Querido leitor.
Esse é um texto escrito por mim sobre a esperança que o Natal pode trazer para as pessoas se cada um fizer a sua parte. Não é uma história real, mas poderia ser. Em todo o mundo existem pessoas que podem e devem ajudar os mais necessitados, seja com uma palavra de carinho e incentivo, seja com presentes, seja com emprego. Todos podem fazer a sua parte, basta querer. Se as riquezas do mundo fossem divididas entre todos, não haveria fome e miséria. Não haveria guerras, não haveria o mal. Não estou dizendo que deveríamos dar tudo de mão beijada, não! Acho que todos nós temos o direito e o DEVER de trabalhar, batalhar por suas conquistas, ter responsabilidades e viver dignamente. Isso se a ganância não tivesse se apoderado do ser humano e distorcido o verdadeiro significado da VIDA.
UM CONTO DE NATAL
Natali
caminhava sem destino pela avenida movimentada na véspera de Natal.
Moça bonita de dezesseis anos, cabelos e olhos escuros, pele morena,
roupas velhas e sujas, sentia em sua mocidade os efeitos do preconceito.
Não olhava mais nos olhos das pessoas por quem passava. Havia cansado
de ver a indiferença mascarar o sorriso amarelo dos cidadãos mais
afortunados da cidade.
Mas
ao chegar à Praça Central de Porto Alegre, algo lhe chamou a atenção
para um senhor que estava sentado a uma mesa, na calçada de um
restaurante. Ele estava rodeado de crianças pobres e humildes,
exatamente como ela, escutando, admiradas, as histórias que ele contava.
E ele tinha tanto brilho no olhar, tanta ternura na voz, que Natali
diminuiu o passo e prestou mais atenção ao que ele dizia.
-
E então, do escuro da floresta, surgiu uma luz brilhante, forte e
intensa o suficiente para iluminar o caminho das Renas que haviam se
perdido em meio à tempestade. Elas seguiram a luz e reencontraram o
Papai Noel que estava perdido na neve, com todos os presentes de todas
as crianças do mundo! - Enquanto ele falava, os olhinhos das crianças
brilhavam mais e mais, enchendo-se de esperanças com o Natal. - Então
ele colocou os presentes no saco vermelho, subiu no trenó e as renas
começaram a puxá-lo e a subir com ele pelos ares até o céu, diante da
lua e sumiram na imensidão, levando presentes para todas as crianças do
mundo.
Natali
parou diante do homem, estudando-o. Não era possível que ele estivesse
feliz em iludir aquelas crianças com histórias de Natal. De que
adiantariam essas ilusões? Ela própria acreditava em Papai Noel quando
tinha a idade delas, mas pra quê? Pra esperar pelo presente que sonhara o
ano inteiro para, no final, ganhar no máximo um abraço dos companheiros
de rua. Sim, Natali era moradora de rua. Sem casa, órfã de pai e mãe,
sem dinheiro, sem esperanças.
O
homem que estava a contar histórias, de repente viu-se observado pela
moça rebelde e sorriu para ela. Convidou-a sentar-se entre eles,
oferecendo um sanduíche que, só agora, Natali percebeu nas mãozinhas dos
pequenos. Seu estômago ardia de fome e ela não conseguiu resistir.
Relutante, sentou-se começou a comer.
Contou
sua história ao homem depois de muita insistência e ainda estava
desconfiada da atitude dele quando, de dentro do restaurante saiu uma
garçonete que ela conhecia muito bem. Era Alice, uma moradora de rua
como ela, que há tempos não via. Uma grande amiga que o destino
afastara.
As
duas moças abraçaram-se e sorriram uma para outra, cheias de saudade.
Natali ficou sabendo que o Sr Oliver, o homem que falava com as
crianças, havia dado um emprego e um lar à Alice.
Ele
e sua mulher Diana eram professores aposentados e sempre traziam as
crianças de um Orfanato para lanchar e passear, tomar sorvetes e
refrigerantes no restaurante, às tardes de sábado.O Sr Oliver,
percebendo a amizade das duas, convidou Natali para trabalhar no
restaurante junto com Alice, que aceitou feliz da vida. Hoje, as duas
moças que moravam na rua são filhas adotivas do Sr Oliver e de sua
mulher, Diana. E esse será o Natal mais especial de suas vidas.
KG Kati
katiacgr.blogspot.com
UM FELIZ NATAL A TODOS! COM CONSCIÊNCIA, DISCERNIMENTO E SABEDORIA!
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