Sei que me
procuras
Sei que me
procuras
Nas horas
extraviadas da vida
Nas
autoestradas feridas
Amargura
consciente em que me dou
No negro
soalho polido do palco
Disperso
nas rimas e palavras perdidas
Num
coração dilacerado pelo fingir!
Sei que me
procuras
Mas na
verdade, não finjo, não minto,
Imagino
parte do tudo o que sinto,
As
hiperbolizadas lagrimas derramadas,
São meras
gotas cristalinas, caídas e suadas,
Não me
procures na desgraça, na vingança
Mas na
solidão de uma praia deserta,
Apinhada
de gente no verão!
Sei que me
procuras,
Como
procuras a felicidade,
Na saudade
da perfeição,
Não estou
lá, apenas aqui,
Escrevendo
na doce paixão
Do sentir
declamado pela imaginação!
Alberto
Cuddel®
In: Tudo o
que ainda não escrevi - 29
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