BREAKING

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Minhas Gavetas...


Durante a minha existência fui colocando nas gavetas segredos de uma vida que foi vivida, com muitas histórias, mas sempre com uma boa dose de humor...

Nas minhas gavetas, guardei lembranças, acontecimentos vividos
Só não guardei as tristezas, pois estas eu joguei fora, não quero lembrar.... 

As palavras que disse e que magoaram pessoas, estas estão guardadas numa gavetinha pequena, guardei, porque quero sempre lembrar, para não repeti-las.

Tem uma gaveta que esta fechadinha, pois ali tem minhas memórias fotográficas, fragmentos de viagens, de sonhos e de amores... 

Mas tem uma que sempre eu abro, para recordar da menina que brincava de boneca, empinava pipa, e que fazia balé... Adorava ir a aula de piano, mas não era a sua vocação... 

Adoro ver guardadas as lembranças da minha avó, que adorava sentar e conversar horas comigo...Dos natais na sua casa, do presépio que vovô montava com tanto carinho... Lembro que a única coisa que não gostava era de dormir na casa da minha avó... Eu explico.... Na sala tinha um relógio carrilhão, ele tocava a cada quinze minutos e hora cheia... Eu não dormia, ficava contando as badaladas...Mas queria voltar no tempo e ouvir as badaladas ao lado da minha avó...

Nossa quantas lembranças guardadas nas minhas gavetas...

Ah! Essa menina que cresceu livre... andando descalça, tomando banho de chuva,sonhando com as estrelas e com um amor eterno...

Em outra gaveta estão guardadas as lembranças da menina grande, com responsabilidades, a frente do seu tempo, questionadora, rebelde, mas com um coração aberto para todos... 

Essa menina continuou seu caminho, estudou, mas não foi namoradeira, conheceu o seu amor muito nova, namorou e casou, mas sempre teve o mas... queria mais, queria ser mãe... E foi de três lindas criaturas, foi uma época linda e muito dura, porque aquela menina que andava descalça tinha que ensinar seus filhos a caminhar, conseguiu encaminhar todos ate voltar as salas de aula ela voltou para acompanhar o desenvolvimento deles... Abriu uma nova gaveta para duas novas vidas... Que a chamam de avó, num novo contexto de amor.

Sua vida amorosa sempre foi um conto de fadas para ela, sempre sonhadora, a realidade machucava, e esta menina se escondia nos seus escritos, escrevia muito, mas ninguém lia era o seu maior segredo... 

Foi numa madrugada que ela se viu sozinha, o seu amor tinha partido... Não pela vontade dele, mas pela vontade de Deus... Viu-se perdida, sem identidade, sem perspectiva, sua vida desmoronou se antes ela era chorona, depois vivia num mar de lagrimas... Foram três anos de agonia fechada num casulo de tristeza. Na minha lembrança de como eu era e no que me tornei, era difícil acreditar, me olhava no espelho e não me via não me reconhecia...
Mas tudo na vida tem seu tempo, nada acontece sem a vontade de Deus... 

Agora estou abrindo a mais nova gaveta, onde a menina cresceu de verdade.

Tomou as rédeas da sua vida, com a vontade que sempre teve e estava guardada, escondida em uma gaveta qualquer, assumiu que adorava escrever, e que escrever era uma maneira dela extravasar todo o sentimento guardado no seu coração... Não tem mais vergonha em mostrar... E assim vai escrevendo.... 

Mas ainda tem muitas gavetas fechadas a sete chaves... Estas estão os meus segredos, meus sonhos, que só eu e quem me conhece verdadeiramente sabe.

Entre achados e perdidos a minha vida continua...A minha essência continuará Essência...Esperança de novos sonhos, porque eu amo viver e não quero só existir...

E quero continuar a ser essa pessoa inteira Amor!

Elaine Coletti

Postar um comentário

 
Copyright © 2013 Infinitamente Nosso
Design by FBTemplates | BTT