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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O Lado bom de ser Traída - Capítulo 28

Marco

Estou grudando por causa do sorvete e todas as peripécias que fizemos esta noite, mas super feliz, ao que minha sereia me proporcionou, essa linda mulher é surpreendente.
Depois de um banho rápido, quando chego ao quarto, encontro uma sereia adormecida e espalhada na minha cama, me aconchego ao lado dela, é perfeito sentir o seu cheiro e o seu calor próximo ao meu corpo, quero isso tudo para sempre. Este sentimento de para sempre, de carinho e paixão, só me faz lembrar que está mais do que na hora de falar sobre a minha vida. Não o Marco Juiz e motociclista, e sim todo o meu passado e presente, mas tenho que confessar estou tão temeroso, vi o carinho pela filha do porteiro, mas será que ela aceitaria a filha do namorado. Caramba, namorado! É isso que sou? Só prometemos exclusividade, porém não fiz um pedido formal. Pensei quase a noite toda, as engrenagens na minha mente não pararam de girar.

Mal fechei os olhos, e sou acordado pelo barulho insistente do interfone. Olho para a mulher linda ao meu lado que nem se mexe, levanto rápido para não acorda-la, o que será que aconteceu que esse interfone não para de tocar?

- Bom dia.

- Sr. Marco bom dia, é o Aroldo da portaria, olha a D. Paula, passou por toda a segurança e está subindo no apartamento do Sr.

- Mas como ela conseguiu, passar por vocês? Antes dele se explicar, ouço a campainha.

Me enrolo numa toalha e corro para atender, antes que esta baderna toda acorde a Bárbara. O que faço agora com essa louca?

- Paula o que está fazendo aqui? - A pensão que te estou enviando, não está dando para o crédito de celular? –Você deve ligar para as pessoas antes.

- Querido!!! - Que recepção quente é está? E adentra no apartamento, como se fosse convidada.

- Paula, não quero te atender agora, por favor, saia do meu apartamento, e antes de aparecer por aqui novamente, marque um horário.

 - Se não pode atender, e está trajado assim, com uma toalha na cintura, quem é a VAGABUNDA, que está com você, diga Marco? -Você é um homem casado, seu safado! Fala aos gritos.

 -Paula, cale a boca. Saia agora! Não te devo nenhuma explicação. E já está mais do que claro, nosso casamento acabou, há mais de um ano. -Já assinamos o divórcio.

 - Acabou nada! –VOCÊ ME PERTENCE!!! -E esta vadiazinha que está com você tem que saber, que você não está disponível...

Enquanto ela fala aos gritos, caminha em direção ao meu quarto. Me desespero, ela vai estragar tudo! E não penso duas vezes e seguro o seu braço.

 - ME SOLTA!!! -Você está com medo de falar a verdade para a vagabunda que anda abrindo as pernas para você? - Mas pode deixar meu amor, eu vou fazer isso por você, falar que temos uma ligação, que vai além do casamento.

 - Desculpe eu ouvi direito!? -Agora temos uma ligação? -Pelo que eu sei, você nunca, quis essa ligação!

 - Você não entende... - Eu te amo, você é meu marido, juramos perante as leis de Deus. - Nunca te tratei mal, você sempre teve tudo comigo. Ela fala de forma manhosa, do mesmo jeito de quando quer algo, voltada para saciar os seus caprichos.

 - Agora você me ama? -Você sabe o que é o amor? -Eu não quero discutir com você, saia neste exato momento da minha casa. -Não quero vê-la nunca mais. -E não vou repetir, sou o seu EX marido. -Não tenho que te aturar.

 - Mas eu não vou mesmo! - Quero conhecer a mulher que se deita com um homem casado! - Porque se o nome para esse tipo de mulher não é vagabunda! -Eu quero saber qual o nome  devo dar a ela.

 -Eu não vou falar novamente, vá embora por favor!!!

-Ah você quer que eu vá embora? -Porque ficou com vergonha de falar para a sua amante, que tem um pequeno vegetal que você cultiva como plantinha?

Nesse momento fico cego. Eu me recuso a olhar para a cara dessa mulher, não a quero nunca mais em minha vida, e neste momento de puro desprezo, sinto uma mão em minhas costas.

Bárbara

Estou sem entender nada o que estão falando, mas uma coisa eu sei, o Marco está totalmente alterado, essa mulher que diz esposa, mas não é mais esposa, pelo que ouvi deve ter aprontado muito.

Visto o roupão do Marco, se ela vai conhecer a tal vagabunda... que acha que sou, devo estar vestida como a própria. Dirijo-me a sala, e a hora que ouço, ela se referindo a alguém como um vegetal, fico irritada. -O que será que ela se refere? Seja lá o que for, se ela tem que tomar uns tapas que seja meu, por ter me chamado de vagabunda.  E o Sr. Marco, depois terá que me falar qual papel essa mulher tem na vida dele.

Chego atrás dele e percebo que irá fazer algo que não tem necessidade, penso rápido e coloco a mão nas suas costas, para tranquilizá-lo.

- Bom dia!  Faço cara de paisagem. - Sou Bárbara Nucci!  Estendo minha mão e ela fica branca parada me encarando. A mulher é simplesmente linda, o homem tem bom gosto.

-Você não tem vergonha de vir atender a porta sem roupa? Sua vagabunda desclassificada.

- Se prefere começar nossas apresentações assim.  - A desqualificada aqui não sou eu, é você. Que invadiu a casa alheia.- Acredito que o Marco foi claro para que saia daqui imediatamente. –Quanto ao meu traje, não se preocupe, que da próxima vez que encontrá-la, colarei um vestido de gala para receber a realeza.

O Marco me puxa para os braços dele e eu congelo. Acho que a mulher maravilha que se apoderou do meu corpo, foi embora, porque agora a única coisa que sinto são as minhas pernas bambas.

-Paula não temos mais nada a falar! -E nunca mais ouse chamar a minha mulher de vagabunda. Não compare-a com você.

-Você acha que pode ser feliz ao lado dele né? -Então peça pra ele te contar os motivos que estamos unidos, ou você acredita queridinha.... que ele está sozinho? - Quero ver essa pose toda, quando tiver que desfilar por ai, e as pessoas ficarem te olhando com carinha de dó.

O Marco perde a paciência e nessa hora, vejo-o conduzindo uma louca para fora do apartamento, ele bate a porta, e só ouço os gritos histéricos de ameaças do lado de fora.

Um suspiro sôfrego sai do meu lindo. Ele está com a expressão de tristeza, amargura e cansado. Sei que por trás desta discussão toda, tem uma longa história.

- Desculpa por fazer passar por tudo isso linda. - Você não deve estar entendo nada.

-Não estou entendendo nada mesmo. E só depende de você para explicar esta situação, uma coisa é certa, não quero ficar cega sobre a sua vida.

Marco

- Bárbara as pessoas que me conhecem acreditam que eu tenho aversão a relacionamento, mas isso não é verdade. - A verdade, é que gostei, gostei de uma pessoa, que me fez acreditar que dentro dela, existia um bom coração, mesmo que as suas atitudes gritavam pelo contrário.

– Marco, você gostou ou ainda gosta?

-Bá, eu gostei, não gosto mais, e não tem comparação com a paixão que estou sentindo por você agora. –Quero te contar como tudo começou.

-Se eu falar que não quero saber tudo, estarei mentindo, mas fale apenas o que é importante para o nosso relacionamento, não quero me sentir traída amanhã, entende?

-Linda, essa é minha intenção, desde o dia que descobri, que você é a mulher que eu quero, tenho pensado em como te contar sobre a minha vida.

-Marco não precisa me contar tudo, não quero saber qual foi sua primeira namorada, nem quantas mulheres já passaram na sua vida, nós dois temos um passado, o que é importante agora é saber o que teremos que enfrentar juntos, o que vem no pacote desse homem lindo que estou gostando mais a cada dia. Ela brinca para quebrar a tensão que se instalou em nosso ambiente e fico feliz em saber que ela está gostando mais de mim a cada dia.

-Quando conheci a Paula, nós éramos jovens demais, porém já estávamos na vida adulta. - Eu já formado em Direito, e advogando e me matando para estudar para alcançar o meu sonho, que sempre foi a magistratura, vi em meu pai o exemplo que a Justiça e o Direito podem andar juntos, passando por cima da procrastinação, corrupção e má-fé que cerca tal profissão. - Foi nesta fase da minha vida, que conheci Paula. Ela também era advogada, porém não amava a sua profissão, foi forçada pelos pais, era nítido a sua infelicidade com a profissão. Todo o destino nos levou para andarmos juntos. A profissão, os envolvimentos profissionais dos nossos pais, ambos desembargadores, enfim, eu fechei os meus olhos para os defeitos dela, e só enxergava que o destino colocou-a em minha vida. Era sempre engraçada, educada (quando queria), muito atraente, sabia ser uma dama, uma mulher almejada por todos os homens. Foram nestas qualidades que me sustentei, e vi, que já era o momento de dá mais um passo na minha vida, pois à aprovação no Concurso Público, eu já tinha alcançado.

- Falei para me contar tudo, não me fazer ciúmes.

Acabamos rindo juntos, ela parece estar interessada em cada palavra, e a forma que ela reage, para as minhas explicações, me deixa cada vez mais a vontade a contar tudo.

- Após 3 anos de posse como Juiz Federal, e noivo há 02 anos, vi que o altar era o meu próximo passo. - Sem contar a pressão constante da Paula para marcar a data do casamento. -Ela me via como a sua válvula de escape, o genro Juiz, o seu pai poderia deixar de traçar a vida dela, que no momento só se preocupava em se vestir bem, e andar entre a alta sociedade de São Paulo.
-Finalmente nos casamos, e já planejava ter filhos, pois eu gostava muito daquela mulher, ou melhor, eu achava que gostava, mesmo sendo considerada pelos meus pais como uma mulher fútil, eu nunca vi dessa maneira. Apesar de ter tido o conforto propiciado pelos meus pais, eles sempre me ensinaram a dá valor, em tudo alcançado, e por este princípio de família, que os fazia não ir com a "cara e jeito" da minha esposa. Mas por ela, eu me afastei dos meus pais, dei a ela o meu mundo, ela virou o meu mundo.

- Pela amostra grátis que tive o desprazer de sentir, entendo perfeitamente a reação de seus pais, em não suportá-la. Você é um guerreiro. Mas, continue me contando, estou amando a forma que meu Juiz relata os autos.

-Você, me deixa a vontade Bárbara, não sei como não te contei antes... talvez esse sentimento que estou sentindo agora, de ter te escondido alguma coisa, não estaria sentindo.

Ela vem em minha direção e senta ao meu lado.

– Marco, não estou chateada, entenda isso. -Não acho que mentiu e nem escondeu nada. -Talvez tudo tinha que acontecer como está sendo agora, só não entendo... quais são os direitos... e qual é esse vínculo que ela acredita ter sobre você?

-Linda é sobre esse assunto que mais quero te falar. -Após 1 ano e meio de casamento, a Paula fez questão para que jantássemos fora para comemorar, até fiquei com medo. -Na época a questionei se tinha esquecido alguma data especial. -Eu sempre sabia de todas as nossas datas! -Pode me chamar de bobo, mas até a data do nosso primeiro encontro, eu sabia!

Ela me interrompe de novo.

– Agora estou preocupada. Faz carinha de ciumenta.

-Porque?

- Com essas datas, que você lembra desse relacionamento. Olha aqui bonitão se continuarmos juntos, tem que apagar do seu calendário amoroso este histórico.

- Acredite em mim, esse calendário não existe mais, hoje tenho um novo calendário marcando minha vida.

Ela me abraça e sussurra no meu ouvido. – E nesse calendário será que tenho espaço para alguma data? Não aguento ficar sem tocá-la e a beijo intensamente.

-Você já faz parte desse calendário linda, vou continuar contando tudo a você agora. -Mas se continuar me assediando com esses olhares e sussurros... lhe prometo que, ficará para a próxima semana minha história.

-Ok prometo me comportar, continue me contando.

- Bem na época ela me disse que não era nenhuma data comemorativa, mas era comemoração por outro motivo. -Mal sabia, que este motivo iria mudar a minha vida, para sempre. Ao chegar no tal restaurante, ela me entregou um papel, informando que estava grávida. Naquele momento, me senti o homem mais sortudo de todo do mundo, tudo que eu queria acabara de acontecer. E por Deus, daria o céu e a Terra para essa mulher, e ao nosso filho!

- A sua gravidez foi complicada, muitos enjôos, ela não seguia as orientações do médico, não tomava as vitaminas, fazia dieta constantemente, não se alimentava, e cada dia que passava ela odiava mais a barriga. No começo eu tentava entender aquela rejeição toda, sugeri que procurássemos uma psicóloga para nos orientar como lidar com essa rejeição dela pelo bebê, mas não era apenas uma rejeição ao filho que estava dentro dela, era também a preocupação com as transformações do corpo - Movi céu e terra para convencê-la que estava linda a cada dia que passava.

-Todas as noites que chegava em casa, conversava com ela sobre o seu dia, acompanhava tudo de perto, mas ela nunca tinha interesse algum em me falar nada, passei a não enxergar mais nenhum sentimento dela, comecei a entender melhor a mulher que estava casado.

- Quando eu falava com o bebê, me surpreendia várias vezes com sua reação, ela chegava a rir do meu gesto de carinho. Não estou te contando tudo isso, para que entenda minhas decisões ou para ter pena, estou te contando como tudo foi acontecendo.

A Bárbara me abraça forte e as lágrimas sem aviso nenhum começam a descer pela minha face, o que vem pela frente me faz voltar a um passado triste, que ao mesmo tempo, foi um passado que hoje me faz ver que tomei a decisão certa.

Com a voz embargada, continuo contando a ela tudo.

- A cada ultra-sonografia que íamos juntos eu ficava ansioso querendo saber o sexo do bebê, não via hora de dar um nome a ele. Não queria continuar a chamá-lo de bebê, mas ela nunca tinha interesse algum, enquanto eu me emocionava a cada imagem no visor, ela fazia cara de desdenho, sempre dizendo que parecia um borrão, mesmo com a maior tecnologia. E foi em uma das ultra-sonografia que a verdadeira Paula, começou a se revelar - Pela expressão do médico, não seria uma boa notícia, e a minha intuição não mentiu, de fato, a notícia que recebemos abalou o meu mundo perfeito. Meu filho, a criança mais esperada, simplesmente não iria nascer, e se viesse à vida, não sobreviveria, pois minha pequena estrela era anencéfala. - Aquilo foi um baque, e foi com esta notícia que Paula se mostrou o que realmente era.     - O que nunca quis ver, o que os meus pais me alertaram. Ela não pensou duas vezes, em afirmar com todas as letras, que ela queria abortar aquela "coisa" dentro dela, pois foi esta a palavra usada para definir a nossa filha, sim, era uma menina - Tentei ser o mais carinhoso possível, queria mostrar a ela que estávamos juntos e que essa decisão teria que ser tomada com muita conversa entre nó dois. Quando saímos do consultório sugeri que ela desse um nome a nossa princesa, e ela foi debochada e insensível. Sugeri então que déssemos o nome de Vitória, e juntos com a nossa princesa, lutássemos para que ela vencesse o que a ciência tentava nós provar, e que a fé nos ajudasse.
Nesse momento não consigo mais conter toda a emoção que vivi, e deito no colo da Bárbara e choro muito, chego a soluçar, ela está quieta, apenas acariciando meu cabelo, não sei o que está pensando sobre minha reação, me sinto acolhido para colocar para fora toda a emoção que venho guardando todos esses anos, sempre me emocionei, mas nunca desabafei desse jeito.
 

Bárbara

Minha cabeça está a mil... minhas mãos estão suadas.... meu coração está disparado, ter esse homem forte e lindo no meu colo em lágrimas, despertam emoções inesperadas em mim. Sempre tive palavras amigas a todos que me procuram, mas agora tudo é diferente. Parece que uma força maior bloqueou minhas palavras.
A única coisa que quero agora é lhe dar colo.....fico acariciando seu cabelo, e olhando-o.... e digo.

- Meu anjo, não precisa falar mais nada, se não quiser. Acho que precisamos de um café. Estou sem palavras, essa situação toda é nova pra mim, e acho que o que ele tem ainda a me dizer, pode nos afetar para sempre.

- Por favor linda, não fuja de mim, preciso te contar tudo.

- Se você....acha que está preparado, estou aqui com você.

Recomeçou, ainda com a voz embargada e rouca:

- Eu fiquei louco, ela não poderia fazer isso, a nossa pequena poderia ter uma chance, de um dia de vida, alguns anos, quem poderia saber? O médico não nos deu esperança, mas eu nutri este sentimento no meu peito, eu queria vê-la nascer, queria dizer o quanto a amava.

- A Paula não mudou de ideia, e fez de tudo para abortar, e a cada dia ao seu lado, o meu amor foi se transformando em ódio, eu não sei como não enxerguei uma mulher mesquinha, fraca, fútil e desalmada, eu não conseguia ficar perto dela, mas iria proteger meu bebê, cheguei até ameaçá-la:

Fico assustada com sua confissão.... - que tipo de ameaça ele poderia fazer a uma mulher grávida, louca.... mas grávida. Arregalo meus olhos e ele continua a falar.

- Disse a ela que se fosse a uma clínica para tirar nossa filha, eu iria caçá-la no inferno, e ela sofreria com suas atitudes com a lei. Essa era uma decisão nossa, não somente dela.

Sinto um imenso alívio com o que ele chamou de ameaça. Processar todas essas informações em minha cabeça, vai me deixando a cada minuto mais impaciente, minha vontade é de enfiar as mãos em seu peito e tirar essa dor que ele senti.

Marco

Sei que minha linda, está assustada, - mas não posso parar agora, - ela tem que saber da Vitória,  acredito que se ela, mesmo depois de saber de toda minha vida, quiser continuar ao meu lado, com o tempo poderei contar tudo mais detalhado a ela.

- Eu contei a todos os amigos e família da situação da nossa filha, pois se ela perdesse esta criança de forma proposital, ninguém iria apoiá-la - A Nana, minha governanta que te contei, continuou trabalhando, para nós. E um dia ela me contou que flagrou a Paula diversas vezes, tomando chás abortivos, que sabe lá Deus quem ensinou a ela. O resto da gestação foi um terror para mim, ia trabalhar, mas deixava a Paula sendo vigiada 24 horas por dia, não deixei ela respirar sem eu saber. Até um acidente proposital ela causou.

Olho para a Bá e vejo seus olhos inundados de lágrimas, não preciso contar a ela agora todos os atos sórdidos que a Paula cometeu e decido encurtar minha estória.

- Pouco antes da Vitória nascer, descobri que a Paula, já tinha decidido, o que iria fazer caso a Vitória nascesse. -Ela já tinha alugado até um apartamento, e esse foi o estopim do final do nosso casamento.O momento do seu parto, foi mágico para mim, ver a minha princesa se desvinculando daquela mulher mesquinha e desalmada, foi uma sensação que me libertou. E pela condição da minha filha, não pude levá-la para casa, não pude realizar o meu sonho de cantar para ela no meio da noite. - Mas foi tê-la aqui, respirando, eu já me sentia confortável, e muito feliz - Desde o seu nascimento, a minha pequena Vitória, está internada, ela tem 9 meses, tem sido uma guerreira, e deixando todas as más possibilidade para trás. - Quanto a Paula ela só ficou no hospital pelo tempo de se recuperar da cesariana, que não durou 02 dias. Depois da sua saída do hospital, ela nunca foi ver a nossa filha, disse que não iria colocar no mundo algo que não poderia ser considerada como uma criança de verdade, pois a sua imagem na sociedade era mais importante. - Cada palavra desagradável que saia da sua boca, me apunhalava, pois eu me afastei de tudo e todos para me doar a esta mulher, e agora vejo o quão mesquinha ela é - Eu prometi a minha princesa que, enquanto tivesse vida, eu viveria por ela, só por ela. É por isso, que não me relacionava, não queria que nenhuma mulher ficasse entre eu e o amor por minha filha, também não quero que ninguém sinta pena dela, pois apesar de não falar, andar e não morar comigo, ela é uma guerreira, ela luta por sua vida, a cada segundo que passa.
 - Eu entrei com uma restrição contra Paula, para que proibisse a aproximação dela com a minha filha, pois era é só minha e de mais ninguém. –Tenho até medo do que ela pode fazer a minha princesa.
 -E depois de oito meses sem visitar sua filha ou ligar para saber qualquer coisa sobre a minha princesa, ela foi à recepção do hospital querendo ver meu bebê e ao ser proibida fez maior escândalo. - Aquele dia no hotel, em que o Pedro apareceu, quando estávamos juntos foi me contar o que tinha acontecido.
 -Ela não ama ninguém, ela só fez todo o barraco, para chamar a minha atenção, pois apesar de mais de 01 ano separados, ela não aceita, ela não quer ser a divorciada do grupinho de babacas que são as suas amigas, e toda a sociedade que acha que dinheiro é tudo.


-Bá, estou apaixonado por você, dividi minha história com você, porque hoje eu sei que quero construir um futuro ao seu lado, mas aceito, caso queira desistir, e seja muito para você. 

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