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domingo, 16 de abril de 2017

Resenha Cinéfila Velozes e Furiosos 6 - Fast & Furious 6

Em time que está ganhando não se mexe. Após fazerem a maior bilheteria da serie com o filme anterior, os produtores decidiram manter parte do elenco que  fez o Velozes 5 o sucesso que foi. Houve uma enxugada no elenco e alguns personagens sem muita importância ao grupo de Dominic foram dispensados. Em compensação houve o reforço do ator britânico Luke Evans, como o mais novo antagonista da turma.


Velozes e Furiosos 6 - Fast & Furious 6 
Pais -  Estados Unidos
Classificação - Inadequado para menores de 14 anos
Ano - 2013
Duração - 130 min 
Direção - Justin Lin
Produção - Neal H. Moritz, Vin Diesel, Clayton Townsend
Produção executiva - Justin Lin, Amanda Lewis, Samantha Vincent, Chris Morgan
Roteiro - Chris Morgan
Baseado em - Personagens de Gary Scott Thompson
Gênero - Ação
Música - Lucas Vidal
Direção de arte - Jon Roelfs
Figurino - Sanja Milkovic Hays
Cinematografia - Stephen F. Windon
Edição - Christian Wagner, Kelly Matsumoto, Dylan Highsmith
Companhias produtoras - Relativity Media, Original Film, One Race Films
Distribuição - Universal Pictures
Lançamentos:
Portugal 23 de Maio de 2013
Estados Unidos 24 de Maio de 2013
Brasil 24 de Maio de 2013
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 160 milhões
Receita - US$ 788.679.850

Vin Diesel - Dominic Toretto
Paul Walker - Brian O'Conner
Dwayne Johnson - Luke Hobbs
Michelle Rodriguez - Letty
Luke Evans - Shaw
Tyrese Gibson - Roman
Ludacris - Tej
Gina Carano - Riley
Sung Kang - Han
Gal Gadot - Gisele
Jordana Brewster - Mia Toretto
Elsa Pataky - Elena
Kim Kold - Klaus
Joe Taslim - Tah
Matthew Stirling - Oakes
David Ajala - Ivory
Thure Lindhardt - Firuz
Shea Wigham - Agente Ben Stasiak
John Ortiz - Braga / Campos
Andy Pointon - Terry
Victor Gardener - Roelfs, Comandante da NATO
Jason Statham - Ian Shaw
Jason Thorpe - Organizador do Leilão
Huggy Leaver - Dono da Loja de Penhor
Alexander Vegh - Analista Forense
Magda Rodriguez - Secretária
Rita Ora - Garota da Corrida

Desde que Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) envolveram-se com um chefão do crime no Rio de Janeiro e agora andam fugitivos e separados pelo mundo. Enquanto isso, o agente Hobbs (Dwayne Johnson) persegue uma organização de mercenários pilotos por 12 países, cujo mentor (Luke Evans) é ajudado por uma impiedosa aliada. Para prendê-los, Hobbs, então, decide fazer um acordo com Dom (Vin Diesel) e sua equipe para que vença esse bando nas ruas de Londres e, em troca, eles poderão retornar ilesos para casa.

O  filme começa de onde o anterior parou e dessa vez existe uma reviravolta na história. O durão Hobbs se vê obrigado a formar uma nova parceria com Toretto e sua turma. O grandalhão tem os argumentos convincentes, pois quem retorna do além túmulo é uma conhecida personagem da franquia, cujas cenas pós-crédito do filme antecessor já haviam antecipado, a durona Letty, que supostamente teria morrido no Velozes 4. Mas em Hollywood, especialmente nas franquias de ação, a morte pode ser remediada. Que o diga a sua interprete, Michele Rodriguez, que integra outra conhecida franquia, a Resident Evil, na qual a sua personagem também morreu e posteriormente retornou à série. Benditos roteiristas....

Hobbs promete o perdão para Toretto e sua trupe caso eles o ajudem a deter o novo vilão da história, Owen Shawn, vivido pelo Evans. A série finalmente ganha um vilão à altura dos nossos heróis. Shawn é um ex-integrante de Forças Especiais, que agora se tornou um mercenário e age interessado em se apoderar de um artefato que pode render milhões no mercado negro e em mãos erradas se tornaria uma ameaça mundial. Acontece que o figura não age sozinho, ele comanda uma equipe tática extremamente mortífera e com habilidades suficientes para se bater de frente com Dom, Brian e sua equipe. Disposto a encontrar sua amada e entender o que aconteceu com ela, e também visando o interesse dos amigos em poder retornar livres aos States, Dominic aceita o acordo de Hobbs e uma aliança improvável é firmada.

Vale destacar a equipe rival, cada um dos seus integrantes é extremamente competente no que faz, e numa piada do carismático Roman, ele mata a xarada, eles são as versões malvadas dos "mocinhos". Luke Evans encara seu personagem com seriedade, se torna um vilão realmente ameaçador. E ao contrário dos anteriores, é bastante cerebral, além de contar com um enorme poder de fogo. Outro destaque são os veículos usados pelos vilões. Não é à toa que os heróis são ineficazes no primeiro embate com o grupo de Shawn.


A nova aventura tem seus erros e acertos como os demais filmes, mas dessa vez o roteiro é bem costurado e faz uma ponte com os antecessores,o que torna para quem não conhece a franquia, uma obrigação conferi-los para entender certas referências. E a ação não se limita a um único país, ela se estende por Londres, Espanha, Rússia, etc. No início do filme é possível entender todos os acontecimentos que levaram a equipe até aquele momento. São cenas de todos os outros títulos (com exceção do terceiro) que mostra desde o começo de tudo, a formação das alianças que acabaram gerando essa família meio disfuncional. Mas, ficou faltando uma peça, que é a presença da Letty membro original da equipe, primeiro amor de Toretto e a chave de todo esse enredo.

A escolha do elenco de “irmãos gêmeos malvados” foi muito bem feita. Havia um para cada um deles o que acabou aumentando, de forma considerável, a qualidade das cenas de luta onde era possível enxergar os atores de fato brigando, sem cortes abruptos que deixam o espectador confuso se ainda são os atores ou os dublês. Os cortes, quando aconteciam, eram mais precisos e serviam para mostrar a luta em enquadramentos diferentes. O grande destaque dos embates,sem dúvida alguma é entre a Letty e a conhecida lutadora marcial Gina Carano, aqui interpretando uma integrante da equipe de Hobbs. As duas saem no braço numa sequência seca, capaz de fazer inveja a muitos marmanjos.

Outro destaque são as cenas de ação, numa escala ainda maior que a vista no filme anterior. São várias, mas sem dúvida os grandes momentos são a impressionante sequência em que o grupo tenta deter um tanque, (atenção para uma cena estupidamente absurda envolvendo Toretto e Letty) e a sequência final que é pura adrenalina,onde o grupo todo tenta deter um imenso avião de carga, numa das cenas mais impressionantes de todo o cinema de ação moderno. Como sempre, ignore as leis da física, faça de contas que os personagens são na verdade protótipos do T-1000 (o inesquecível vilão do Exterminador do Futuro 2), já que eles enfrentam de tudo e surgem sem um único arranhão.


O diretor Justin Lin, não está preocupado em elaborar uma grande história para seu filme. Entende bem seu público e o que ele busca. Ele precisa apenas de uma desculpa para criar uma continuação, um vilão que tenha gosto por carros, locações com estradas atraentes e grana para trabalhar os efeitos especiais. O roteiro na verdade é mera desculpa pra se criar essas cenas. De tudo existe um pouco:tiradas cômicas que hora funcionam, hora são dispensáveis, um melodrama chato tanto quanto o espaço para o romance piegas entre Dom e Lety, Não podemos ignorar um fato que não tem absolutamente importância alguma para história: Brian volta aos EUA, onde é procurado, infiltra-se numa prisão onde muitos querem matá-lo e volta a Londres com uma "preciosa" informação que não serve para nada. Risco corrido à toa.

Na verdade, se o filme fosse levado a sério, o maior absurdo mesmo seria recrutar um grupo formado por malucos que se arriscam em alta velocidade, sem treinamento algum e que ainda por cima são criminosos foragidos, para prender um sujeito de altíssima periculosidade procurado internacionalmente. Sendo que o único talento que eles tem para se bater com essa turma, são os conhecimentos em carros turbinados. E contam com muita sorte. Individualmente falando, Toretto é um durão de cara fechada, que não leva desaforo para casa e resolve tudo na porrada, e só, Brian um ex-policial, único do grupo com algum treinamento, Roman, um piadista sem talento algum para a ação, Jet, um excelente hacker, Han, totalmente inútil e Gisele uma armeira pouco aproveitada. Que chances esse pessoal teria contra o grupo arqui rival?
Mas quer saber? Como sempre nada disso importou. A crítica dessa vez foi generosa com o filme, salvo umas negativas aqui e acolá. Até mesmo eles se divertiram e ficaram impressionados com a ação sem limites. Vale ressaltar que esse até então, foi o mais longo da série, com duas horas de duração. E também finalmente colocou uma ordem na cronologia, pois em seus créditos finais, o filme faz a ponte com uma cena dos Velozes 3, ao mostrar que o Han não morreu num infeliz acidente, na verdade, ele foi assassinado. O que sugere que o Velozes 3 se passa após os eventos desse aqui. Ah, e essa cena pós-créditos certamente deixou os fãs pulando nas cadeiras, pois já anunciava quem seria o antagonista da 7ª aventura, um sujeito acostumado a lidar com cargas explosivas.

Velozes 6 provou aos produtores que o caminho a ser seguido era aquele mesmo e ponto final. O filme foi ainda mais lucrativo que o antecessor, fazendo mais de 788 milhões nas bilheterias. Foi também a despedida do Justin da cadeira de diretor. Há quem diga que ele saiu da série por conta do Vin Diesel, cujos boatos costumam falar que ele gosta de tumultuar os bastidores da franquia, principalmente por ser um dos produtores. O filme também rendeu algumas versões para games.



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