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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Alberto Cuddel - Sonho



Sonho

Podem as asas caírem
O voo circular terminar
O movimento quedar
Não resigno à mortalidade do corpo!

Trémulas mãos seguram-me a alma
A vida esvai-se nos círculos da morte
No mundo resido, doce perfume exala
Do ser que te sonhou a triste sorte.

Embala-me a alma em nuvens de algodão
Descendes de mim, mar da realidade
Ascende em ti a doce e fogosa paixão
Aplaca no meu corpo a dor da saudade!


Alberto Cuddel®
In: Palavras que circulam - II




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