BREAKING

sábado, 5 de setembro de 2015

Apresentamos... Frankenstein - A Origem - Bônus Livro Original

Aguardando a estréia de mais um longa metragem, que esperamos faça jus ao Personagem, este mês vamos destacar um dos mais excepcionais da galeria do horror em todos os tempos. Trata-se de outro personagem que os séculos trataram de imortalizar como um dos monstros mais sagrados do cinema. Sua data de criação é do ano de 1818. Atravessou o tempo e continua sendo até hoje um dos mais célebres da literatura e do cinema. Criador e criatura se confundem, muitos não sabem definir quem é quem, mas uma coisa é incontestável, ele é um ícone absoluto. Figura ao lado de outras criaturas clássicas, como Drácula, Lobisomem e a Múmia. No mês que antecede o das bruxas, trazemos para nossos seguidores, o incrível Monstro de Frankenstein. 
A Concepção

Frankenstein,(ou seu monstro), surgiram da imaginação privilegiada da escritora Mary Shelley. Nascida em Londres, no ano de 1797, foi autora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens.
A carreira de escritora iniciou cedo. Dizem que a ideia de escrever um conto de horror teria nascido através de uma brincadeira de amigos. Sentados em torno de uma fogueira na Vila de Byron, Mary e seus companheiros  se divertiam lendo histórias alemãs de fantasmas, fazendo com que Byron, o poeta, sugerisse que cada um escrevesse o seu próprio conto sobrenatural. Porém, passados vários dias, Mary Shelley ainda não conseguira criar uma história. Eventualmente ela veio a ter uma visão sobre um estudante dando vida a uma criatura. Essa visão tornou-se a base da história de Frankenstein. Pouco depois, em uma inspiração, Mary  concebeu a ideia de Frankenstein.
Tal inspiração teria saído do seguinte conto escrito por ela: "Eu vi o pálido estudante de artes profanas ajoelhado ao lado da coisa que ele tinha reunido. Eu vi o fantasma hediondo de um homem estendido e, em seguida, através do funcionamento de alguma força, mostrar sinais de vida, e se mexer com um espasmo vital. Terrível, extremamente assustador seria o efeito de qualquer esforço humano na simulação do estupendo mecanismo de Criador do mundo."
Ela começou a escrever o que achou que seria uma história curta. Com o encorajamento de uma amiga, ela expandiu este conto em seu primeiro romance, Frankenstein:, The Modern Prometheus, mais conhecido simplesmente por Frankenstein, Tratava-se de um romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico. Séculos depois foi considerada a primeira obra de ficção científica da história. O romance relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro em seu laboratório.
Mary Shelley escreveu a história quando tinha apenas 19 anos, entre 1816 e 1817, e a obra foi primeiramente publicada em 1818, por uma pequena editora de Londres, a Lackington, Hughes, Harding, Mavor & Jones, após ter sido rejeitada por duas outras editoras. A publicação não continha o nome da autora, somente um prefácio escrito por Percy Bysshe Shelley, seu noivo, e uma dedicatória a William Godwin, seu pai. A primeira edição foi feita em três volumes e teve impressas somente 500 cópias. Atualmente costuma-se considerar a versão revisada da terceira edição do livro, publicada em 1831, como a definitiva.
O romance é narrado através de cartas escritas pelo capitão Robert Walton para sua irmã, enquanto ele está ao comando de uma expedição náutica que busca achar uma passagem para o Pólo Norte. O navio sob o comando do capitão Walton fica preso quando o mar se congela, e a tripulação avista a criatura de Victor Frankenstein viajando em um trenó puxado por cães. A seguir o mar se agita, liberando o navio, e em uma balsa de gelo avistam o moribundo doutor Victor Frankenstein. Ao ser recolhido, Frankenstein passa a narrar sua história ao capitão Walton, que a reproduz nas cartas a irmã. A história do capitão Walton é chamada de narrativa moldura (às vezes também narrativa quadro), onde uma história contém outra. Frankenstein interessa-se pelas ciências naturais, e acaba estudando livros de mestres alquimistas, especialmente Cornélio Agripa, Paracelso e Albertus Magnus até os 17 anos de idade, quando seus pais enviam-no para estudar na Universidade de Ingolstadt, na Alemanha.
Frankenstein narra que  dedicou-se a criar um ser humano gigantesco, sacrificando o contato com a família e a própria saúde, e após dois anos obtém sucesso. Porém, Victor enoja-se com sua criação, e abandona-a, fugindo. É encontrado por seu amigo Clerval, que viera a Ingolstadt para estudar. Exausto, sucumbe à febre, sendo cuidado por seu amigo pelos meses seguintes, até seu restabelecimento.
Victor Frankenstein recebe uma carta de seu pai relatando o assassinato de William, o seu irmão mais novo, e pedindo a sua volta. Ao chegar em Genebra, é informado que Justine, uma criada muito querida da casa dos Frankenstein, é acusada do crime, sendo encontrada com ela a joia que o menino levava antes de desaparecer, e que não estava junto ao cadáver. Mesmo assim Victor está convencido de que Justine é inocente, e o verdadeiro culpado é a sua criatura. Porém as evidências contra ela são fortes e Justine é condenada a morte e executada pelo crime. Frankenstein passa a se sentir culpado por ter criado o monstro, e o segredo e a culpa passaram a lhe torturar.
Lutando contra o desespero, o doutor Frankenstein resolve escalar o Monte Branco. Durante a subida, é encontrado por sua criatura, que é surpreendentemente articulada e eloqüente. O monstro conta sua história, narrando como fugiu do laboratório de Frankenstein para uma floresta próxima, onde aprendeu a comer frutas e vegetais, e a usar o fogo. Porém, ao encontrar seres humanos era sempre escorraçado e agredido, então eventualmente esconde-se no depósito de lenha, anexo à uma cabana. 
Lá, observa através de frestas na parede a vida de uma família pobre de ex-nobres, afeiçoando-se a eles e ajudando-os em segredo. A família consistia de um pai cego e um casal de irmãos. Aprende a língua e a escrita espionando as aulas que davam à noiva árabe do irmão, e encontra livros onde aprende sobre a vida e a virtude. Após longo tempo toma coragem para se apresentar à família, e consegue conversar com o pai cego, mas quando os filhos chegam e o vêem junto ao pai, também escorraçam o monstro, e fogem para sempre da cabana. A criatura torna-se amargurada e resolve procurar seu criador, cujo diário descobrirá no bolso do casaco que levou do laboratório na noite da fuga. Durante a travessia é sempre agredido pelos humanos. A partir dai, sua criatura passa a persegui-lo, insistindo que ele crie uma noiva para ele.
Embora a cultura popular tenha associado o nome Frankenstein à criatura, esta não é nomeada por Mary Shelley. Ela é referida como “criatura”, “monstro”, “demônio”, “desgraçado” por seu criador. Após o lançamento do filme Frankenstein em 1933, o público passou a chamar assim a criatura. Isso foi adotado mais tarde em outros filmes. Alguns argumentam que o monstro é, de certa forma, um “filho” de Victor, e portanto pode ser chamado pelo mesmo sobrenome. Frankenstein é o antigo nome de uma antiga cidade na Silésia, local de origem da família Frankenstein. Mary Shelley teria conhecido um membro desta família, o que possivelmente influenciou a adoção do nome em sua criação.
Apesar das críticas desfavoráveis, a edição teve um sucesso de público quase imediato. Ficou bastante conhecida, principalmente através de adaptações para o teatro, e a obra foi traduzida para o francês. A segunda edição de Frankenstein foi publicada em 11 de agosto de 1823 em dois volumes, desta vez com o crédito como autora para Mary Shelley. Em 31 de outubro de 1831 a editora Henry Colburn & Richard Bentley lançou a primeira edição popular em um volume. Esta edição foi significativamente revisada por Mary Shelley, e continha um novo e longo prefácio escrito por ela, relatando a gênese da história. Esta edição é a mais conhecida e mais usada como base para traduções.
A obra, com o passar do tempo e a divulgação por meio do teatro, tornou-se extremamente popular e referenciada no mundo todo, fazendo da criatura, um dos mais célebres personagens de todos os tempos. O romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo gênero de horror, tendo grande influência na literatura e cultura popular ocidental. O aclamado autor de literatura de terror, Stephen King considerou Frankenstein um dos três grandes clássicos do gênero, sendo os outros dois Drácula e Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde. A obra está em domínio público, e está disponível gratuitamente na Internet em língua inglesa. Tornou-se a obra mais famosa da carreira de Mary. Em fevereiro de 1851, em Chester Square, ela morreu com cinquenta e três anos, com a suspeita de seu médico, de um tumor cerebral.
A evolução do personagem

No romance, Mary não chega a descrever como Victor concebe seu monstro, mas segundo a mitologia criada em torno dos personagens, o monstro teria sido criado a partir de pedaços de cadáveres que Victor retirava de túmulos profanados, por ele ou seus criados. Para dar vida a criatura, ele utilizou uma parafernália, e certa noite de tempestade, o monstro teria sido atingido por um raio, um pico de energia, criando vida.
Na cultura pop, é geralmente apresentado com a cor verde, parafusos nas artérias, e bastante alto, devendo ter provavelmente mais de 2 metros de altura, além de possuir força física acima da capacidade humana.
Mas ao contrário  da forma como se tornou conhecida no cinema e na cultura pop, a criatura de Frankenstein não era verde e sim amarelada, como a própria autora o descreve no capítulo 5 da obra: " Sua pele amarela mal cobria o relevo dos músculos e das artérias que jaziam por baixo..."
A mitologia em torno da história, criou uma sequência famosa, em que os aldeões que habitavam próximos ao castelo de Victor, assustados com as atividades e as histórias que dão contas do que está acontecendo no interior do castelo, decidem pôr um fim naquilo tudo, e na noite da criação do monstro,momentos após ele ter ganho vida, uma turba munida com tochas,foices,ancinhos e outras coisas,atacam o castelo, incendiando-o. Mas o monstro consegue fugir, dando início a sua lenda. Tal cena já foi reciclada à exaustão em filmes de outros colegas do horror, como Lobisomem e o próprio Drácula.




Um comentário :

  1. Leno,
    Conhecer mais à fundo esta personagem foi muito bommmm
    Parabéns pela escolha.

    ResponderExcluir

 
Copyright © 2013 Infinitamente Nosso
Design by FBTemplates | BTT