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domingo, 12 de março de 2017

Grande Personagens do Cinema - King Kong - 1933

Ele é um dos monstros mais famosos da história do cinema.Sua primeira aparição nas telonas consta na década de 30, tornando-se um fenômeno imediato. A primeira produção com o personagem tornou-se um marco hollywoodiano,e foi determinante nas carreiras de alguns grandes nomes da 7ª arte. Ao longo das décadas ele se fez presente,fortalecendo a sua mítica de inesquecível dos cinemas. 
Ele é um misto de criatura amedrontadora e carismática.Embora sua saga seja conhecida por todos os fãs de cinema,sua trajetória continua cativante e comovente.Ele colocou toda a cidade de Nova Iorque em polvorosa por mais de uma oportunidade,algumas cenas protagonizadas por ele,tornaram-se marcantes e simbólicas na cultura pop,sendo reverenciadas e copiadas à exaustão. Assim como tantos outros,tem presença marcante na cultura pop,sendo reverenciados em vários formatos do entretenimento: cinema, tv, animações e quadrinhos. Sem mais delongas, o destaque dessa vez nessa coluna, é o inesquecível King Kong.
O Enredo
Um cinegrafista fracassado, em sua tentativa desesperada de fazer um best-seller, contrata uma atriz recém-desempregada, chamada Ann Darrow e embarca em um navio fretado para a Ilha da Caveira. Lá, eles encontram uma tribo de nativos que veneram um gorila gigante, de nome Kong. 
Ann Darrow é sequestrada e oferecida como sacrifício a Kong. Para recuperá-la, os tripulantes, o cinegrafista e o escritor do filme têm que enfrentar dinossauros, insetos gigantes e o próprio gorila, que se apaixonou pela atriz. Depois de resgatada, Ann Darrow tenta libertar Kong do cinegrafista, que teve a ideia de exibí-lo na Broadway e lucrar com isso. O prenome King (Rei, em português),é  dado pelos promotores da desastrosa exibição pública em Nova York, contada no filme. 
Kong escapa e destrói quase toda a cidade em busca de sua amada. A cena final, no Empire State Building, é uma das cenas mais reproduzidas da história, aparecendo até em desenhos infantis e comédias. Todos os remakes com o personagem reciclaram a mesma história, sempre acrescentando uma cena nova ou diferente. Entre os remakes,sempre surgiam umas produções estapafúrdias,as quais serão comentadas no decorrer da coluna.
O protagonista foi abatido nas cenas finais, mas isto não tornou sua “espécie” extinta. Kong reencarnou várias vezes no telão – seja por meio de remakes “oficiais”, seja na forma das inevitáveis continuações e imitações. O próprio Cooper,que dirigiria o primeiro filme com o personagem, produziu O Filho de Kong (também de 1933), filme dirigido por seu parceiro, Schoedsack, e lançado a toque de caixa pela RKO. Desta vez, Carl Denham voltava à Ilha da Caveira para capturar outro primata superdesenvolvido – este, um espécime albino. Depois veio O Poderoso Joe (1949), mais um esforço da dupla Cooper/Schoedsack. E, nos anos 1960, as bizarras variações japonesas sobre o tema, que têm lá o seu séquito de admiradores, mas que são indiscutivelmente esquisitonas: tanto em King Kong Versus Godzilla (1962) como em A Fuga de King Kong (1967), o macaco foi vivido por um ator fantasiado.

Os Filmes


King Kong -1933

A primeira produção com o personagem é um marco dos cinemas. Realizado nos primórdios dos anos 30, na época do preto e branco.O filme foi  dirigido e produzido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack. Foi Cooper que teve a ideia de produzir um filme sobre um gorila gigantesco (inicialmente, este seria “representado” por um macaco de verdade, posteriormente "ampliado" por efeitos fotográficos).
Segundo contam,a ideia veio de um sonho que ele teve,no qual um gorila enorme arrasava a cidade.O também cineasta e produtor David O. Selznick adorou o projeto e, mais tarde, foi o produtor executivo de King Kong.
O sucesso do filme se deve também ao trabalho do expert Willis O'Brien. Um mestre na técnica do stop-motion (animação quadro a quadro), O`Brien conferia “vida” a miniaturas articuladas de dinossauros por meio de um recurso elementar: cada variação de movimento dos bonecos era registrada em um frame de filme. Isto se repetia até que toda a sequência estivesse completa, em um processo demorado e minucioso. O resultado era excepcional: na tela, os monstros agitavam suas caudas, corriam e até lutavam entre si. A coisa era feita de forma tão artesanal que O`Brien trabalhava dentro de uma garagem, com seus bonecos posicionados sobre uma plataforma e à altura da câmera. Ao assistir a alguns copiões de Creation, Cooper esqueceu a ideia de utilizar um gorila de verdade no filme e se rendeu aos efeitos visuais.
O King Kong do filme de 1933, portanto, foi "interpretado" por uma miniatura articulada, assim como os dinossauros e outras criaturas antediluvianas que faziam figuração na história. E o resultado foi tão bom que, durante anos, muita gente pensou que um enorme robô (controlado por homens aboletados em suas entranhas) tivesse sido construído para o filme. De fato, algo parecido chegou a ser feito – um colossal “antebraço” mecânico foi utilizado em cenas que exigiam uma "interação" mais direta entre Kong e o elenco humano. Mas, na maior parte do tempo, o que vemos é apenas a miniatura do gorila em ação, animada por stop-motion. 
O roteiro foi escrito por James Ashmore Creelman e Ruth Rose,com uma ideia concedida por Cooper e Edgar Wallace. Outras pessoas contribuíram para o sucesso de King Kong: muitos dos méritos dramáticos da produção, por exemplo, podem ser creditados ao escritor de contos de mistério Edgar Wallace, que deu uma “polida” geral no conceito básico da trama. Cooper teve a ideia de um gorila gigante aterrorizando Nova York, mas não pensou em um background muito elaborado para este clímax.
Aos poucos, foram surgindo ideias que, hoje, são indissociáveis do mito de King Kong: a chegada da equipe de filmagens à Ilha da Caveira, a descoberta do muro que isola a tribo do primata colossal e, finalmente, o envolvimento “sentimental” da fera com a bela. 
É estrelado por Fay Wray, Bruce Cabot e Robert Armstrong, e estreou em Nova Iorque (Estados Unidos), em 2 de Março de 1933. Os modelos de King Kong usados no filme tinham apenas 40 centímetros de altura mas, na história, o personagem tinha 15 metros.O rugido de King Kong no filme era na verdade uma combinação feita com os rugidos de leões e tigres. 
Na época das filmagens de King Kong tanto o Empire State Building quanto o prédio da Chrysler estavam sendo construídos em Nova York. Inicialmente o roteiro previa que Kong escalaria o prédio da Chrysler, que seria o prédio mais alto do mundo. Porém uma mudança nos planos de construção do Empire State Building fez com que ele se tornasse o prédio mais alto, fazendo também com que fosse o escolhido pelos produtores para a escalada de Kong no filme.
A cena em que King Kong escala o Empire State Building foi rodada com um homem vestido de macaco escalando uma torre em miniatura, idêntica à original.King Kong arrecadou US$ 90 mil em seu fim de semana de estréia, sendo a maior abertura do cinema norte-americano em todos os tempos até então. O sucesso do filme nos cinemas foi uma das causas que evitou a falência da RKO Radio Pictures, produtora do longa-metragem.Foi lançado 4 vezes nos cinemas norte-americanos entre 1933 e 1952, sendo que a cada relançamento novas cenas eram incluídas no filme.
Este filme notável não recebeu indicações ao Oscar - ele teria vencido na categoria de Efeitos Especiais, se houvesse tal categoria. O filme continha muitas inovações revolucionárias técnicas de seu tempo (projeção traseira, modelos em miniatura de cerca de 18 centímetros de altura, e truques de fotografia, etc.), e algumas das sequências mais fenomenais de animação stop-motion e efeitos especiais jamais filmadas (pelo responsável técnico Willis O'Brien, famoso por seu primeiro longa-metragem The Lost World (1925)).
 O filme tem vários momentos memoráveis, incluindo a batalha de Kong com uma cobra gigante em uma caverna enevoada, sua luta contra um pterodáctilo, a beleza gritando (Fay Wray, conhecida como a "Rainha do Grito") e no final com o desafiante Kong no topo do Empire State Building, enquanto circulando aeronaves matá-lo para baixo. Visto nos dias atuais,talvez o filme não impressione tanto assim,mas é compreensível,por conta da época em que foi realizado. Absolutamente marcante na história do cinema, este filme criou um autêntico ícone da cultura popular que foi o gorila gigante que lhe deu o título, máquina destruidora mas simultaneamente simpático ao espectador pelo lado emocional que evidencia. 
Outra grande inovação foi o tratamento dado ao som, sendo o primeiro filme da era sonora que teve toda a parte musical escrita especificamente para ele, o que proporcionou uma perfeita harmonia entre a música e as cenas. Todos os sons foram gravados em três faixas separadas: uma de efeitos sonoros, outra para diálogos e a terceira para música. Pela primeira vez foi usado esse esquema de som e isso se deve a Murray Spivak e Max Steiner, este último compôs as músicas.
king Kong deu início no cinema aos filmes com feras gigantes e deu origem a vários filmes de ficção científica e aventura. Inspirando-se na era atômica misturada com mutantes e monstros gigantescos, surgiram no Japão Godzilla, Gamera, Rodan, etc. Godzilla e King Kong inclusive se enfrentaram no filme japonês King Kong vs. Godzilla de 1962.
Esse filme foi responsável também em influenciar a carreira de um dos maiores cineastas da atualidade. O produtor e diretor Peter Jackson, das trilogias O Senhor dos Anéis e O Hobbit.Ele assistiu o filme ainda criança,e o mesmo teve um impacto tão grande em sua vida,que determinou o figura a seguir a carreira de diretor.Não por menos,ele dirigiu o remake de 2005, após se firmar na indústria como nome de respeito. 
Em 1991 foi considerado, pela Biblioteca do Congresso, como "culturalmente, historicamente ou esteticamente significante" e selecionado para preservação no National Film Registry. 







2 comentários :

  1. Mais uma vez a nossa parceria,(minha com os textos,sua com as fotos e animações,rende aos seguidores e internautas que acompanham o blog,mais uma coluna excepcional.Muito orgulhoso.

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