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terça-feira, 19 de abril de 2016

Especial Grandes Personagens - Resenha Cinéfila - Rocky Balboa VI - 2006



16 anos se passaram, até que o Rocky retornou novamente aos cinemas, para a surpresa de todos!!! 

Quem imaginava que, do alto dos seus mais de 60 anos, Stallone resgataria o personagem?  

E o que ele ainda poderia oferecer aos seus fãs, naquela altura do campeonato?

Vamos conferir?!?!?


Ficha Técnica
Título - Rocky Balboa
Lançamento - 22 de dezembro 2006
Duração - 101 min
Direção - Sylvester Stallone
Produção - Charles Winkler, Billy Chartoff, David Winkler, Kevin King
Roteiro - Sylvester Stallone
Gênero - Drama, ação
Música - Bill Conti
Distribuição - Metro-Goldwyn-Mayer, Revolution Studios (Estados Unidos), 20th Century Fox (resto do mundo)
Idioma - Inglês

Orçamento - US$ 24.000.000
Elenco: Sylvester Stallone (Rocky Balboa), 
Burt Young (Paulie), 
Milo Ventimiglia (Rocky Jr.), 
Geraldine Hughes (Marie), 
James Francis Kelly III (Steps), 
Tony Burton (Duke), 
A.J. Benza (L.C.), 
Henry G. Sanders (Martin), 
Antonio Tarver (Mason Dixon), 
Pedro Lovell (Spider Rico), 
Ana Gerena (Isabel), Angela Boyd (Angie), 
Louis Giansante (Bar Thug), 
Carter Mitchell (Shamrock Foreman), 
Vinod Kumar (Ravi), 
Robert Michael Kelly (Sr. Tomilson), 
Mike Tyson, 
LeRoy Neiman, 
Lou DiBella



Em seu sexto filme, a glória faz parte do passado para Rocky Balboa. Dono do restaurante Adrian's, batizado em homenagem à sua falecida esposa, Rocky passa as noites contando aos clientes histórias de sua época de lutador. Rocky Jr., seu filho, não dá muita atenção ao pai, preferindo cuidar de sua própria vida. Sua vida muda após uma simulação de computador colocar Mason Dixon, o atual campeão mundial dos pesos pesados, enfrentando Rocky em seu auge. Dixon fez fama pela facilidade com a qual conseguiu o título, mas como nunca encarou um oponente que realmente o desafiasse é considerado por muita gente como um lutador muito técnico, mas sem alma. A simulação faz com que o agente de Dixon resolva realizar a luta, oferecendo a Rocky uma nova chance de voltar aos ringues.



O fato é que, por aquele período, comercialmente falando, a carreira de Stallone não ia bem, com fracassos um atrás do outro e alguns filmes indo direto para DVDs. Correndo riscos, ele decidiu partir para o todo ou nada, voltando a dar vida ao personagem símbolo de sua carreira. E é impressionante como o Rocky consegue sempre ser um diferencial para o Sylvester. Melhor ainda, ele deve ter aprendido com os erros cometidos em suas últimas aparições como Rocky, e decide resgatar a fórmula que sempre foi o diferencial para o personagem. O filme acaba sendo um verdadeiro tributo aos fãs. Do elenco original, só quem retorna é Burt Young, Talia Shire, que sempre dividiu a cena com o herói nos filmes anteriores, ficou de fora, para aumentar a carga dramática. Mas vale frisar que boa parte do elenco original retorna em flashbacks.

Procurando preencher algo que ficou vazio ao longo do tempo, Stallone constrói o perfil do personagem com um ar amargo, de saudade, trabalhando muito bem com a nostalgia daqueles que viram o filme há muitos anos e com aqueles que simplesmente amam o primeiro Rocky. Flashbacks dos demais filmes são constantes. Revisitar os lugares clássicos do primeiro filme e trabalhar com vários dos mesmos personagens, como seu filho,agora adulto, também foi outra sacada de Stallone, que apostou no sentimentalismo muito mais do que em fazer algo moderno, tecnológico. A construção dos personagens é precisa e passamos a nos importar de verdade com os rumos que suas vidas tomam. Rocky não tem muito dinheiro, mas também não está ferrado, e isso transparece no filme. É o mesmo ambiente, o mesmo lugar. E o carisma de Rocky é o carisma de Rocky, já que algumas coisas que ele diz ou faz poderiam parecer extremamente piegas ou escrachadas se fossem realizadas por outros atores

E a luta, que poderia ser o grande ponto fraco do ator, mostrou-se uma grande e bela surpresa. Trabalhando corretamente com o óbvio, Stallone apresenta-se em forma e bem ensaiado durante todos os rounds. Sua movimentação, seu jeito desajeitado de bater e, claro, sua resistência característica de Rocky foram muito bem adaptados à idade do personagem. Desde o primeiro filme da franquia que Rocky não recebia esse tratamento, condizente com a sua importância como fenômeno de massa. Rocky é filmado da forma mais pura e crua possível. Mesmo com suas limitações (devido a sua paralisia facial), Sly nos dá uma performance à altura de sua criação. Seus diálogos são ditos com bastante naturalidade, de quem conhece todas as nuances do personagem. Percebemos que por detrás do campeão mundial existe um homem de bom coração e vulnerável.

Mas o diferencial desse Rocky é desnudar o homem por trás do mito popular. Ver um ídolo indestrutível expondo suas cicatrizes mais profundas. Descobrir que por trás da montanha de músculos que tanto nos provocou inveja e segurança contra os facínoras da telona existem os mesmos medos que nos afligem. E Stallone conseguiu de novo:acabou surpreendendo a todos.O filme foi excepcionalmente bem visto pelos críticos e acolhido pelos fãs.Teve uma boa bilheteria e rendeu outros méritos. O maior foi dar um novo frescor à carreira do grande ídolo,que estava declinando cada vez mais. Sylvester voltou a ser sinônimo de sucesso nas telonas. Outro fato foi que o filme tirou a péssima impressão deixada pelo Rocky 5. Balboa finalmente pendurou as luvas com dignidade. Resta aproveitar a aposentadoria. Ou será que não?


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