Despertamos madrugadas e partimos…
Em volta do quarto, o mundo, voamos
Na imaginação que as asas nos dão
Subimos ao topo do desejo, ar rarefeito
A alma convive com paisagens áridas,
Solidão da multidão ao alcance do querer!
Estação imaginária, sem linha, sem nada
A vida que parte a cada silvo, - Partida!
Invento quimeras juvenis e algodão doce
Balanceando no amargo das noites
- Nunca poderás imaginar, o Amor
Esse que invento e reinvento a cada noite
Passeado de mão dada por capitais românticas
E pontes cobertas de cadeados…
- Nunca guardei as chaves…
Nunca as tive, nunca as perdi…
Nunca sai, sem que mantivesse a porta aberta
Nunca a janela foi olhada do lado de fora…
E tanto tenho eu viajado… sentado…
Alberto Cuddel
06/06/2017
17:10
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