BREAKING

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Especial Bourne - Resenha Cinéfila - A Identidade Bourne - 2002


O primeiro filme com o agente desmemoriado ganhou as telas no início desse milênio. Logicamente, a adaptação para os dias atuais se fazia necessária, uma vez que, como vimos, o romance foi escrito nos anos 80. Nessa adaptação, foi incluído o fato de que Bourne na verdade era derivado de um projeto secreto financiado pela CIA, chamado Treadstone, cujo objetivo era formar assassinos perfeitos para as missões de assassinato da agência. Esse projeto era confidencial, somente alguns figurões e diretores da agência tinham conhecimento.

E aqui vamos compartilhar nossas impressões sobre esta Trilogia de sucesso.

Direção - Doug Liman
Produção - Doug Liman, Patrick Crowley, Frank Marshall, Richard N. Gladstein
Roteiro - Tony Gilroy, William Blake Herron
Baseado em The Bourne Identity de Robert Ludlum
Género - Ação
Música - John Powell
Cinematografia - Oliver Wood
Edição - Saar Klein
Companhias produtoras - The Kennedy / Marshall Company, FilmColony
Distribuição - Universal Pictures
Lançamentos:
Estados Unidos 14 de julho de 2002
Brasil 11 de outubro de 2002
Idioma - Inglês, Alemão, Francês
Orçamento - US$ 60 milhões
Receita - US$ 214 034 224


Matt Damon como Jason Bourne
Franka Potente como  Marie Helena Kreutz
Chris Cooper como Alexander Conklin
Julia Stiles como  Nicky Parsons
Clive Owen como  Professor
Brian Cox como Ward Abbott
Adewale Akinnuoye-Agbaje como  Nykwana Wombosi
Anthony Green como  Richard Hampton
Delphine Lanson como Chloe
Gabriel Mann como Zorn
 
Um homem acorda sem memória após ser baleado por um desconhecido. Quando ele se recupera, só encontra uma única pista sobre sua identidade: um chip que estava implantado em seu quadril, nele está gravado o número de uma conta de um banco em Zurique, Suíça. No cofre do banco ele descobre que se chama Jason Bourne e que mora em Paris. Paralelamente, é perseguido inexplicavelmente por pessoas que lhe querem morto, e nessas circunstâncias, descobre que possui uma série de conhecimentos em técnicas de combate, além de falar fluentemente vários idiomas. Marie, uma desconhecida, cruza seu caminho numa situação meramente coincidencial, seja quem for que quer Bourne morto passa a perseguir Marie também. Juntos, planejam achar uma saída para toda essa situação e descobrir a verdade sobre o nome Jason Bourne.


Quem assumiu a direção foi Doug Liman, a adaptação ficou por conta dos roteiristas Tony Gilroy e William Blake Herron. Quem assume o protagonismo é ninguém menos que o conhecido Matt Damon, que se revela uma grande surpresa nesse gênero, principalmente por não ser exatamente um ator de ação. Damon convence como ninguém, na pele do sujeito sem memória em busca de respostas, mas a surpresa maior fica por conta de sua performance nas cenas de ação. Nas mãos de Matt, Bourne é um sujeito extremamente letal, exímio atirador, fluente em várias línguas, bastante sagaz e um lutador habilidoso. O astro incorpora como ninguém o personagem, para o delírio dos fãs de filmes de ação.

Um dos grandes méritos do filme é o tom sério e realista. Enquanto o maior representante do gênero, o James Bond vinha padecendo em roteiros esdrúxulos por aquele tempo, com excesso de efeitos e tramas mirabolantes demais, Bourne surgia numa trama em que os personagens realmente tinham destaque, não eram engolidos pelos efeitos. O personagem central conseguia nos convencer, ele não encarava vilões megalomaníacos com planos de dominação mundial e impressionava por suas habilidades. O filme significou um retorno aos filmes clássicos de espionagem e seu tom de realismo trouxe uma influência significativa para o gênero. Pode-se afirmar que, se nos anos 60, a série 007 influenciou a forma de se realizar os filmes de ação, no novo milênio o principal responsável por isso foi a franquia Bourne. Tanto que o próprio Bond se viu obrigado a se readaptar a partir de seu filme seguinte, o excepcional 007-Cassino Royale.


O grande atrativo do filme, além da performance surpreendente do Damon, é o roteiro bem trabalhado, com uma trama orquestrada nos mínimos detalhes, na qual a figura do personagem central rende questionamentos variados. Ficamos curiosos em saber, afinal,quem é realmente Jason Bourne? O que seria o Treadstone? O personagem é bem construído e passamos a nos importar com ele e querer respostas também a seu respeito. O roteiro e o Damon constroem um Jason Bourne confuso em busca de respostas, ao mesmo tempo em que é um assassino excepcional e perturbado pela nebulosidade de seu passado, que ele desconhece, ele procura respostas e a saída para ser um sujeito comum e levar uma vida normal. Esse tratamento dado a ele, faz a diferença.

Do outro lado temos a direção segura do Doug Liman,que se revela uma grata surpresa também, pois ele não era exatamente um diretor acostumado a esse gênero. Liman cria ângulos e explora com maestria o roteiro, além de tirar do Matt a sua excelente performance. Unido a tudo isso, temos um bom elenco, que reúne, Brian Cox, Franka Potente, Chris Cooper, Julia Stiles e Clive Owen. Com este conjunto, o filme é bem recebido pela crítica e os fãs do gênero. Com um custo de 60 milhões, arrecadou mais de 214 ao redor do mundo e iniciou a trajetória do personagem nos cinemas. Ouve quem reclamasse das alterações na trama, comparadas ao livro, como sempre ocorre em obras adaptadas da literatura, mas foram necessárias para atualizar a trama do Jason.











Postar um comentário

 
Copyright © 2013 Infinitamente Nosso
Design by FBTemplates | BTT