unânime e os próximos dias dirão o quanto ele fará de bilheterias. Muita gente aponta como o melhor desses últimos anos e o melhor da DC desde O Cavaleiro das Trevas, de 2008. Após acumular fracassos críticos, que inclusive influenciaram nas bilheterias, parece que finalmente a Warner acertou na mão, e deu a resposta que a Marvel não tinha há tempos. E o filme é só o aperitivo do que está por vir, uma vez que a Mulher-Maravilha retorna ainda esse ano, no agora já super aguardado Liga da Justiça. Se conseguirem a competência dessa obra, é provável que teremos outro filmaço.


Um comentário :

  1. Muito bons personagens. Sinceramente os filmes de ação não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Mulher Maravilha superou minhas expectativas, é uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. Adorei está história, por que além das cenas cheias de ação extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. A atriz da Mulher Maravilha é linda e muito talentosa. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Eu recomendo muito e estou segura de que se converterá numa das minhas preferidas.

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