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sexta-feira, 20 de maio de 2016

X-Men - The Origin

Que a editora Marvel tornou-se uma das maiores produtoras de filmes na atualidade, é algo desnecessário de citar. Sendo uma das editoras de maior sucesso na história do ramo das HQs, dona de personagens míticos na história da cultura pop, iniciou sua trajetória de sucesso nos cinemas, no início desse novo milênio, quando, em 2000, um dos grupos mais populares do quadro editorial, ganhou uma adaptação, que não foi só bem sucedida, como praticamente abriu as portas para a editora se tornar o que se tornou em Hollywood. 16 anos depois, a produção conhecida como X-Men-O Filme, expandiu-se numa franquia badalada, com 6 filmes no currículo, fora alguns spin off com o principal integrante do grupo, o Wolverine. Prestes a retornar aos cinemas em sua mais nova produção, o super-grupo da Marvel não precisa de maiores referências. E assim como outros personagens, iremos agora destacar nessa coluna, toda a sua trajetória, desde a sua concepção como a passagem pelas demais mídias até seu sucesso arrebatador nos cinemas.

A parceria que resultou na concepção do famoso grupo,foi novamente entre dois monstros sagrados dos quadrinhos. Nos anos 60, Stan Lee era uma mente fértil no que dizia respeito a criar personagens que posteriormente se tornariam ícones absolutos. Com os X-Men não seria diferente,mas pra se fazer justiça, o início do grupo não foi tão fácil assim como veremos a seguir. Por aquele tempo, a DC Comics, concorrente da Marvel, fazia sucesso com um grupo que dispensa apresentações, a Liga da Justiça. Lee ficou de olho nos números arrecadados pelo grupo rival e pensou em criar também a sua super-equipe. Seguindo esse pensamento, o roteirista segundo contam, teria concebido dois grupos, o Quarteto Fantástico e justamente os X-Men.

A origem dos X-Men seguia um padrão diferente. Os X-Men surgiram originalmente em 1963. Lee, no caso, tal como já havia feito com outras de suas criações, dava continuidade à exploração de um novo modelo de personagens de quadrinhos do gênero super-heróis. Essa então recente proposição super-heroística mesclava ironia e características anti-heroicas, à época pouco comuns aos personagens das revistas de histórias em quadrinhos, trazendo heróis que conviviam com problemas ou dificuldades que também poderiam afetar o leitor comum, como a incompreensão dos semelhantes, dificuldades econômicas, conflitos com autoridades policiais e crises de consciência. Em suas primeiras aparições, alguns padrões já foram estabelecidos. Tratava-se de um  grupo de adolescentes com poderes mutantes devido à exposição da geração anterior à energia atômica. X-Men apresentava seres que já nasciam com superpoderes, oriundos da radioatividade a que seus pais teriam sido expostos. Ou seja, eram “herdeiros” legítimos da “Era Atômica”– originalmente composto por Ciclope, Garota Marvel, Anjo, Fera e Homem de Gelo e orientado por um tutor paternal e compreensivo, o Professor Charles Xavier, também ele um mutante.

Nesse universo fictício, os mutantes não eram bem aceitos pela humanidade, sofrendo preconceitos e exclusão, sendo até mesmo hostilizados e perseguidos. Por conta disso, quem nascia com essa mutação, se afastava das pessoas "normais" e buscava seu lugar em meio a pessoas que portavam das mesmas habilidades. Era aí que surgia em cena o Prof. Xavier, que acreditava que humanos e mutantes poderiam conviver pacificamente, desde que houvesse todo um processo de tolerância e aproximação. Por isso, ele utilizou sua fortuna e fundou a sua Escola Para Jovens Super-Dotados, onde sua intenção era abrigar essas pessoas, treiná-las e até mesmo prepará-las para enfrentar possíveis ameaças à raça humana e a paz mundial. Um dos principais temas que esteve presente nas histórias desde o início é o preconceito. O medo da humanidade em relação aos mutantes e a luta dos mesmos por aceitação e uma convivência pacífica e harmoniosa levou muitas pessoas à verem no professor Charles Xavier um reflexo de Martin Luther King e sua luta pelos direitos dos negros.


Stan dividiu suas ideias com o seu maior colaborador,o lendário desenhista Jack Kirby, e juntos eles desenvolveram o visual dos personagens e demais conceitos. A primeira aventura foi publicada como dito, em setembro de 1963, já com seu próprio título, The X-Men. Em sua primeira aparição, o grupo enfrenta um de seus maiores, senão o maior nêmesis, o temível Magneto, que posteriormente, se tornaria um dos vilões mais célebres do universo das HQs.


Entretanto, quem acha que os novos personagens foram um sucesso imediato, se engana. Visto nos dias atuais,parece incrível, mas não foi. Mesmo com a excelência de suas primeiras aventuras na parceria Lee/Kirby, o grupo não poderia se igualar ao sucesso de outras criações como, Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e Hulk. Eles não conseguiram passar, em seus primeiros anos de participação na falange Marvel, de heróis de terceira ou, no máximo, segunda categoria. Afinal, tratava-se apenas de mais um grupo de heróis surgidos na esteira da ameaça nuclear, que combatiam malfeitores de mesma origem.

Pouca influência tiveram nesse panorama desfavorável as primeiras mudanças de equipe de produção que ocorreram no título dos heróis mutantes, ainda que dela fizessem parte um bom roteirista (Roy Thomas) e um ótimo desenhista (Neal Adams). A partir do número 67, as histórias inéditas deixaram de ser produzidas, e reprises começaram a preencher as páginas da revista, uma situação que durou até o número 93. A partir do número 94 um novo roteirista, Chris Claremont, assumiu as histórias dos Filhos do Átomo.

A trajetória nas HQs e os principais artistas


Lee e Kirby fizeram boas histórias enquanto estiveram no título. Até hoje, os principais conceitos e personagens inseridos por eles são os mais aproveitados nas revistas e mesmo no cinema, como o arqui-inimigo Magneto, a Irmandade de Mutantes, o poderoso Fanático e os gigantescos Sentinelas. Apesar dos primeiros anos difíceis e a dificuldade dos personagens ganharem as boas graças dos fãs, Lee – que também era o Editor-Chefe da Marvel – insistiu o máximo que pôde para que a revista ganhasse mais leitores, produzindo histórias muito interessantes.

As duas histórias mais famosas de Lee e Kirby com os X-Men também foram definidoras do futuro das personagens. Na primeira delas, os X-Men são atacados impiedosamente pelo Fanático, que descobrem ser um irmão de criação de Xavier, chamado Cain Marko, que ganhou poderes místicos e agora é um ser de pura força bruta que não pode ser parado. Mesmo a união de suas habilidades em conjunto não é párea para o Fanático, de modo que os X-Men precisam usar a inteligência para vencer a batalha, nas edições 12 e 13 de Uncanny X-Men, em 1965.
Em seguida, enquanto a equipe ainda se recupera desses fatos, o cientista (ele é citado, também, como antropólogo) Bolivar Trask prevê um futuro em que a humanidade será escravizada pelos mutantes e cria uma celeuma e uma onda antimutante. Só um parentese, décadas mais tarde, o escritor Kurt Busiek e o desenhista-pintor Alex Ross exploraram de modo brilhante os bastidores desta história no terceiro capítulo da minissérie Marvels, uma homenagem aos “anos clássicos” da editora. Para proteger a humanidade, Trask cria uma série de robôs gigantes chamados Sentinelas, encarregados de caçar a aprisionar mutantes, no arco iniciado em Uncanny X-Men 14. 
Como a revista Uncanny X-Men não aumentava as vendas, após o número 16, de 1965, o desenhista Jack Kirby abandonou o título para poder se dedicar a outros projetos, como as aventuras solo do Capitão América, enquanto ainda mantinha em paralelo a arte das revistas do Quarteto Fantástico e de Thor, além de dezenas de capas. Seu sucessor nos mutantes, Werner Roth, foi treinado por ele mesmo, inclusive para manter o estilo marcante de Kirby no traço. Stan Lee continuou a escrever as histórias por pouco tempo e as repassou ao seu sucessor: o escritor Roy Thomas, que seria um dos maiores criadores da Marvel nos anos seguintes (e Editor-Chefe entre 1972 e 1974), mas inicialmente (como ele próprio afirmou em entrevistas) não entendeu o potencial dos X-Men, de modo que sua primeira passagem na equipe não foi nada marcante. Entre 1966 e 1968, Thomas escreveu as histórias dos mutantes, embora tenha se ausentado em pequenos períodos, substituído por outros como Arnold Drake, por exemplo.
As coisas mudaram totalmente de figura em 1968. O editor Stan Lee ainda acreditava no potencial dos X-Men e decidiu que a equipe merecia uma renovada e entrar para o “primeiro time”. Para isso, solicitou histórias melhores de Thomas (que atendeu prontamente o pedido) e colocou o fabuloso desenhista Neal Adams no título. A arte realista e expressiva de Adams fez um bem danado aos mutantes.A fase de Thomas e Adams é uma das melhores dos X-Men e mostra a equipe ganhando dois novos membros: Alex Summers, o irmão caçula de Scott, se torna o Destrutor e Lorna Dane, a Polaris, que também tem poderes magnéticos e pensa ser filha de Magneto (mas não é).
Contudo, sucesso e qualidade não andam sempre juntos e Uncanny X-Men continuava a vender pouco e teve que ser cancelada. A última edição foi a 66, de 1970, que trouxe uma história desenhada por Adams, mas escrita por Dennis O’Neil (que estava na DC escrevendo as revistas do Superman, Batman e Mulher-Maravilha), mostrando o retorno do Professor X, que explica que tinha se ausentado secretamente para ajudar o governo contra uma invasão alienígena. Esta história também apresenta a Garota Marvel como telepata, fato até então nunca explicitado. Na verdade, a revista Uncanny X-Men continuou sendo publicada, só que trazendo apenas republicações de histórias antigas, no longo período de 1970 a 1974. Enquanto isso, os X-Men continuavam a aparecer casualmente em outras revistas da Marvel, particularmente em Marvel Team Up em pequenas aventuras ao lado do Homem-Aranha.
Em 1972, Stan Lee foi promovido a Publisher da Marvel e o cargo de Editor-Chefe foi ocupado por Roy Thomas. O escritor acreditava no potencial dos mutantes e começou a planejar um retorno triunfal da equipe. Sua ideia era tornar os X-Men uma equipe internacional, reunindo mutantes de várias nacionalidades, como um modo, inclusive, de aumentar seu potencial de vendas nos Estados Unidos (pelo exotismo) e no exterior (pela identificação). Para a tarefa de desenvolver o projeto, Thomas escalou Len Wein, que escrevia as histórias do Hulk na época. O primeiro personagem criado por Wein para a empreitada seria o primeiro super-herói canadense, país onde os quadrinhos da Marvel faziam muito sucesso. O escritor concebeu a personagem e o Diretor de Arte da Marvel, John Romita, criou o visual do novo herói: Wolverine. Wein decidiu testar o potencial de sua criação e antecipou sua estreia: ele combate o Hulk em The Incredible Hulk 180, 181 e 182, de 1974.
Com o bom resultado, Thomas e Wein contrataram o desenhista Dave Crockum para criar o restante da equipe. Além da arte sólida, Crockum tinha uma habilidade quase sobrenatural para criar uniformes, o que havia sido testado e aprovado na revista da Legião dos Super-Heróis, da DC, que possui literalmente dezenas de membros.Surgia então a formação mais famosa do grupo em todos os tempos, Tempestade, Colossus, Wolverine, Noturno, unidos a Banshee, Pássaro Trovejante e Solaris, que posteriormente teriam seus destinos definidos junto ao grupo. Ciclope continuava sendo o líder da equipe, orientado pelo Prof. Xavier.
Os Novos X-Men estrearam em Giant-Size Uncanny X-Men 01, de 1975, parte da série “giant-size” de revistas anuais ou trimestrais da Marvel que tinham um formato maior, mais páginas e substituíam os antigos “anuais”. Na trama de Wein e Cockrum, os X-Men originais são capturados por um poderoso inimigo secreto na Ilha de Krakoa e apenas Ciclope consegue escapar. Assim, ele e o Professor X saem pelo globo em busca de mutantes poderosos que possam resgatar a equipe e formar uma segunda geração de X-Men. O sucesso da empreitada resultou na volta da revista Uncanny X-Men, retomando a numeração original a partir da edição 94. Porém, no meio do caminho, Roy Thomas deixou de ser o Editor-Chefe da Marvel para se dedicar apenas à escrita e o cargo foi ocupado justamente por Len Wein.


Como Wein também escrevia o gibi do Incrível Hulk e suas funções como Editor-Chefe lhe tomavam muito de seu tempo, “passou a bola” dos X-Men para seu assistente Chris Claremont. Wein apenas delineou as novas edições Uncanny X-Men 94 a 96, enquanto o texto final coube ao novato  Claremont. Cockrum permanceu na arte. Chris, oriundo dos palcos de teatro, tinha uma veia dramática bem apurada, e escreveu as aventuras dos Novos X-Men ininterruptamente por cerca de 17 anos, transformando a revista no maior sucesso comercial das décadas de 1980 e 1990 – o que o fez receber o carinhoso apelido de “Senhor X”. Ou conforme as próprias palavras de outro Editor-Chefe da Marvel, o enérgico Jim Shooter, “Chris era grande... foi ele quem construiu a franchise X-Men!” Em parceria com Cockrum,tem início uma das mais profícuas fases dos X-Men. 
A partir de Uncanny X-Men 94, a maioria dos membros originais decide sair da equipe e viver suas vidas, enquanto apenas Ciclope permanece para liderar a nova. Dentre os novatos, Solaris se recusa a permanecer e vai embora. O Pássaro Trovejante não consegue se encaixar na equipe e termina morrendo na sua segunda missão, contra o Conde Nefária. Ciclope, Tempestade, Wolverine, Colossus, Noturno e Banshee seguem como os Novos X-Men, agora, uma equipe mais velha, experiente, mas também, com muito mais ego do que os originais. Ciclope precisa se impor aos novatos para mostrar que é a melhor liderança, o que leva a confrontos constantes com Wolverine. Tempestade, Colossus e Noturno forjam uma grande amizade e quase um triângulo amoroso, mas a queniana parece meio fria.Claremont e Crockum também diminuem a participação e influência de Xavier, inventando diversas desculpas para mantê-lo afastado dos demais.
O trabalho de Claremont fez o grupo alçar voos acima do esperado, fazendo as publicações tornarem-se bastante populares e procuradas,elevando as publicações a edições mensais,mas logo surgiu um problema. Cockrun era lento demais para acompanhar o ritmo das criações. Um novo desenhista seria necessário. Não foi preciso procurar muito tempo. Um artista já tinha se oferecido para a tarefa, o anglo-canadense John Byrne, fã da série desde seus primórdios e que já trabalhara com Claremont anteriormente em publicações como Marvel Team-Up e Punho de Ferro, nas quais demonstrara sua habilidade em desenhar os mutantes. Como arte-finalista, Byrne desejava utilizar seu parceiro em Marvel Team-Up, Dave Hunt, por acreditar que o nanquim deste lhe dava um estilo mais rústico, similar ao de seu predecessor Cockrun. O editor Archie Goodwin, porém, insistiu sabiamente no mais refinado arte-finalista Terry Austin, que trabalhara com a dupla em Punho de Ferro (revista cancelada por baixas vendas - irônico considerando o que estava por vir). E a equipe criativa se completou assim. Era o início não só da parceria mais lembrada de toda a história dos personagens nos quadrinhos, mas também a mais famosa e produtiva até hoje.Tanto que se tornaria referência e é procurada até mesmo pelos fãs mais jovens, visto a sua importância e a mítica que a rodeia. Esse trio criaria alguns dos arcos mais famosos em todas as décadas de história dos X-Men.
Acontece que John Byrne não era somente desenhista, mas um roteirista extremamente talentoso. Não demorou para ele começar a trabalhar nas histórias ao lado do Chris, recebendo também os créditos. Posteriormente, Byrne marcaria época com personagens como Quarteto Fantástico, Tropa Alfa, concebida dentro dos próprios X-Men e um de seus mais famosos trabalhos, a reformulação do Super-Homem nos anos 80. Como era canadense, coube a Byrne redirecionar o papel de Wolverine dentro da equipe. Até então, Wolverine não tinha uma função definida na revista. Ele não era um dos membros principais – Ciclope e Noturno eram os protagonistas – e, por vezes, servia mais como alívio cômico (isso mesmo!). Byrne o quis explorar como um ser de passado misterioso(nem seu nome tinha sido revelado ainda!), atormentado no confronto com sua raiva e violência interior, mas por isso mesmo, alguém diferente dos outros, pois podia matar sem piedade seus inimigos.
A primeira revista em que a dupla trabalhou, Uncanny X-Men 108, era o final de uma longa saga em que os mutantes salvavam o universo da destruição. Aliás, a Fênix salvava o universo praticamente sozinha, exibindo poderes que relegavam seus colegas ao papel de meros coadjuvantes. Este acabaria se tornando o principal problema a assombrar os autores no futuro. O roteiro foi exclusivamente de Claremont, que o deu a Byrne todo pronto sem espaço para o ilustrador propor modificações. Com o tempo, os dois começariam a escrever a quatro mãos, o que resultaria nos atritos que levariam à futura dissolução da parceria.
Nessa formação, vale apenas destacar a personagem que mais roubou a cena e marcou época, Jean Grey, a antiga Garota Marvel, fundadora do grupo desde sua primeira aparição. No início, Jean é uma jovem cujos poderes telepáticos são limitados, incapazes de conceber grandes façanhas, e também é a única integrante feminina do grupo. Depois que a segunda geração de X-Men foi formada, Jean deixou o grupo por um tempo. No entanto ela e os membros originais foram sequestrados por sentinelas e levados a uma estação espacial. Após Jean e os X-Men derrotarem o cientista Steven Lang e os robôs Sentinelas em sua estação espacial, os heróis escaparam utilizando uma nave espacial e passando por uma tempestade de radiação solar letal. A proteção da nave era precária, de modo que a cabine de pilotagem não era suficientemente protegida contra a radiação. Devido ao teor de seus poderes, Jean se voluntariou para guiar a nave, usando sua telecinesia para bloquear a radiação. Porém, seus poderes não foram suficientes e, quando estava morrendo pelo envenenamento da radiação, Jean foi salva pela entidade cósmica conhecida como Força Fênix. A Fênix levou a nave relativamente salva até a baía Jamaica, em Nova Iorque. Ao chegarem a Terra, Jean estava mudada. A princípio, acreditava-se que a radiação fizera com que Jean entrasse em contato com a Força Fênix, uma das forças primordiais do universo, que havia se apossado de seu corpo. Adotando o nome de Fênix, Jean se tornou uma semideusa. Sem treinamento adequado para lidar com tanto poder, Jean passou a lutar contra a Fênix constantemente, obtendo certo sucesso.Com o nível de seus poderes aumentando, ela acaba perdendo o controle sobre si mesma e se torna uma ameaça terrível para toda a galáxia.
Sintomaticamente, a primeira história de John Byrne como desenhista e corroteirista, em Uncanny X-Men 108, foi justamente um conto quase solo de Wolverine, na qual para relaxar depois da aventura cósmica dos X-Men, ele resolve caçar (mas sem matar a presa, como ele deixa bem claro) nas proximidades da Mansão X e é atacado por alguém chamado Vindix, outro super-herói canadense que quer levá-lo de volta ao país natal, onde teria compromissos com o Governo por ter sido um agente secreto.Esse seria o primeiro passo para a concepção da Tropa Alfa.
Nos arcos que se seguiriam,é que a parceria se desenvolve. Os dois escritores se complementam com habilidade: Claremont administra com eficiência um grande elenco de personagens e tramas longas, enquanto Byrne contém os piores exageros de seu colega, garantindo que as histórias tenham conclusão e que os enredos das edições individuais sejam interessantes o bastante para os leitores desejaram acompanhar as sagas maiores. Byrne também era grande fã dos antigos X-Men e consegue que quase todos os integrantes da equipe original protagonizem participações especiais. Durante esse arco de histórias, estabeleceu-se outra característica: as brigas entre Ciclope, o líder super-herói mais tradicional e certinho da equipe, e Wolverine, o novato que detesta receber ordens e se prender aos padrões de comportamento tradicionais dos super-heróis. Além de brigarem pela mesma mulher, Jean Grey, e de seguirem filosofias diferentes, os oponentes também estavam de certa forma competindo para serem os protagonistas do gibi.
A parceria entre esses ícones resultou também em duas das mais famosas sagas dos X-men, a Fênix Negra e Dias de um Futuro Esquecido, ambas na década de 80, a qual destacaremos na postagens que trata dos arcos mais famosos dos personagens. Pena que essa parceria iria terminar de forma traumática e sem retorno. As divergências criativas e o desgaste entre os dois autores chegaram a um ponto que eles romperam e decidiram seguir seus próprios caminhos, após a conclusão do Dias de Um Futuro Esquecido.Dos anos de parceria ainda surgiu a concepção de uma nova e importante personagem para o grupo:a Kitty Pryde, conhecida como Ninfa.Eles também criaram a mutante Cristal. O trabalho dessa dupla até hoje como dito, figura numa das fases mais famosas dos X-Men.Pode-se até afirmar que existe o antes e depois da parceria,jamais igualada,mesmo com o Chris à frente dos roteiros ,pós-Byrne.

Após a saída de Byrne, Claremont ainda permaneceu no título por mais de dez anos; primeiro em uma parceria renovada com Dave Cockrun. Logo, porém, ficou evidente que seria impossível um retorno ao período pré-Byrne. Além do mais, Cockrun continuava lento, necessitando da ajuda de diversos colegas para cobrir seus atrasos. Foi, então, substituído pelo ótimo Paul Smith, que inspirou Claremont a realizar suas melhores aventuras no período pós-Byrne. As histórias, escritas por Claremont, desenhadas por Paul Smith e com o último capítulo marcando a entrada de John Romita Jr. na revista se transformaram em um grande sucesso e são uma das melhores da equipe mutante até hoje. Já o novo desenhista é filho do lendário Diretor de Arte da Marvel e vinha fazendo bastante sucesso nas histórias do Homem de Ferro. Sua passagem pelos X-Men foi marcante, porque impriu à equipe seu traço vigoroso.

Os desenhistas que se seguiram eram competentes em sua função, mas não escritores, e Claremont ficara demasiado dependente de seus parceiros. A qualidade dos roteiros caiu na mesma proporção em que a popularidade do escritor aumentava. Claremont manteve-se na publicação mais por reputação do que por méritos. Todavia, no auge do sucesso, quando um segundo título dos X-Men foi publicado, com vendagem recorde, ele foi demitido a fim de permitir que o ilustrador de então, Jim Lee, escrevesse suas próprias histórias.

Ironicamente, o escritor foi substituído por seu ex-parceiro John Byrne. O anglo-canadense, agora naturalizado cidadão dos Estados Unidos, nos anos seguintes à sua partida, tornara-se o maior nome dos quadrinhos americanos ao escrever e desenhar uma longa fase no Quarteto Fantástico e ao promover uma polêmica reformulação do primeiro dos super-heróis, o Super-Homem. Embora com a popularidade em decadência a essa altura, Byrne estava no auge do seu talento ao assumir os títulos. Entretanto, ele comprara gato por lebre. Os desenhistas das duas séries, Jim Lee e Whilce Portacio, eram os responsáveis pelas histórias e Byrne se viu fazendo a função que reservara para Claremont na época da velha parceria: escrever os diálogos! Pior, Lee e Portacio não tinham a disciplina profissional que Byrne tivera em seu tempo. As tramas que criavam eram demasiado desconexas e a arte chegava às suas mãos atrasada demais para que ele pudesse sequer redigir os textos de forma satisfatória. Acabou certo tempo depois sendo também demitido da função. Com o tempo e muitos anos depois, outros nomes assumiriam o título, Larry Hama, Marc Silvestre, Scott Lodbell, Fabian Nicieza, Andy Kuber, Brandon Peterson, Peter David e Jae Lee, Mike deodato Jr e Roger Cruz, Joe Madureira, Joe Quesada, Grant Morrison, entre tantos outros, fortaleceram o sucesso e a mitologia em torno do grupo. Esse pessoal também criaria arcos famosos,redefiniriam a equipe, seriam responsáveis por novos títulos e fortificariam os personagens como um dos grupos de maior fama e destaque no universo das HQs.

Os Integrantes

Vale destacar que nas décadas de formação do grupo,os membros mais importantes ou conhecidos são o Anjo, Colossus, Wolverine, Homem de Gelo,  Fera, Ciclope, Tempestade, Noturno, Garota Marvel/Fênix,Gambit, Ninfa/Lince Negra, Vampira, Banshee, Solaris.

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