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sábado, 19 de março de 2016

Grandes Personagens do Cinema - Marty McFly & Dr Brown - Parte II


Feitas as devidas apresentações sobre a concepção desta tão famosa Trilogia, vamos resenhar de forma breve sobre os filmes para melhor conhecermos estes dois fantásticos personagens. Nesta postagem estaremos abordando os dois primeiros Filmes... 


De Volta Para o Futuro (1985)

Ficha Técnica
Direção - Robert Zemeckis
Produção - Neil Canton, Bob Gale
Roteiro - Robert Zemeckis, Bob Gale
Música - Alan Silvestri
Cinematografia - Dean Cundey
Edição - Harry Keramidas, Arthur Schmidt
Companhia produtora - Amblin Entertainment
Distribuição - Universal Pictures
Lançamento:
Estados Unidos 3 de Julho de 1985
Brasil 25 de Dezembro de 1985
Portugal 19 de Dezembro de 1986[1]
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 19 milhões
Receita - US$ 389 milhões
Elenco:
Michael J. Fox como Marty McFly
Christopher Lloyd como Dr. Emmett "Doc" Brown
Lea Thompson como Lorraine Baines McFly
Crispin Glover como George McFly
Thomas F. Wilson como Biff Tannen
Claudia Wells como Jennifer Parker
James Tolkan como Mr. Strickland
Marc McClure como Dave McFly
Wendie Jo Sperber como Linda McFly


Como dito, depois de anos em busca de levar o projeto adiante, a dupla Gale/Zemeckis conseguiu tocar seu filme em meados de 1984, com lançamento no ano seguinte. Foi nesse ano que os fãs de cinema vieram conhecer uma das duplas mais impagáveis de todos os tempos, os icônicos Marty McFly e Dr Emmett Brown.

Em um delicioso roteiro desenvolvido pela dupla, entra em cena o Marty, típico adolescente americano, que está cursando o colegial, namora uma gatinha e sonha em se tornar astro de rock. Na contramão a mãe, Lorraine McFly é alcoolatra e o pai, George McFly um completo estabanado que desde os tempos de colégio, é importunado pelo valentão Biff Tanen (inspirado num executivo de estúdio que a dupla Gale/Zemeckis conheceu durante uma reunião de um de seus projetos passados).

A aventura de Marty começa no instante em que se propõe a ajudar um amigo, o cientista e inventor Emmett Brown, a testar uma máquina do tempo, que ele construiu em um veículo Delorean. Movida a plutônio, que ele conseguiu de um grupo terrorista que lhe contratou para construir uma bomba, a máquina permite viajar tanto ao passado quanto ao futuro. Acontece que, na hora do teste, os terroristas decidem ajustar as contas com o doutor e acabam assassinando-o. Para não ter o mesmo fim, Marty sem querer dispara a máquina e acaba indo parar 30 anos no passado, no ano de 1955, época em que seus pais são adolescentes e estão prestes a se conhecer. Acontece que sem querer, Marty acaba interferindo na linha do tempo dos dois e impede o primeiro encontro, fazendo com que sua mãe se interesse por ele. Ao reencontrar na mesma época o dr Brown e lhe contar sua história, o maluco se compromete a ajudá-lo, a voltar para sua época de origem, mas antes lhe alerta a corrigir o paradoxo temporal criado por ele, para não comprometer sua própria existência.


Era a primeira parte de uma das maiores aventuras que o cinema já conheceu. Misturando romance, ficção científica, humor e aventura, foi uma produção que combinou todos os elementos certos, concluindo numa produção que marcou época e conquista admiradores até hoje. Muito mais que isso, é um filme cuja passagem do tempo só o faz ficar cada vez melhor, ele teima em não envelhecer. Tudo funciona perfeitamente, um elenco altamente carismático, uma química perfeita entre todos eles, personagens bem construídos e divertidíssimos, um roteiro perfeito, uma trilha sonora excelente unida a uma direção de arte magnifica e ótimos efeitos especiais. O destaque é a cenografia, que retrata com perfeição os anos 50, reconstituindo em estúdio e ao ar livre, a cidade de Hill Valley, onde se descortina a história.

A trilha sonora foi criada por Alan Silvestri,um dos maiores arranjadores hollywoodianos,que também havia trabalhado com Zemeckis em Tudo Por Uma Esmeralda.O filme também ganhou uma canção-tema,The Power Of Love.Impossível escutá-la e não associar ao filme. Contou também com cenas antológicas,como a da perseguição em que Marty foge com um skate e a que ele toca guitarra no baile Encanto Submarino,executando uma performance que vai de Jimmy Hendrix a Eric Clapton.



Entre o elenco, vale destacar a performance do ator Crispin Glover, que interpreta George McFly. Sua atuação cômica do figura chega a roubar a cena dos dois protagonistas, que comandam o show, tanto o Marty com seus trejeitos e trapalhadas, quanto o dr Brown, com suas caras e bocas e jeito espalhafatoso e cabelos desgrenhados. Vale destacar também a química perfeita ao extremo entre os atores Fox e Loyd. Como dito, separar um personagem do outro é impensável, ambos se completam de forma perfeita.

O resultado do filme falou por si. Na exibição de pré-estréia, o público foi ao delírio. Ao ser lançado nos cinemas, foi um enorme sucesso de crítica e bilheteria. Com orçamento de 19 milhões, ele ultrapassou a arrecadação de 381 milhões, sendo a maior bilheteria de 1985. Em seu gênero, continua sendo até hoje a principal referência, não foi jamais igualado ou superado. Teve 4 indicações ao Oscar, inclusive de Roteiro Original, mas só levou a de Edição de Som. Levou também o Hugo Award de melhor representação dramática e o Saturn Award de melhor filme de ficção. Além disso,teve 3 indicações ao Globo de Ouro. O filme está na 28ª posição da lista da Entertainment Weekly dos "50 Melhores Filmes Colegiais". Em 2008, Back to the Future foi votado como o 23º melhor filme da história pelos leitores da Empire. Ele também foi colocado em uma lista similar pelo The New York Times, uma lista de 1000 filmes. Em janeiro de 2010, a Total Film incluiu o filme em sua lista dos "100 Melhores Filmes de Todos os Tempos".


Em 27 de dezembro de 2007, Back to the Future foi selecionado para preservação no National Film Registry da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, sendo considerado "culturalmente, historicamente ou esteticamente significante". Em 2006, o roteiro original de Back to the Future foi selecionado pelo Writers Guild of America como o 56º melhor roteiro da história. Em junho de 2008, o American Film Institute revelou sua AFI's 10 Top 10—os dez melhores em dez gêneros "clássicos" do cinema americano—depois de uma pesquisa com mais de 1.500 pessoas da comunidade criativa. Back to the Future foi reconhecido como o 10º melhor filme do gênero de ficção científica.

As cenas em que Marty McFly anda de skate ocorreram durante a infância da subcultura dos skates. Vários praticantes da modalidade, assim como as empresas dessa industria, fazem tributo ao filme por ter influenciado a prática do skate. Podem ser visto exemplos em materiais de promoção, em entrevistas com praticantes profissionais que citam o filme como a sua influencia por terem começado a praticar skate, e no reconhecimento do publico sobre a influencia do filme. O filme foi também o grande divulgador da marca Delorean, porém, não foi suficiente para a fábrica deslanchar. O modelo dos veículos não vingou por muito tempo.

E como curiosidade, vale citar que Bob e Zemeckis não conceberam o filme como o primeiro de uma trilogia. Eles contam que o final, em que os personagens vão ao futuro foi concebido como uma piada, não existia intenção alguma de uma sequência. Mas os fãs não entenderam dessa forma, e com o sucesso do filme, ficaram loucos pela continuação. O estúdio que não era bobo, tratou de encomendar a sequência, deixando seus realizadores em palpos de aranha.



De Volta Para o Futuro-Parte 2 (1989)

Direção - Robert Zemeckis
Produção - Neil Canton, Bob Gale
Roteiro - Bob Gale
Genero - Aventura, ficção científica, comédia
Música - Alan Silvestri
Cinematografia - Dean Cundey
Edição - Harry Keramidas, Arthur Schmidt
Companhia produtora - Amblin Entertainment
Distribuição - Universal Pictures
Lançamento?
Estados Unidos 22 de Novembro de 1989
Brasil 14 de Dezembro de 1989
Portugal 22 de Dezembro de 1989
Idioma - inglês
Orçamento - US$40 milhões
Receita - US$331,950,002



Os fãs tiveram que aguardar 4 anos pela sequência do filme original. O sucesso e o suposto gancho final, levaram a Universal Pictures a encomendar a sequência.Gale e Zemeckis começaram a trabalhar no roteiro extenso, que acabaria dividido em 2 sequências, formando a trilogia.

Boa parte dos membros da equipe técnica e elenco retornaram, inclusive o Spielberg, como produtor-executivo. Entre o elenco, houve uma baixa. O ator Crispin Glover, num ataque de estrelismo, fez várias exigências para reprisar o personagem George McFly. Sem condições de ceder aos pedidos do ator, os produtores optaram em tirar seu personagem do filme. De certa forma foi frustrante, pois no roteiro já desenvolvido, o terceiro ato se passaria na década de 60, e o personagem do ator teria destaque. Gale teve que reformular o roteiro, os anos 60 foram descartados e o personagem acabaria morto, respondendo a ausência do Crispin.

Outra baixa foi a atriz que interpretou a namorada de Marty no primeiro filme. Ela acabou substituída pela gatinha Elizabeth Shue. A personagem porém, não tem tanta importância na trama. Bob Gale confessou que, como eles não tinham pensando numa sequência, nem imaginavam que a mesma sairia, por esse motivo colocaram a moçoila dentro do Delorean, em direção ao futuro, o que acabaria se tornando uma complicação, visto que a personagem seria dispensável na continuação. Mas como é bom ser roteirista, eles encontram solução para tudo.

No segundo filme,Marty vai ao futuro impedir que seu filho seja preso, ao ser coagido por  Riff, neto de ninguém menos que seu desafeto Biff Tanen. Ao mudar esse fato, Marty acaba depois comprando um almanaque desportivo que informa todos os resultados das partidas entre 1950 a 2000 e pensa em levar para sua época e fazer umas apostas, ganhando algum dinheiro.

Acontece que o Biff, agora com uns 70 anos, descobre o segredo do Delorean e num descuido de Marty e do Dr. Brown, se apodera dele, volta ao passado e entrega o almanaque a sua versão juvenil, orientando-lhe como o usar. Ao retornarem para o ano de 1985, a dupla descobre que a realidade que eles conheciam foi totalmente modificada. Com as apostas do almanaque, Biff tornou-se extremamente rico e corrupto, Lorraine foi forçada a se casar com ele e George McFly, está morto. Marty e o Dr. Emmett descobrem que o ponto exato onde Biff entregou o almanaque à sua versão mais jovem, foi no ano de 1955, na véspera de Marty ser mandado de volta a sua realidade, onde se passou a aventura do filme anterior. Sem escolha, eles acabam mais uma vez retornando aquela época para corrigir o paradoxo temporal.


Se o filme anterior já havia sido excepcional, a sequência o supera em tudo o que se possa imaginar. O roteiro desse filme é extremamente bem desenvolvido, mesmo com umas pequenas falhas que não comprometem em absolutamente nada e são válidas para justificar o andamento da história. Mais ainda, ele revisita a produção anterior, algo inédito e jamais visto nos cinemas e nos dá um outro olhar sobre a magnifíca produção de 4 anos antes. O roteiro em alguns instantes chega a dar um nó em nossas cabeças, quando visto pela primeira vez, mas as peças acabam se encaixando de forma magnífica e coerente. Todos os elementos vistos na obra anterior se fazem presentes mais uma vez, porém em grau muito maior.

Dessa vez o elenco teve muito mais trabalho, pois alguns personagens principais tiveram que ser apresentados em várias versões. Thomas F Wilson, que interpreta o Biff, apresenta 4 personagens, o setentista no futuro, seu neto desmiolado e suas versões, o rico na realidade alternativa e o juvenil nos anos 50. Lea Thompson dá vida à personagem na versão futurista também, depois na realidade alternativa e em seguida na década de 50. Elizabeth Shue interpreta a versão jovem de Jennifer e sua versão quarentona no futuro. Quem mais trabalha é o J Fox, que além de interpretar sua versão juvenil (na época ele estava com 26 anos,meio difícil engolir que ele tinha 17 na obra), também interpreta um Marty envelhecido, além de interpretar mais dois personagens, os próprios filhos.

Na época, o primeiro ato se passa em 2015. O grande atrativo mais uma vez da produção, além do roteiro fantástico, é a direção de arte, que imagina um futuro tecnológico, cheio de novidades que não existiam na época, eram meros sonhos dos roteiristas e da equipe de produção. Num ato visionário, chegamos na época retratada no filme, constatando que muitas das coisas apresentadas naquela produção agora existem, e outras não. Ainda não temos carros voadores, roupas que se ajustam ao nosso corpo e secam sozinhas e as cabines telefônicas cederam lugar aos celulares, tornando-se praticamente dispensáveis nos dias atuais. E felizmente, também não andamos por aí em roupas colantes e com cores berrantes... (ou de certa forma, sim, afinal, a moda das academias chegou para ficar, principalmente entre a mulherada) rs.

Em compensação, temos os aparelhos eletrônicos e computadores com tecnologia de voz, câmeras digitais superfinas, grandes monitores de tela plana,vídeo chamadas ou conferências, controles por movimento que substituem os controles físicos, entradas sem chaves, tablets portáteis, aviões que filmam controlados à distâncias(os drones), pagamento com celular, cinema 3D, entre outros detalhes apresentados nesse filme. Até os modelos dos tênis Nike usados por Marty estão sendo confeccionados atualmente, e existe o projeto da função de se ajustar e amarrar sós, e já existe um projeto para confecção do Hoverboard, o skate que flutua. Já existe uma versão, mas ele só funciona por 7 minutos, flutua somente em superfícies metálicas e a poucos centímetros do chão. Tudo isso foi apresentado numa sequência de pouco mais de 30 minutos.



Uma curiosidade muito bacana, no filme, é possível ler que o almanaque diz que quem iria vencer o campeonato de 1997 de basebol seria um time da Flórida. Porém, quando o filme foi escrito, ainda não existia nenhum time de lá, mas não é que quem venceu o campeonato no ano que o filme disse foi mesmo um time da Flórida? O Florida Marlins nem existia na época em que o filme foi feito. Isso é que é inspiração. O engraçado é que o diretor, o Zemeckis, confessou não gostar da ideia de apresentar como poderia ser o futuro, achando que iria apresentar uma visão que não corresponderia um dia na época retratada.


Essa Trilogia é o melhor exemplo da magia e criatividade hollywoodiana, numa época em que a grande força do filme não eram os efeitos digitais, as peripécias mirabolantes e a edição de som, que maquiam atualmente, a falta de talento e criatividade de certos diretores e roteiristas. Essa turma tinha talento e a capacidade excepcional de realizar obras que sobrevivem a passagem do tempo,são tão perfeitas vistas nos dias atuais quanto na época em que foram realizadas. Não é exagero afirmar que se trata de uma obra-prima do cinema. Quem ainda não assistiu, assista a trilogia e confirme. Superior a muitos Transformers, Crepúsculos e 50 Tons de Cinza.


Com orçamento de 40 milhões, foi mais uma vez sucesso de crítica e bilheteria, arrecadando mais de 391 milhões. Levou uma indicação ao Oscar por efeitos visuais, e ganhou um Prêmio Saturno e um Bafta na mesma categoria. Até hoje figura como uma das maiores e mais bem realizadas sequências. Assim como no anterior, termina com o gancho para a terceira e definitiva produção, que como dito, já tinha sido filmada sequencialmente com essa aqui. O espetáculo continua no terceiro ato, quando a dupla McFly/Emmett vão ao ano de 1955. Mais uma vez a cenografia é perfeita, até parece que ela ficou guardadinha e reservada num canto, esperando ser reaproveitada.

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