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quarta-feira, 23 de março de 2016

Especial DC Comics - Grandes Personagens do Cinema - BATMAN - Parte 4

Aqui estamos nós para mais um encontro com este personagem fabuloso do cinema. Desta vez, vamos comentar dois filmes, Batman Eternamente, de 1995 e Batman e Robin de 1997.


Batman Eternamente (1995)


A avacalhação com o pobre Homem-Morcego começaria a partir dessa terceira produção. Não bastassem os problemas da boa e velha Gothan City e seus demônios pessoais, Batman iria encarar um adversário ainda mais temível que o Coringa: O diretor Joel SchumacherA bilheteria arrecadada pelo filme anterior, levou os chefões da Warner a repensar o rumo do personagem nos cinemas.O filme teria  uma mudança de tom em relação aos filmes anteriores, mais famíliar, já que a Warner considerou que o filme anterior, Batman-O Retorno, teve um desempenho fraco nas bilheterias devido à sua violência e tons sombrios.Com isso,Tim Burtom saiu da direção,ficando com o cargo de produtor,e um novo nome foi escolhido para o comando da obra: Joel Schumacher, conhecido por dirigir filmes mais sérios.
Com o objetivo de fazer um filme mais leve,tudo mudaria,a começar pela sombria Gothan City. Sairam os famosos cenários criados na fase Burton e a cidade de Nova Iorque serviu como locação, porém, muito mais iluminada por luzes neon. Já era uma tremenda bola fora, tal ideia. 
Michael keaton decidiu não reprisar seu papel como Batman, porque ele não gostou da nova direção da série de filmes.Para o seu personagem,após cogitar nomes como Johnny Depp, Ralph Fiennes e Daniel Day-Lewis,quem ficou  foi o inexpressivo Val Kilmer,que aceitou participar sem nem mesmo ler o roteiro ou saber quem era o diretor.
Outros nomes começaram a surgir no elenco:Jim Carrey,um dos mais populares nomes dos filmes de humor daquela década,como o enigmático xarada,Tommy Lee Jones,uma das mais estranhas escolhas já vistas num filme desse gênero,para interpretar o megalomaníaco Duas Caras e a Nicole Kidman,interpretando a psiquiatra Chase Meridian.
Para completar o caldo,Chris O'Donnel,que há tempos se encontra sumido,seria o parceiro do herói,o Robin. O personagem não havia dado as caras em momento algum nos filmes anteriores. A mudança de diretores trouxe um rumo totalmente descabido no tom da série,tal qual era o desejo dos produtores.O filme foi muito mais espalhafatoso e passou longe do clima dark que sempre foi a marca registrada do personagem.


A história foi tão interessante quanto assistir debate de candidatos a alguma coisa: Duas-Caras (Tommy Lee Jones) e Charada (Jim Carey), dois excêntricos bandidos, decidem descobrir a identidade do Homem-Morcego (Val Kilmer) para depois mata-lo. Este por sua vez recebe a ajuda de um jovem (Chris O'Donnell) que tem sede de vingança, por ter perdido a família em um acidente provocado exatamente pelo Duas-Caras. 
Na cola do herói,surge uma psiquiatra (Kidman), disposta a desvendar e compreender a mente e motivações do Cavaleiro das Trevas. E nisso se resume a obra,um jogo de gato e ratos, onde os espalhafatosos e sonolentos vilões unem as forças para se livrar da pedra no sapato.
Mas os problemas não se resumem a isso. Caricaturismo é a palavra que define os personagens, todos desinteressantes e afetados demais.Val Kilmer é uma sonolência só, não demonstra boa vontade alguma com o personagem, atua completamente no automático. Schumacher teve problemas em trabalhar com Kilmer durante as filmagens, a quem ele descreveu como "infantil e impossível", relatando que ele também teve problemas com vários membros da equipe, e se recusou a falar com Schumacher durante duas semanas depois que o diretor lhe disse para parar de se comportar de maneira rude.
Jim Carrey, como de costume, usa e abusa das caretices,aqui nessa obra, ele deve ter batido todos os recordes no quesito. O seu personagem, Xarada, embora seja célebre na galeria de vilões do Batman,só consegue uma coisa nesse filmeco:irritar a paciência do espectador.Pior ainda é o Duas Caras,vilão vivido por Tommy Lee Jones,outro grande vilão da mitologia do Batman,cuja psicose pode ser comparável a do Coringa.O Jones está simplesmente ridículo no papel,chega a ser constrangedora sua participação.Se existe uma mancha em sua carreira,é sem dúvida nenhuma,essa aqui.
Schumacher também mencionou Tommy Lee Jones como fonte de problemas: "Jim Carrey era um cavalheiro, e Tommy Lee foi ameaçado por ele, que eu estou cansado de defender em excesso... Mas a maior bola fora do roteiro é a aparição do Robin,personagem do Chris O'Donnel.


Se nos quadrinhos o mesmo é um pré-adolescente adotado por Batman, aqui ele é um rapagão de mais de 30 anos, que Bruce Wayne decide receber em sua mansão,após sua família ser vítima do Duas Caras.Isso motivou as infames piadas a respeito da triste fama que ronda os personagens desde os anos 60. Quem em seu juízo perfeito, adotaria uma figura assim?Só Clodovil....kkkkk.
Para evitar o falatório,incluíram a dra. Chase Meridian como interesse romântico do Batman. Nicole Kidman interpreta uma personagem cujas motivações não convencem de forma alguma. O filme é uma sucessão de cenas medíocres, ritmo desgastante e momentos tão constrangedores quanto os das produções dos anos 40.
Destaque para cena em que o bumbum do Batman recebe um close,quando ele veste a armadura e o batmamilos nas armaduras, simplesmente ridículo. Mas nada supera o Batmóvel-Aranha,cortesia do famoso herói da Marvel. Em determinada sequência,o Batman escala um prédio com o veículo.
Situações assim só seriam superadas na mais deprimente super-produção com um personagem do gênero, que estaria por vir em mais 2 anos.Mas sabe o que foi o pior de tudo isso? O filme foi sucesso de bilheteria.  Batman Forever inaugurou em 2842 cinemas nos Estados Unidos em 16 de junho de 1995, fazendo 52,78 milhões dólares em seu fim de semana de abertura. Este foi o fim de semana de maior abertura de todos os tempos até aquele momento.
O filme passou a bruta de 184,03 milhões dólares na América do Norte, e 152,5 milhões dólares em países internacionais, totalizando 336,53 milhões dólares. Batman Forever foi declarado como um enorme sucesso financeiro.  O filme ganhou mais dinheiro do que seu antecessor, Batman-O Retorno, e foi o segundo filme de maior bilheteria de 1995, atrás de Toy Story, nos Estados Unidos. Entretanto,em relação à crítica,foi um verdadeiro desastre.O tempo tratou de fazer justiça ao filmeco,que é considerado hoje como vexatório e um dos piores do gênero das adaptações. A maioria dos fãs do herói detestam esse título. Mas digo e repito, o pior mesmo ainda estava por vir.
Batman e Robin (1997)

Super-Homem e Batman tem muito mais em comum do que se possa imaginar. Incrível como eles sempre estiveram conectados. Suas primeiras passagens nos cinemas não foram tão diferentes. Ambos deram as caras em duas produções que foram enorme sucesso de bilheteria e crítica,e também tiveram forte influência no gênero das adaptações,e em seguida culminaram em duas produções péssimas,ridículas,vexatórias e constrangedoras. O calvário do Batman iniciou com o filme de 1995 e sua via-crucis e crucificação seria no 4º filme. Essa produção é o maior exemplo de uma sucessão de erros graves e falhos da parte de todos os envolvidos,de direção a roteirista,técnicos em efeitos,direção de arte,elenco,etc,etc,etc.....
O sucesso nas bilheterias do filme anterior incentivou a Warner a bancar mais uma sequência com o personagem o mais rápido possível. Joel Schumacher foi mantido na direção e começou a desenvolver um roteiro, em parceria com Akiva Goldsman, com quem trabalhara anteriormente.
O problema foi os caminhos definidos por Joel.O tom do filme seria inspirado em nada menos que a satírica série dos anos 60.Tanto que, nas filmagens,segundo contam,o figura sentava-se em um guindaste com um megafone e gritava antes de cada exame, 'Lembrem-se, todos: isto é um desenho animado'. Mais engraçada ainda era a visão que ele tinha do Batman. Numa entrevista ele declarou que o conceito que ele tinha do personagem Batman era de que “não havia sentido um milionário de 30 anos ficar chorando pelos pais que morreram quando ele era garoto. Ele faz o que faz porque é divertido.’ 


Divertido???

Por atitudes e frases assim dá pra se ter uma noção de como as coisas se encaminhariam.Um novo elenco começou a se formar,e mais uma vez,personagens célebres da mitologia do herói dariam as caras. Mas dessa vez,como a palavra-chave era exagerar, Batman enfrentaria um esquadrão de vilões.
Para o papel principal,entrou em cena o então novato George Clooney,na época dando seus primeiros passos em Hollywood. Ele seria o terceiro ator a interpretar o Bruce Wayne /Batman. 


O maior astro dos filmes de ação da época, Arnold Schwarzenegger, daria vida ao Mr Freeze.






A deusa Uma Thurman seria a Hera Venenosa.
Chris O'Donnel,um dos poucos remanescentes da produção anterior, repetiria o papel de Robin....





E a gatinha Alícia Silverstone daria vida à Batgirl,mais uma personagem estreante na franquia.


O caldo dos vilões seria engrossado com o Bane,um dos mais populares personagens da nova galeria de vilões do Batman,nos anos 90. No papel, até que a produção prometia: Orçamento de mais de 120 milhões e um elenco estelar.


Na prática,o resultado foi outro. Quando o filme chegou nos cinemas,os desastres vieram à tona. O roteiro era uma sucessão de ideias idiotas e sem nexo,como se um monte de nerds tivessem se reunido, tivesse sido lançada a disputa de:vamos ver quem escreve as mais bizarras situações com os personagens da mitologia  do Batman, em seguida,tivessem escrito numas folhas e repassado ao Schumacher. O mesmo,possivelmente drogado ou bêbado, bancou cada sequência pelo pé.

Jamais se vira tal desperdício de dinheiro em Hollywood,pelo menos até aquele tempo. Dificil resumir o roteiro numa sinopse,tamanha é a confusão  e a falta de nexo.Todos do elenco padeceram em situações totalmente ridículas. As cenas e diálogos entre os personagens apavoram. Batman e Robin discutem mais que crianças no playground.Tem a cena infame do "batcartão de crédito", que só Deus perdoa. Os heróis aparecem até numa obra de caridade,como atração principal. A química e interação entre os personagens é sofrível.
George Clooney interpreta um Batman bobalhão e sorridente,de bem com a vida,que protagoniza os piores feitos já vistos desde os anos 40 nos cinemas. Certamente ele ignorava por completo a personalidade perturbada do Bruce ou seguiu o que o Joel pedira.
Schwarzenegger, coitado, é o que mais sofre em sua caracterização. Com a  cabeça raspada, lentes de contato e uma pesada armadura, todo maquiado de cinza,da cabeça aos pés,é difícil acreditar que aquele cara é o mítico ciborgue futurista da famosa série Exterminador do Futuro.Os momentos e falas de seu personagem beiram o cúmulo do ridículo.Mas nada se compara a vê-lo vestido de rombe e pantufas de urisinho.
Uma Thurman,vestida toda de verde,lembra uma drag queen de boate. Alícia Silverstone,é totalmente dispensável a um filme que por si só é dispensável.Mas o pior de tudo é o tratamento dado ao Bane,que aqui,entra mudo e sai calado, e não passa de uma versão mais calma do Hulk. O mesmo é limitado a ser capanga da Hera. 
Gothan City está mais iluminada e cheia de badaluques que árvores de natal,a mesma não deixa nada a  desejar a nenhum carro alegórico.A cenografia é completamente espalhafatosa. O resultado final foi o esperado.A crítica caiu matando em cima. Muitos jornalistas afirmaram não entender praticamente nada da história.Todos foram unanimes em metralhar o filmeco e alegar ser um dos piores do ano.Ou o pior.    Nas bilheterias, superou os 238 mihões mas ficou muito abaixo do que os anteriores arrecadaram. Curioso mesmo é a reação de alguns dos envolvidos no filmeco. O próprio Joel Schumacher expressou vergonha sobre o resultado final, dizendo que foi vítima das pressões do estúdio por um filme menos sombrio para diversão familiar. Ele depois em entrevista, pediu desculpas por ter feito o mesmo naquelas proporções.Jamais se vira até hoje,o diretor de um filme se desculpar pelas mancadas cometidas no mesmo.
George Clooney até hoje se envergonha de sua participação e considera como o pior momento de sua carreira. Ainda mais que,nos dias atuais,ele é um dos grandes nomes do cinema mundial.
Por aquela época,o filme tirou do Superman IV,o título de pior adaptação de um personagem de hqs pros cinemas,e mesmo nos dias atuais,com a concorrência de algumas produções tão infames quanto essa aqui,ele continua reinando absoluto. Recentemente uma pesquisa on line elegeu o filme como o pior de todos os tempos. Era o fim, ao menos por oito anos, do personagem nas telonas. Felizmente seu futuro estaria conectado com o de um diretor que aos poucos começava a galgar degraus em Hollywood, e estaria destinado a conceder ao Batman,o destaque que ele tanto merecia nas telonas. 


Seu nome??? >>>> Chistopher Nolan.
                  

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