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sábado, 2 de julho de 2016

Delírio

Delírio

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
 Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
 Mais abaixo, meu bem!  num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
 Mais abaixo, meu bem!  disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci..

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