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sábado, 24 de junho de 2017

Resenha Cinéfila - Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas

Quatro anos depois da fraca terceira produção, os piratas mais icônicos dos últimos tempos retornaram, fazendo a festa para os seus fãs.

Venha conferir...
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas
Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides
Direção - Rob Marshall
Produção - Jerry Bruckheimer
Produção executiva - Mike Stenson, Chad Oman, John De Luca, Barry Waldman, Ted Elliott, Terry Rossio
Roteiro - Ted Elliott, Terry Rossio
Baseado em On Stranger Tides, de Tim Powers, Pirates of the Caribbean, de Walt Disney
Gênero - Aventura
Música - Hans Zimmer
Direção de arte - John Myhre
Direção de fotografia - Dariusz Wolski
Figurino - Penny Rose
Edição - David Brenner, Wyatt Smith
Companhias produtoras - Walt Disney Pictures, Jerry Bruckheimer Films
Distribuição - Walt Disney Studios Motion Pictures
Lançamentos:
Portugal 19 de maio de 2011
Estados Unidos 20 de maio de 2011
Brasil 20 de maio de 2011
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 250 milhões
Receita - US$ 1.045.713.802

Johnny Depp como Capitão Jack Sparrow
Penélope Cruz como Angelica, a filha de Barba Negra
Ian McShane como Edward Teach / Barba Negra, o pirata capitão do Queen Anne's Revenge
Geoffrey Rush como Capitão Hector Barbossa, antigo capitão pirata
Kevin McNally como Joshamee Gibbs, o Primeiro Oficial de Sparrow.
Richard Griffiths como Rei Jorge II da Grã-Bretanha
Judi Dench como uma dama da sociedade.
Stephen Graham como Scrum, um pirata
Sam Claflin como Phillip Swift, um missionário.
Àstrid Bergès-Frisbey como Syrena, uma sereia.
Greg Ellis como Tenente Comandante Theodore Groves
Damian O'Hare como Tenente Gilette.
Keith Richards como Capitão Teague Sparrow, pai de Jack.
Sebastian Armesto como Rei Fernando VI da Espanha
Roger Allan como Henry Pelham.
Anton Lesser como Lorde John Carteret.

O capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) vai até Londres para resgatar Gibbs (Kevin McNally), integrante de sua tripulação no Pérola Negra. Lá ele descobre que alguém está usando seu nome para conseguir marujos em uma viagem rumo à Fonte da Juventude. Sparrow investiga e logo percebe que Angelica (Penélope Cruz), um antigo caso que balançou seu coração, é a responsável pela farsa. Ela é filha do lendário pirata Barba Negra (Ian McShane), que está com os dias contados. Desta forma, Angelica quer encontrar a Fonte da Juventude para que seu pai tenha mais alguns anos de vida. No encalço deles está o capitão Barbossa (Geoffrey Rush), que agora trabalha para o império britânico.

Bruckheimer novamente à frente da produção, deixou dessa vez o Gore Verbinski de lado e colocou o Rob Marshal para sentar na cadeira de diretor. O roteiro foi novamente de responsabilidade de Ted Elliot e Terry Rossio, que também se juntaram à produção executiva. O roteiro dessa vez foi inspirado no livro On Stranger Tides, de Tim Powers - que já havia inspirado o jogo The Secret of Monkey Island, da Lucas Arts. A trama da obra diz respeito à busca pela fonte da juventude, que é o elemento que irá impulsionar a busca dos personagens dessa obra.

Mais uma vez o orçamento chamou a atenção:se o antecessor gastou 300 milhões,o 4º filme queimou nada menos que 378.5 milhões,um absurdo.Só o cachê do Depp foi 130 milhões.Para baratear os custos,as filmagens dessa vez se afastaram um pouco do mar e foram para terra firme,assim como houve uma redução no uso dos efeitos especiais.

Entre o elenco, além do retorno de Depp e Rush, além de outros nomes já conhecidos dos fãs, tivemos duas baixas consideráveis, Orlando Bloom e Keira Knightley, cujos personagens não retornaram. O lugar da Keira foi ocupado por outra personagem, vivida pela conhecida Penélope Cruz. O filme ganha um novo antagonista, o famoso pirata Barba Negra, vivido pelo ator Ian McShane. Mal desenvolvido, ele não consegue ser tão interessante quanto os que já conhecemos, chegando a vestir a carapuça do personagem clichezão e pouco atraente. Para evitar os erros cometidos na última produção, o roteiro recebe um certo polimento e a trama é bem explicada ao espectador. Se o Jack foi quase um coadjuvante no Fim do Mundo, dessa vez ele assume o protagonismo.

Johnny Depp não perde o fio da meada e seu personagem ressurge com todos os conhecidos maneirismos. Porém, longe do ineditismo de suas primeiras aparições,o personagem começa a se tornar repetitivo, mas isso não tira a sua mítica e é ele quem continua segurando as pontas. E se o filme não apresenta nada de novo,ao menos aprenderam com os erros da infame terceira produção, e não querendo correr riscos, os responsáveis se prendem ao que dera certo com os dois primeiros filmes. Mesmo assim, não estamos livres de cenas maçantes, em especial o papo furado entre Sparrow e sua ex-namorada. Ao menos o filme é mais curto,finalmente aprenderam a não espichar a duração. O roteiro também não traz uma inovação, se prende a uma história básica, e sem as reviravoltas constantes e traições que marcaram o episodio anterior.

E a troca de diretores? Esperavam que o Marshal realizasse um trabalho superior ao do Gore e concedesse uma nova vitalidade à franquia. Pode-se dizer que houve até mesmo uma perda de qualidade, as cenas de batalha não foram bem orquestradas e o processo de fotografia também teve uma qualidade questionável, com um tom tão escuro que chega a incomodar. Talvez por não ter muita experiência com esse gênero,o seu trabalho ficou afetado.

Como ocorrera antes, a crítica dividiu as opiniões. Mas para os fãs, não importava muita coisa.Sparrow e seus companheiros tinham um público fiel e inabalável a pontos negativos. Mais uma vez o filme ultrapassou a bilheteria de 1 bilhão e 45 milhões, ficando atrás do Baú da Morte. Talvez até se imaginasse que a série poderia atracar seu navio com esse título, mas com essas arrecadações,só se os produtores estivessem loucos. O filme fechou com uma cena pós-crédito que já antecipava que o Jack não penduraria a espada.



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