Sopro
Quantas
vezes soprei em ti, felicidade
[e
esperei pacientemente]
Arrogância
feminina, como fiel amestrado
Entre
lágrimas sofri calado
[ainda há
homens que sentem]
Solidão
castradora do faroleiro
Levando a
luz ao mundo
Indicando
o rumo, caminho
E ele?
Apenas, quedo, esperando…
Enjeitei-me
nos sonhos que gritam
E nos
outros que se inquietam
Na
sedução matreira de quem
De longe
pressente a carência
De uma
dura castração física do ser…
[malvados
bichos esses de serem mães]
Rubros
lábios sedutores
Apelos ao
pecado da carne
Deita-te,
sacia-te – só te ama quem te sacia a “fome”
Andarilho
do tempo, tentações ardilosas
Ao longe
chamam ninfas…
Sopro que
retorna
Que me
desperta
Que me
desvenda
A total
verdade
Do ser em
mim
Felicidade…
Como
fazer amor?
Sempre
apenas espero
O sopro
que me acorde…
Alberto Cuddel
Postar um comentário