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domingo, 20 de março de 2016

Filmes Esquecíveis do Cinema - O Sobrevivente


Quem acompanha minhas dicas, já deve ter percebido que sou fã do cinema oitentista, por muitos motivos. Infelizmente isso não significa que o cinema daquela época tenha feito somente produções inesquecíveis. Tinham também os filminhos fracos, que não envelheceram muito bem. Rsrs

E... Esse aqui é um deles...


Ficha Técnica

The Running Man - O Sobrevivente
Direção - Paul Michael Glaser
Produção - Tim Zinnemann, George Linder
Roteiro - Steven E. de Souza
Baseado - The Running Man de Richard Bachman
Género - Ficção científica
Música - Harold Faltermeyer
Direção de fotografia - Thomas Del Ruth
Figurino - Robert Blackman
Edição - Mark Roy Warner, Edward A. Warschilka, John Wright
Distribuição - TriStar Pictures
Lançamento  - 13 de novembro de 1987
Idioma - inglês
Elenco:
Arnold Schwarzenegger — Ben Richards
Richard Dawson — Damon Killian
Maria Conchita Alonso — Amber Mendez
Yaphet Kotto — William Laughlin
Gus Rethwisch — Buzzsaw ("Motosserra")
Professor Toru Tanaka — Subzero
Jim Brown — Fireball
Jesse Ventura — Capitão Liberdade, fisiculturista da TV
Erland Van Lidth — Dynamo
Marvin J. McIntyre — Harold Weiss
Mick Fleetwood — Mic
Sven-Ole Thorsen — Sven

Sinopse

No ano de 2017, os Estados Unidos adotou uma política de regime totalitário com toda a atividade cultural sob censura. O governo mantém a população alienada patrocinando a transmissão pela TV de inúmeros programas de jogos, nos quais criminosos sentenciados lutam por suas vidas em shows ao vivo. O mais popular e sádico desses shows é o The Running Man, apresentado por Damon Killian.

Ben Richards (Schwarzenegger) é um militar que se recusa a atirar numa multidão desarmada e se rebela contra suas ordens. Outros militares não hesitaram em cumprir o ordenado e o resultado foi um massacre. Richards se torna o bode expiatório da propaganda oficial e acaba condenado criminalmente como o autor dos disparos. Imagens remontadas e fictícias aparecem na TV, atestando a culpa de Richards. Acusado de traição, ele é enviado para uma prisão de trabalhos forçados, de onde consegue escapar 18 meses depois. Ao tentar deixar o país, acaba recapturado e recebe uma chance de perdão,sendo obrigado a participar de reality, onde terá de enfrentar um grupo de assassinos exóticos. Caso consiga sobreviver, teoricamente seria um homem livre.


Na década de 80, o gênero ação dividia suas atenções com dois nomes,que estavam acima dos demais. O primeiro era o Sylvester Stallone, considerado o nº 1 em referência à esses filmes. Na cola dele, estava outro nome de peso, o austríaco Arnold Schwarzenegger, que não deixava o principal concorrente (e amigo) relaxar, para cada nova produção estrelada por ele, o Arnold contra-atacava. Basta citar que na época desse título aqui, o figura já tinha dois filmes no currículo que se tornariam cults do gênero, O Exterminador do Futuro e O Predador.

O roteiro de O Sobrevivente, foi baseado num romance escrito pelo mestre do terror na literatura, o Stephen King. Na verdade, podemos até afirmar que ele é o antecessor da série Jogos Vorazes, cuja trama de certa forma remete a esse título aqui. Num futuro não muito distante (pela data do filme,será dentro de 2 anos), para camuflar a realidade no país, a população norte-americana vive alienada por um violento reality, onde os participantes, além de serem as vítimas da história, precisam enfrentar um grupo de assassinos em busca de sua sobrevivência. O filme poderia ter até se tornado um clássico da ação oitentista, mas o fato é que ele não chegou muito bem ao novo milênio e visto nos dias atuais está super-datado. O futuro representado nele está mais que vencido. Para se ter ideia, o apresentador do reality presenteia a plateia com games da época dos primeiros consoles, como o Atari, só exemplificando, além de distribuir vídeocassetes. Já imaginou, em pleno séx XXI, onde esses aparelhos são peças de museu e curiosidades da época de nossas infâncias, se eles ainda poderiam ter vez no mundo da internet e tudo mais, onde até qualquer filme ou games que desejemos, basta baixar pela net????

O filme não padece somente nisso. A estrutura  é pessimamente construída, e o roteiro não possui mais que um fiapo de história, mera desculpa para colocar o Schwarzenegger em ação. Analizando friamente, nesse filme, o regime político do país é regrado à mão de ferro. Que diferença faria derrubar a exibição de um programa que aliena a população, politicamente falando? Que mudanças isso teria? O filme começa a 100 por hora e as situações ocorrem rápido demais, mal conhecemos os personagens, que na sua maioria são dispensáveis.

A ex-miss venezuela Maria Conchita Alonso, não tem importância alguma para a trama, serve somente para distrair um pouco a visão diante da macharada do elenco. E nem a própria ação é bem desenvolvida, a perseguição dos "sorrateiros"(os assassinos do reality) ao nosso herói empolga tanto quanto ver o papaléguas driblando as tentativas do coiote. Os assassinos alías, são figuraças, o primeiro é um oriental que utiliza uma enorme raquete de hóquei afiada, o segundo, que dispara raios elétricos parece um pisca-pisca de árvores de natal e o terceiro, armado com um lança-chamas e um penteado exótico, parece saído da animação GI Joe-Comandos em Ação, também bastante conhecida dessa década. Vamos juntar a isso o apresentador do Reality, mistura de Faustão com João Kleber, verdadeiro mala sem alça. Completando a breguice, temos a abertura do show, com várias bailarinas à la abertura do Fantástico e a trilha sonora techno que não funciona muito bem.

A direção do inexpressivo Paul Michael Glaser  também não ajuda em nada ao longa, optando por um visual brega e com muito mais cara da própria década de 1980 do que do distante futuro de 2017. Para completar o caldo,vale conferir o figurino dos participantes, um macacão colorido com cores berrantes. Por aquela época,os realitys não eram tão populares como nos dias atuais. Se pode ser considerado um mérito, fica registrado que ele antecipou de certa forma uma espécie de programa que agora somos obrigados a aturar na tv. Poderia agora ter esse diferencial a seu favor. O filme se saiu bem quando foi lançado, arrecadando quase US$ 40 milhões e recebendo boas críticas. Mas como dito, envelheceu mal pra caramba e nos dias atuais, rende boas risadas.

Na verdade, o que se salva desse filme, é somente ele,o Schwarzenegger. Se teve um cara que nasceu para fazer bem alguma coisa, esse cara foi ele. Não que o seu personagem seja memorável, ele tenha uma atuação do outro mundo... O fato é que o seu carisma se sobrepõe a qualquer coisa. Mesmo ele disparando frases e mais frases de efeitos e protagonizando situações que encaliçamos de ver. O Arnold consegue nos divertir com suas caras e bocas e justamente por isso ele é até hoje um dos grandes ícones do gênero em todos os tempos. Dificilmente surgirá alguém que o supere.



Um comentário :

  1. Te Dizer, Leno, este filme é de amargar.
    Mas, agora vc está nas minhas mãos.
    ahahahah
    Depois que vc me disse que assistiu várias vezes, me aguarde!!!!

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