Ageplay é uma prática BDSM em que a submissa assume uma idade menor que a sua verdade, normalmente se transformando em uma menininha, assumindo o dominador uma função paterna, de cuidador e protetor. Durante muito tempo essa prática foi objeto de muito preconceito no meio BDSM por ser vista como uma espécie de pedofilia. Mas esse preconceito vem sendo abandonado aos poucos e surgem mais e mais adeptos. Afinal, o ageplay não tem absolutamente nada a ver com pedofilia: é uma prática realizada entre pessoas adultas na qual a submissa apenas finge ser uma menina. Um dominador adepto do ageplay não se excita ao ver uma menina de verdade, mas se excita ao ver uma mulher adulta representando uma menina. É justamente esse jogo de representação que faz da prática algo interessante: ver uma mulher adulta se comportando, falando como menina, sendo cuidada e protegida.
Evidentemente, dominadores apreciadores dessa prática são, em essência, cuidadores, pessoas que gostam de ter a submissa sob seu cuidado, dar-lhe banho, mamadeira, colo... A submissa, por outro lado, se sente livre para ser uma criança. Uma mulher adulta, profissional de sucesso, cheia de pressões, pode se sentir muito feliz voltando a ser crianças, podendo rir, fazer travessuras, ser cuidada e deixar todas as preocupações do lado de fora de onde ocorre as sessões.
Outra prática BDSM que costuma ser associada ao ageplay é o spank. Daddys constumam castigar suas ages por mau comportamento (e muitas vezes elas fazem travessuras para serem castigadas – faz parte do jogo). No ageplay o spank costuma ser com as mãos, com a sub deitada no colo do dominador, expondo a bunda para ele e apanhando até que as nádegas fiquem vermelhas.
Alguns objetos normalmente associados à prática são chupetas (que as ages constumam chamar de pepetas), mamadeiras, frauldas, brinquedos, ursinhos de pelúcias e... livros de colorir. Aliás, o sucesso dos livros de colorir nos faz pensar: será que não são só praticantes de ageplay que gostariam de voltar às alegrias da infância.
Em tempo: as práticas descritas aqui se referem a jogos de idade com dominador e uma submissa, mas há vários outros jogos de idade, muitos dos quais não estão dentro de uma relação DS, como o infantilismo, em que a pessoa simplesmente sente prazer em usar fraudas ou chupetas, sem que isso esteja relacionado à presença de um dominador ou dominadora. Há também práticas de age que os praticantes fingem ter idade maior do que a de fato têm.
Mestre Sade
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