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sábado, 22 de abril de 2017

Resenha Cinéfila Velozes e Furiosos 7 - Furious 7

Como de costume, o novo filme parece querer superar o antecessor em tudo, e o mais impressionante é que ele consegue sim. É superior qualquer aspecto. Tanto que rendeu uma grande bilheteria.

E aqui vamos nós conferir mais um filme desta série....
Velozes e Furiosos 7 - Furious 7
Pais Estados Unidos
Classificação - Inadequado para menores de 14 anos
Ano - 2015
Duração - 139 min 
Direção - James Wan
Produção - Neal H. Moritz, Vin Diesel, Michael Fottrell
Produção executiva - -Amanda Lewis, Samantha Vincent, Chris Morgan
Roteiro - Chris Morgan
Baseado em Personagens de Gary Scott Thompson
Gênero - Ação
Música - Brian Tyler
Direção de arte - Bill Brzeski
Figurino - Sanja Milkovic Hays
Cinematografia - Stephen F. Windon, Marc Spicer
Edição - Christian Wagner, Dylan Highsmith, Kirk Morri, Leigh Folsim Boyd
Companhias produtoras - Original Film, One Race Films, Media Rights Capital, China Film, Relativity Media
Distribuição - Universal Pictures
Lançamentos:
Brasil 2 de Abril de 2015
Portugal 2 de Abril de 2015
Estados Unidos 3 de Abril de 2015
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 190 milhões
Receita - US$ 1.516.045.911

Dominic Toretto - Vin Diesel
Brian O'Conner - Paul Walker
Luke Hobbs - Dwayne Johnson
Letty - Michelle Rodriguez
Deckard Shaw  - Jason Statham
Roman - Tyrese Gibson
Ramsey - Nathalie Emmanuel
Tej - Ludacris
Sean Boswell - Lucas Black
Elena - Elsa Pataky
Mia Toretto - Jordana Brewster
Sheppard - John Brotherton
Jakande - Djimon Hounsou
Han - Sung Kang
Twinkie - Shad Moss
Sr. Ninguém / Petty - Kurt Russell
Kara - Ronda Rousey
Santos - Don Omar
Jack O'Conner - Miller Kimsey

Após os acontecimentos em Londres, Dom (Vin Diesel), Brian (Paul Walker), Letty (Michelle Rodriguez) e o resto da equipe tiveram a chance de voltar para os Estados Unidos e recomeçarem suas vidas. Mas a tranquilidade do grupo é destruída quando Ian Shaw (Jason Statham), um assassino profissional, quer vingança por seu irmão,o vilão do filme anterior. Agora, a equipe tem que se reunir para impedir este novo vilão. Mas dessa vez, não é só sobre ser veloz. A luta é pela sobrevivência.

A saída de Justin Lin da direção foi compensada com a  escolha de um novo diretor asiático.E não foi qualquer um. Quem assumiu a missão de comandar a nova aventura de Toretto, O'Conner e cia,foi ninguém menos que o James Wan. O nome certamente não é estranho, ele lançou três famosas franquias de terror: Jogos Mortais, Sobrenatural e Invocação do Mal. Mas como se sairia num filme que fazia parte de uma franquia milionária?

Como de costume,novos nomes foram integrar o elenco já conhecido. Mas um em particular causou alvoroço entre os fãs. Dessa vez o antagonista seria vivido por ninguém menos que outro famoso e conhecidíssimo nome do cinema de ação atual, o britânico Jason Stathan, formando ao lado do Diesel e Johnson, a trindade dos capilarmente prejudicados atores hollywoodianos.

 Outros nomes conhecidos reforçaram a trupe, o veterano Kurt Russel, o Djimon Hounson e um conhecido artista marcial, o Tony Jaa,tailandês que brilhou em filmes como Ong Bak-Guerreiro Sagrado e O Protetor, aqui fazendo sua estréia em Hollywood. Como curiosidade, a conhecida lutadora de MMA, Ronda Rousey faz também uma participação. E temos uma ponta do Lucas Black, protagonista do Velozes 3.

O novo vilão, Deckard Shaw, vivido pelo carismático Stathan é ainda mais letal que o seu irmão, Owen Shawn. Ex-agente britânico, tal qual o irmão, ele é um fantasma extremamente perigoso, como os demais personagens irão descobrir. O sujeito não tem escrúpulos em enviar uma bomba capaz de matar toda a família de Dom, invadir e destruir um hospital na visita ao irmão que está em coma, e até mesmo ser ousado e adentrar os escritórios do DSS em busca de informações e de cortesia, ainda mandar o brutamontes Hobbs para o hospital.

Com tudo isso, não resta alternativa a Dominic, a não ser passar de caça a caçador. O problema é, como encontrar um fantasma? A resposta surge com o misterioso Sr. Nobody, (Kurt Russel) líder de alguma agência governamental secreta, que faz um acordo com Dom e sua equipe, eles tem de resgatar uma hacker chamada Ramsey, que desenvolveu  o Olho de Deus, um programa de computador que utiliza dispositivos digitais para rastrear uma pessoa. Uma vez de posse do programa, localizar o vilão seria simples.

Nada do que foi visto até então,em termos de ação,pode ser comparado ao que o 7º episódio iria proporcionar. A ação é potencializada ao seu expoente máximo, parece não haver limites para os seus realizadores superarem o que já tinha sido feito antes. Fica difícil referenciar uma única cena entre as tantas. Podemos destacar por exemplo a absurda sequência em que nossos heróis pulam de um avião de carga com seus carros,a centenas de metros de altura. E sabe o mais absurdo ainda? A cena é real, não é derivada de efeitos de computador ou coisa parecida. O que a torna realista por mais impossível que seja conceber tal possibilidade. Ou a ofegante cena em que Dom e O'Conner atravessam três prédios em Abu Dhabi.

O malaio James Wan, o quarto diretor a assumir a série, sai aqui de sua zona de conforto para mostrar que o terror  não é o único gênero que domina. O cineasta cria recursos visuais para registrar os balés dos carros e das lutas, abusando de ângulos e movimentos, sempre acompanhando a ação de muito perto e valorizando o 3D com sequências de puro entretenimento.

Cada sequência de Velozes e Furiosos 7 é pensada para explorar uma estética distinta. Há cenas no deserto, fechadas em interiores, em florestas, no topo de precipícios, no ar, essencialmente urbanas... cada uma com uma qualidade distinta. Em todas, o hiperbólico é a regra. Carros desafiam as leis da física, assim como os humanos as da biologia. Vin Diesel e seus companheiros saem ilesos de provações que transformariam em pasta qualquer pessoa. Nem uma gotinha de sangue escorre pelo nariz dos truculentos.

O elenco está em boa sintonia, embora ninguém ligue muito para a jornada de redescoberta da personagem de Michelle Rodriguez. Jordana Brewster é deixada praticamente de lado, enquanto que Tyrese Gibson e Ludacris surgem como alívio cômico. Dentre as novidades, Nathalie Emmanuel, a Ramsey, não compromete e se torna a mais nova integrante do grupo e Kurt Russell oferece uma performance bem cool como o agente especial Sr. Ninguém. Bem humorado e à vontade,o veterano ator consegue ser divertido.Tony Jaa como esperado, impressiona com suas acrobacias e seu talento marcial.

Mas é nos quebra paus mesmo que a diversão é garantida. Stathan se bate com o Johnson, em seguida com o Diesel, enquanto o Paul manda ver no braço com o Jaa e na contramão, a Michele se dá mal ao enfrentar a temível Ronda Rousey, (que por esse tempo ainda não havia perdido o cinturão de campeã de MMA).

Infelizmente nem só pela ação desenfreada, o carisma dos personagens e a diversão que o Velozes 7 ficaria marcado. Seria pela trágica perda justamente de um de seus protagonistas, o Paul Walker.Em novembro de 2013, o galã saia de um evento em companhia de um amigo, pegando carona no banco do passageiro em um Porsche. O ator, cujo personagem encarava cenas a mais de 200 km por hora, acabou morrendo totalmente carbonizado,quando o amigo perdeu o controle do veículo e ele bateu num poste e numa árvore,vindo a explodir de imediato. O acidente ocorreu no intervalo das filmagens do Velozes 7, e o Paul havia somente filmado metade de suas cenas. Sua triste partida deixou todo o elenco e equipe técnica consternados. E como resolver o problema da ausência de seu personagem? Felizmente nos dias atuais, os técnicos hollywoodianos possuem recursos para driblar até mesmo a morte. Contando com a ajuda de dublês e dos próprios irmãos de Paul, Caleb e Cody, além de quatro atores com corpos semelhantes ao físico de Walker, e com efeitos derivados de CGI e técnica de captura de movimentos, voz ajustada também em computador, e sobreposição de imagens, o que se vê em cena é o próprio ator, do inicio ao fim do filme. Velozes 7 torna-se uma homenagem mais que merecida ao jovem astro, que se foi de forma inesperada. Ao final, uma comovente sequência de despedida marcou o fim de sua passagem pela série.

O filme ao ser lançado, finalmente conseguiu algo que os antecessores não conseguiram, alcançar a unanimidade. Os críticos parecem ter entendido que o filme deve ser encarado como uma diversão descompromissada, e nesse quesito, essa sequência se saiu muito bem. Eles deram uma trégua e aceitaram que o melhor seria desligar o cérebro e desfrutar dos absurdos, afinal, cinema é diversão. O filme também alcançou um feito inédito, ultrapassou finalmente a barreira do bilhão. Esse título aqui fez nada menos que mais de 1 bilhão e 516 milhões de dólares, entrando para o seleto grupo de produções a ultrapassar essa marca. Em parte, a morte de Walker também contribuiu, pois todos queriam ver sua última performance na série que o imortalizou. 

Talvez entre os críticos e fãs ajam um consenso:esse é até o momento, o melhor filme da franquia, que não vai acabar por aqui.



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