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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Meias-Palavras By Elaine Coletti

Um dia tentei brincar de ser poeta
Queria escrever versos...
Mas só saiu reverso do verso
Queria escrever sobre o amor
Mas só escrevi sobre a dor do amor
E nessa brincadeira descobri...
Que amar rima com mar..
Deve ser pela sua grandeza sem fim
E nessa fantasia fui amar na poesia
Então tentei escrever sobre flores
Mas seus espinhos me causaram dores
E agora vejo que faço versos vazios sem nexo
Muitas vezes opacos decentes ou seria decadentes?
Em mim faz falta são as rimas ou prosas...
As minhas são poucas, inábeis sem concordâncias...
Queria brincar de ser poeta, mas poeta não sou...
Não escrevo nenhuma linha de poesia
Mesmo que critiquem, façam interpretações erradas
Atrás de cada linha escrita de fracas rimas...
Existe alguém que entende e se enxerga...
E aceita o que eu escrevo...
Brincar ou não de ser poeta...
É aceitar respostas tortas e discursos dissimulados...
Não vou chamar de arte essa “poesia frágil”
E sim uma linguagem ágil e artificiosa...
Que sempre em mim se faz presente... 
Assim não brinco de ser poeta
Brinco de dizer sem dizer nada...
Somente escrevo sem metáforas... 
Meias-palavras e doces eufemismos...
E, assim, pouco a pouco, nasce a fantasia...
De uma escrita que não é poesia... 

Elaine Coletti

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