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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Alberto Cuddel - Sempre mar…


sempre mar…
 
O mar que te nasce no olhar,
A cadência das ondas no cantar,
Na frescura e sal no corpo o sabor,
O mar que tanto os atrai, não por paixão
Por um qualquer encanto ou devoção
Mas como a ti mulher, apenas por amor!
 
Nas ondas dos dias que correm
Perdem-se distantes nas madrugadas
Homens, lutadores, e pescadores
Chorando em terra as mulheres enlutadas
 
Nas marés, sobe de raiva irada
Barco perdido vento que deriva,
Deixa-os sem rumo, em terra cativa,
Olham o mar, as ondas, choram sobre nada
 
Manhã, neblina longínqua que se insurge
Primeiro clarão anuncia o que, agora, urge
O toque na areia ao coração a bonança
Barco a praia retorna devolvida a esperança
 
Mar dourado, azul espraiado ao luar,
Em murmúrios flamejantes
Visto-me das estrelas-do-mar
Despindo os supérfluos da terra
Sou mar ardente, sou vida, sou gente
Levado pela lua, não sou inquieto
Mas em mim bem diferente,
Sou rima, sou prosa sou verso
Sou mar extenso, benigno, universo
Sou casa, sou lar, sou alimento
Sou abrigo, calma, revolto tormento,
Magia da dança, fado, cantar,
Sou tudo, sou nada, sou água, sou mar!
 
Alberto Cuddel
14/08/2016
20:17


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