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terça-feira, 7 de junho de 2016

Tudo o que ainda não escrvi - Cálice de Fel


Cálice de Fel
Não me reconheço nos teus sonhos
Asas da noite que o mar engole,
-como te atreves a sonhar-me?
Gota do nada, silêncio que te falava
Tentações vibrantes da sede incólume
Já mais, escorregarei na  "Ínsula divina"
Cálice, atentas-me, contra divino amor!
Vai-te de mim, má sorte, regente da noite,
Ladeias melosamente o quintal adormecido,
Dormindo,  luar que me mantem enfeitiçado,
Doce perfume, gerbérias desfolhadas…
-Nada podes, absolutamente nada,
Sou entregue, livremente…
Levanta-te Afrodite, condena-me,
Antes entregue aos leões do coliseu,
Que aos prazeres enganosos da tua carne,
Vai-te de mim, sob deusa do Amor,
Nada me aprazes nesta triste saudade!


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