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terça-feira, 13 de setembro de 2016

NUVENS...


E as nuvens poderiam lhe obscurecer o sol.
Em suas mãos um paracetamol.
Na cabeceira um vaso de jacintos.
Estava alerta a seus instintos.
Atenta a todos os pequenos ruídos.
Pensamentos aleatórios, desconstruídos.
A chuva batendo na janela de forma imprevisível.
O que não era presente a deixava sensível.
Os sentidos em descomunal vigília.
As palavras se evaporando em improvável homilia.
O coração aos tropeços.
Sem nomes próprios ou endereços.
O declínio de lágrimas furtivas.
Decomposições afetivas.
O enigma a se decifrar.
A necessidade de se calar.
Sem nexo todas suas teorias.
As sem rumo vidas frias.
E o que era desesperador.
Surgiu como esperança a se opor.
E tudo que se tem a ressaltar.
Era sua vontade de plenamente voar.
Voar para um novo amanhecer...
Sem nuvens ao céu ao o obscurecer... 


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