Aprendi
Sei hoje amanhecer
solitariamente
Cipreste hirto ao
mundo, indiferente
A cada nascer do
sol, ciclo repetido
Um tempo novo ou
gasto antes sofrido!
Perco a anafada
vitória da razão
Por uns lençóis que
gritam solidão
Derrubado pelas
humanas palavras
Erguido no sentir
com que me cravas
Viajo tristemente
por ruas vazias
Congeminando doces
vinganças dizias?
-
e eu? Inspirado pelo peso dos pés,
Calco pedras gastas,
o tempo que gasto
Desenfreada corrida
e um copo nefasto
Mas sei, sei, a
solidão corrói as pedras
Os ossos, as mãos,
os dedos, os versos
As rosas não nascem
sozinhas, nem eu
Nem mesmo os peixes,
as aves do céu!
-
mas eu caminho sozinho,
Com o peso das
letras
Até que teus olhos
as leiam…
Alberto Cuddel
In: Os dias do Fim -
L
Postar um comentário