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quinta-feira, 8 de junho de 2017

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Quando por fim o Amor anunciou-me o teu corpo
Já o desejava ardentemente em mim, como parte
De um todo absoluto e permanente nos dias e noites
Que compõem a plenitude de como em nós existo
As luas que se sucedem cantam ciclos da vida
Decompõem as noites e os dias, as certas marés
As areias que se movem como palavras sob os pés
Descalços, procuram na espuma do tempo o teu rosto
Assim as estrelas desenham constelações imaginárias
Realizadas no sonho de um eterno amanhã…
(…)
 - Onde te perdi?
Em que tempo distante ao oriente partiste?
Permanente ausência a que me condenas os dias
O lugar vazio anuncia, mais uma solitária noite…



Alberto Cuddel
#Depressão poética



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