Abstracções da leitura
Tão insolentes são os corpos amorfos que me desejam,
E a vontade de teus beijos,
Noite, essa por onde vagueiam uivando!
E a vontade de teus beijos,
Noite, essa por onde vagueiam uivando!
Tão dormentes os pensamentos que vos trouxeram
E a dor dos meus sentimentos
As palavras que desdenham, o dia com esperança!
E a dor dos meus sentimentos
As palavras que desdenham, o dia com esperança!
Tão sem futuro os sonhos nus caídos no leito
O prazer sonhado, gemido no quarto
Apenas finjo, um prazer que não tenho para dar!
O prazer sonhado, gemido no quarto
Apenas finjo, um prazer que não tenho para dar!
Tão viçosas as vestes da Primavera, o cheiro, odor
Paixão pela qual me entrego as palavras
Roubadas a um qualquer poeta pela mente de quem lê!
Paixão pela qual me entrego as palavras
Roubadas a um qualquer poeta pela mente de quem lê!
Tão calmo o mar, nas correntes veraneias onde repousas
Construindo castelos na areia, sonhas família
No doce canto arrebatador da sereia!
Construindo castelos na areia, sonhas família
No doce canto arrebatador da sereia!
Alberto Cuddel®
08 de Maio de 2016
08 de Maio de 2016
In: Tudo o que ainda não escrevi - 31
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