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sábado, 22 de agosto de 2015

Resenha Cinéfila - Filmes Esquecíveis do Cinema - Caçadores de Obras-Primas

Ficha Técnica
Data de lançamento: 14 de fevereiro de 2014 (Brasil)
Direção: George Clooney
Música: Composta por Alexandre Desplat
Roteiro: George Clooney, Grant Heslov
Autores: Robert M. Edsel, Bret Witter
Gênero: Histórico, Aventura, Guerra
Elenco:
George Clooney: Frank Stokes
Bill Murray:  Richard Campbell
Matt Damon:  James Granger
Cate Blanchett: Claire Simone
John Goodman: Walter Garfield
Jean Dujardin: Jean-Claude Clermont
Hugh Bonneville: Donald Jeffries
Bob Balaban: Preston Savitz
Dimitri Leonidas: Sam Epstein
Justus von Dohnányi: Viktor Stahl
Zahary Baharov: Comandante Elya
Sam Hazeldine: Coronel Langton
Alexandre Desplat: Emile
Diarmaid Murtagh: Capitão Harpen
Aurélia Poirier: Jovem francesa
Grant Heslov: Doutor
Matt Rippy: Coronel Gregg
Joel Basma: Soldado alemão
Sinopse
Baseado nos fatos reais de uma das maiores caças ao tesouro da história, Caçadores de Obras-Primas é um filme de ação que conta a jornada de um pelotão da Segunda Guerra Mundial, liderado por FDR, em direção à Alemanha para resgatar obras-primas de arte das mãos de ladrões nazistas e devolvê-las aos seus verdadeiros donos.Seria uma missão impossível: com as peças presas em território inimigo, e os alemães com ordens de destruir tudo, um grupo de sete diretores de museus, curadores e historiadores de arte, mais familiarizados com Michelangelo que com uma arma, correm contra o tempo para evitar a destruição de 1000 anos de cultura.
Comentários

Quando se reúne um elenco oscarizado,liderados por um diretor de respeito ( e que também integra o elenco),é de se imaginar no mínimo que algo de bom saírá dessa união.Infelizmente a história hollywoodiana está repleta de obras estreladas por um elenco excepcional e comandada por um nome consagrado,que por um motivo ou outro acaba não acontecendo.Seja pelo péssimo roteiro ou por um mau momento vivido pelo diretor,que acaba não acertando o tom do filme.
É o que acontece com esse título aqui. Dirigido pelo excepcional Clooney, que em outras oportunidades já demonstrou talento também para a direção,além dele mesmo ser um vencedor do Oscar de melhor ator, o filme reúne em seu elenco,outros nomes que dispensam apresentações aos fãs de cinema. Do elenco central, metade já conquistou o Oscar e a outra metade já foi indicada. O roteiro, adaptado da obra de Robert Medsel, que relata os fatos reais de resgatar obras de arte durante a Segunda Guerra,até prometia por sua premissa.
Entretanto,a trama do filme não sustenta o interesse do espectador o suficiente pra se segurar até o final. Pior ainda, o filme não se define, se tenta ser engraçado, o que seria natural, por conta de nomes como Bill Murray, ou se tenta ser dramático ou um filme de guerra. Essa indecisão no gênero chega a entediar. Tirando uma ou outra ceninha que tenta arrancar um riso involuntário,nada mais agrada. Fica pior quando tentam optar pelo drama,aí a coisa descamba de vez.Outro ponto negativo é a rapidez do roteiro. O filme nem bem começa, e já somos informados qual o objetivo da trama,o grupo é formado,antes sequer de tomar-se conhecimento pleno de quais são os objetivos em questão. A construção de alguns personagens é tão forçada, que não demonstramos interesse algum por ele, permanecemos impassíveis, sem saber que decisão tomar:ignorar ou torcer?
Essa falta de cuidado com o roteiro e o desenvolvimento dos personagens acaba comprometendo o elenco, que no fim das contas, torna-se despérdiçado: Bill Murray, que dispensa apresentação aos veteranos fãs de cinema, fica limitado a algumas cenas forçadamente cômicas, mas que não funcionam, 
Cate Blanchett, sempre talentosa, constrói uma personagem caricata, Goodman, Damon, o próprio Clooney e o francês Jean Dujardin também são criminosamente limitados a cenas superficiais e rápidas e pouco conseguem acrescentar em termos de carisma ou humanidade aos seus personagens, entrando e saindo de cena sem deixar qualquer marca no espectador.
No fim, o que se tem é um desperdício de dinheiro e talentos. Pior ainda levando em conta o fato que Clooney, que também foi um dos roteiristas dessa bomba, já demonstrou que sabe trabalhar muito bem por trás das câmeras. Mas nesse aqui, ele tropeçou feio o suficiente para parar e pensar o que deu errado. Que seus próximos trabalhos sejam mais consistentes.

Um comentário :

 
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