Onde
corre a imagem,
Retida,
memorizada, guardada,
Eternizando
o momento gravado nos sentidos,
Assim
olho recordando o sentir,
O
abraço, aquele abraço,
Que
te envolveu o corpo despido,
Seguro,
firme, percorrendo o teu corpo,
Num
sopro de puro prazer,
O
aconchego, o toque, na envolvência da seda,
O
beijo, aquele beijo na nuca,
Sustendo
a respiração,
A
corrente gelada que teu corpo percorreu,
Fazendo
ferver teu sangue, no desejo por mais,
Sons,
a memoria do gemido, da respiração,
A
visão, beijando teu ventre,
O
sabor, doce, quente, revigorante,
O
movimento, a sincronização da batida,
Do
pulsar, cúmplices, se deixam partir,
O
delírio sincronizado, explosivo, gemido, gritado!
A
memoria, todo sentir, aqui gravado,
Na
corrente da porta, na luz que me aquece,
Numa
pena caída, de seda sentida,
E
a lente, que me devolve teu nome, no meu olhar!
Alberto Cuddel
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