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domingo, 9 de abril de 2017

Resenha Cinéfila Velozes e Furiosos 04

Os oito anos que separam a trama do primeiro filme para este mudaram pouca coisa nos afazeres dos personagens. Dom (Vin Diesel) continua se envolvendo em planos arriscados ao lado de Letty (Michelle Rodriguez). O'Conner (Paul Walker) está seguindo carreira no FBI. E Mia (Jordana Brewster) está linda como sempre.

A reunião do grupo acontece depois de um funeral que força o foragido Dom a voltar a Los Angeles e investigar o que aconteceu. A morte também está ligada a um traficante que transporta drogas pela fronteira do México para os Estados Unidos e por isso envolve O'Conner, que mais uma vez ganha a oportunidade de se infiltrar entre os rachadores para chegar mais perto dos bandidos.

Velozes e Furiosos 4 - Fast & Furious 4 
Pais - Estados Unidos
Classificação - Inadequado para menores de 14 anos
Duração - 2009
Duração - 107 min 
Direção - Justin Lin
Produção - Neal H. Moritz, Vin Diesel, Michael Fottrell
Produção executiva - Amanda Lewis, Samantha Vincent
Roteiro - Chris Morgan
Baseado em Personagens de Gary Scott Thompson
Gênero - Ação
Música - Brian Tyler
Direção de arte - Ida Random
Figurino - Sanja Milkovic Hays
Cinematografia - Amir Mokri
Edição - Christian Wagner, Fred Raskin
Companhias produtoras - Original Film, Relativity Media, One Race Films
Distribuição - Universal Pictures
Lançamentos:
Estados Unidos 3 de Abril de 2009
Brasil 3 de Abril de 2009
Portugal 16 de Abril de 2009
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 85 milhões
Receita - US$ 363.164.265,00

Dominic "Dom" Toretto - Vin Diesel
Brian O'Conner - Paul Walker
Letty - Michelle Rodriguez
Mia Toretto - Jordana Brewster
Campos - John Ortiz
Fenix Rise - Laz Alonso
Penning - Jack Conley
Agente Ben Stasiak - Shea Wigham
Agente Sophie Thrin - Liza Lapira
Han Lue - Sung Kang
Dwight - Greg Cipes
Tash - ilmer Calderon
Tego - Tego Calderon
Gisele - Gal Gadot
Don Omar - Don Omar
David Park - Ron Yuan
Virgil - Joe Hursley

Depois de ser visto rumo ao México no filme que deu origem a série, Dominic "Dom" Toretto (Vin Diesel) reaparece na República Dominicana praticando seus golpes ao lado de sua namorada Letty (Michelle Rodriguez) e sua gangue. Com o FBI na sua cola, Dom decide fugir para não comprometer seus comparsas. Contudo, um assassinato cometido por um traficante de drogas acende nele uma sede de vingança que o faz cruzar novamente com o agente Brian O'Conner (Paul Walker) numa perigosa missão.

A recepção dividida e o descaso dos fãs  com o título anterior, culminando numa bilheteria inferior ao que os dois primeiros tinham arrecadado, levou os produtores a ligar o sinal vermelho. Eles descobriram que a série só emplacava com a dupla Walker/Diesel à frente dos créditos, não adiantaria querer inventar novidades. Por aqueles tempos, a carreira do Diesel não andava bem.Vinha acumulando fracassos comerciais um atrás do outro. Os produtores voltaram a lhe procurar e ele se interessou em retornar à série que o projetara como astro da ação. Não somente isso, a partir dessa 4ª produção, Diesel também seria um dos produtores.

Juntamente com ele, parte do elenco original regressava: Paul Walker, Jordana Brewster e Michele Rodriguez, (que para variar, acabaria morrendo). Curioso como sempre a atriz acabava se dando mal com suas personagens, ela morreu no primeiro Resident Evil e em sua participação no seriado Lost.

Há quem diga que a tão esperada evolução na série começou a partir desse título aqui, embora o roteiro ainda se prenda na história dos "caras infiltrados em alguma organização criminosa". No caso do Dominic, o motivo é vingança pela morte de Lety, enquanto Brian quer prender o chefão do tráfico, o misterioso Braga. Os rachas de rua ficam um tanto em segundo plano a partir desse título.

Entre os novos personagens, como dito anteriormente,temos a presença do Han,que havia morrido no filme anterior (?????), fato já explicado. Quem chama a atenção é a gatinha Gal Gadot, interpretando a informante Gisele, que também é especialista em armas.

Justin Lin retorna à direção e dessa vez deixa os efeitos digitais um pouco de lado e trabalha com os práticos, com os carros andando de verdade. Houve mais empenho da equipe de fotografia, principalmente na cena de corrida dentro do túnel que foi melhor finalizada, não deixando espaços para que o espectador descobrisse lacunas que denunciasse a computação gráfica como das outras vezes.

Velozes e Furiosos 4 é sobre o estreitamento dos laços entre Brian e Dom que ficou aberto lá no primeiro filme e não teve continuação desde então. Apesar de gostar muito da sua profissão, aparentemente, Brian não concorda com a burocracia e muito menos com a rigidez das leis, por mais que ele seja um agente e tenha assinado um termo de compromisso em defender o país. Quando são seus amigos que estão envolvidos, deixa de lado o emprego e vai em defesa deles, pois, por mais que sejam criminosos, foi ali que encontrou uma família, um lugar ao qual possa pertencer de verdade. E é por eles que acaba jogando tudo para o alto, como vemos no final e decide abraçar de vez a vida de fugitivo.

Por já conhecermos os personagens, não é necessária uma nova apresentação, o filme já começa tão veloz quanto o título sugere. E por ser veloz até demais, fica faltando um melhor desenvolvimento do roteiro. Não ficamos entendendo como se desenrola o esquema do antagonista da vez, o Braga e muita coisa gera questionamentos. Na verdade, o que foi apresentado de suposta trama é mera desculpa para a ação desenfreada. Ninguém parece se importar com algo mais realístico.

Em dado momento, o filme até passa a impressão de ser mais do mesmo em menor escala. Como sempre,a crítica dividiu-se na avaliação. Não tem muito o que julgar num roteiro mal desenvolvido e repleto de testosterona e falho em alguns pontos. A atuação limitada do elenco não ajuda muito também. O filme cede espaço para o drama, o romance não resolvido e a relação conflituosa entre Dom e O'Conner, que aos poucos vai cedendo lugar à cumplicidade e por fim retoma a ação desenfreada.


 Entretanto, os fãs sabem que essa franquia não tem maiores pretensões a não ser divertir. A trama e os personagens não surgem para nos levar a maiores reflexões sobre a vida ou coisa parecida, nem a intenção é se tornar uma obra-prima. O retorno do elenco e a veneração e fidelidade dos adoradores deu aos produtores a resposta esperada. O filme teve uma bilheteria de mais de 363 milhões, mostrando que crítica não faz diferença. O final como sempre, ainda deixou a ponta solta para uma alardeada sequência, que, sim, marcaria a real evolução da série.




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