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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Na porta do tempo

Na porta do tempo


Já esperei sentado na soleira da porta,
o tempo mediano da tua chegada
Na busca dos minutos cantados 
batidos pelo relógio da torre
 As calças curtas e chinelos gastos procuram a tua voz
 Eco, desejo juvenil que ecoa no vale, chamas-me

O tempo lavou a memória que o tempo esqueceu
Mas espero na tua porta o que o tempo levou!

(…)
Nada encontro nos silêncios escondidos das horas
Nada procuro no barulho ensurdecedor dos dias
Apenas continuo à espera, sentado à porta do tempo!



Alberto Cuddel
#Depressão poética

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