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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Especial X-Men - Resenha Cinéfila - X-Men O Filme - 2000

Após termos conhecido a origem dos nossos X-Hérois, e as suas primeiras animações, vamos tercer os nossos comentários sobre todos os filmes que pintaram nas telonas sobre esta turma de mutantes, sob o comando do enigmático Professor Chavier. Hoje vamos abrir a série de resenhas, do Especial X-Men com um filmaço que até o momento rendeu mais cinco filmes.




Direção - Bryan Singer
Produção - Lauren Shuler Donner,Ralph Winter
Produção executiva - Avi Arad, Stan Lee,Richard Donner, Tom DeSanto
Roteiro - David Hayter
Baseado em Tom DeSanto e Bryan Singer (história) e Jack Kirby e Stan Lee (personagens)
Género - Ficção científica, ação, aventura, fantasia
Música -Michael Kamen
Cinematografia - Newton Thomas Sige
Edição - Steven Rosenblum, Kevin Sitt, John Wright
Companhias produtoras - 20th Century Fox, Marvel Studios, Bad Hat Harry Productions, The Donners' Company
Distribuição - 20th Century Fox
Duração - 104 min
Lançamentos:
Estados Unidos 14 de julho de 2000
Brasil 18 de agosto de 2000
Portugal 29 de setembro de 2000
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 75 milhões
Receita - US$ 296.339.527

Hugh Jackman — Logan / Wolverine
Patrick Stewart — Professor Charles Xavier / Professor X
Ian McKellen — Erik Lehnsherr / Magneto
Halle Berry — Ororo Munroe / Tempestade
Famke Janssen — Jean Grey
James Marsden — Scott Summers / Ciclope
Anna Paquin — Marie D'Ancanto / Vampira
Rebecca Romijn — Mística
Tyler Mane — Dentes-de-Sabre
Ray Park — Groxo
Bruce Davison — Senador Robert Kelly
Shawn Ashmore — Homem de Gelo/Bobby Drake
Sumela Kay — Kitty Pryde
Alexander Burton — Pyro/John Allerdyce
Katrina Florece — Jubileu/Jubilation Lee
Shawn Roberts — Cody Robbins


Em um futuro próximo há pessoas que são o próximo degrau na escada evolucionária humana, os mutantes. Dotados de um fator X em sua carga genética, cada mutante desenvolve um tipo diferente de poder e muitas vezes precisam aprender a controlá-lo, pois só se manifesta na adolescência ou mesmo quando se tornam adultos. Os mutantes sofrem um grande preconceito, pois os humanos em geral não entendem os poderes deles e temem que os mutantes, por serem superiores às pessoas comuns, irão perseguir a raça humana. Sob a orientação do professor Charles Xavier, seres humanos que sofreram mutações genéticas aprendem a direcionar seus poderes especiais para o bem da humanidade, tendo de lidar com o traiçoeiro Magneto, que prepara um plano sinistro, por acreditar que humanos e mutantes não devam coexistir.



Os personagens faziam enorme sucesso nos quadrinhos e nas animações. Por décadas os fãs imaginavam como seria uma produção com os personagens para os cinemas. Entretanto, nos anos 80 e 90, os recursos técnicos eram insuficientes para tal empreitada, principalmente os de efeitos especiais. Um filme daquela magnitude exigiria bastante desse recurso. Sem falar que o gênero das adaptações de hqs não tinham a força e reconhecimento dos dias atuais, apesar de que já existiam referências ao gênero:os filmes do Superman e Batman, da Warner.


Superman, de 1978, tinha sido o grande pioneiro em transpôr personagens de HQs, tanto que a produção é respeitada e admirada até hoje, além de influenciar grande parte das produções que a sucederiam ao longo das décadas, e toda uma geração de cineastas de respeito. Entretanto, foi Batman, de 1989, quem mostrou aos produtores hollywoodianos que haveria público e enormes retornos financeiros para aquele tipo de produção. O filme ultrapassou na época a barreira de mais de 400 milhões de arrecadação.Isso foi suficiente para dar início e força ao gênero. Infelizmente, ambos os personagens acabariam vendo suas franquias milionárias sucumbirem com péssimas produções por aquele tempo. Para maiores detalhes, procure nos marcadores nessa mesma coluna, a respeito das postagens que tratam exatamente dos dois personagens e suas trajetórias nos cinemas.
A Marvel portanto, viu que haveria como adaptar seus personagens para essa mídia do entretenimento e o primeiro a receber esse tratamento, foi o anti-herói, Blade-o Caçador de Vampiros. Longe de ser um dos personagens mais famosos da editora, mesmo assim carrega a mítica de inaugurar as portas hollywoodianas para a Marvel. Porém, foram justamente os X-Men quem deram o pontapé definitivo para a editora ser o que é atualmente nos cinemas.

No início do milênio, os produtores decidiram bancar a primeira produção com os personagens. Para tal empreitada, primeiramente era necessário encontrar um cara que conhecesse o material e soubesse como lidar com ele, afinal, os personagens são complexos e tratam de temas controversos. O desenvolvimento de X-Men começou em 1989 com James Cameron, diretor do Titanic. Os direitos de filmagem foram atribuídos à 20th Century Fox, em 1994. Roteiros e o tratamento do filme foram encomendados para Andrew Kevin Walker, John Logan, Joss Whedon e Michael Chabon. Mas Cameron acabou não ficando à frente da produção,e seu lugar foi ocupado por um cara que tinha talento:o jovem Bryan Singer,que mostraria ser a escolha perfeita para a empreitada. As filmagens decorreram entre 22 de setembro de 1999 e 3 de março de 2000, principalmente em Toronto.


O elenco reuniu nomes conhecidos de Hollywood com alguns outros que ainda estavam em busca de um lugar ao sol, O  Patrick Stewart (Prof Xavier), conhecido por viver o Capitão Picard entre 1987 e 1994 na série televisiva “Star Trek – A Nova Geração”, mas que até então não fizera nada de extraordinário no cinema. O ator incorporou o personagem de tal maneira, que nos dias atuais é mais fácil lembrá-lo pela trilogia mutante do que pela série de ficção-científica. O veterano Ian McKellen (Magneto), a conhecida Halle Barry (Tempestade), Famke Jansen (Garota Marvel), se juntaram com nomes então pouco badalados:Anna Paquim (Vampira), James Marsden (Ciclope) e um ilustre desconhecido chamado Hugh Jackman, dando vida ao mais famoso dos X-Men:Wolverine. O roteiro e a concepção de Singer foram extremamente fieis ao material dos quadrinhos. Personagens conhecidos da mitologia se fizeram presentes, de heróis a vilões. É fácil para os fãs no decorrer da obra reconhecerem personagens como o Homem de Gelo e a Lince Negra, Senador Kelly, Dentes de Sabre, Groxo e Mística, entre outros.

“X-Men – O Filme” mescla várias sagas dos quadrinhos. Na trama, os humanos temem e não entendem os mutantes e seus poderes. O Professor Xavier e seus alunos buscam um entendimento pacífico entre as espécies. Magneto, com sua Irmandade, prefere confrontar os humanos e provar que os mutantes formam uma espécie evoluída. Para tanto, cria um equipamento (que só funcionará com os poderes de Vampira) para matar alguns humanos reunidos numa conferência em Nova York, que visa discutir um ato de registro de mutantes, idealizado pelo senador Robert Kelly. O intuito do atentado é gerar uma revolta da sociedade contra os mutantes, que teriam a deixa perfeita para começar um conflito.

Sem grande tropeços, o roteiro flui bem e, num palpitante crescendo, garante excelentes caracterizações.   Por sua vez, quem jamais ouviu falar de super mutantes, vai se deparar com protagonistas convincentes e uma trama bem elaborada. Em momento algum, a apresentação das personagens secundários emperra a história. Um a um, os elementos da aventura são apresentados sem prejuízo para a trama. Em poucos minutos, o mais leigo dos espectadores passa a saber o que é mutação no sentido Marvel, suas conseqüências sociais e políticas e quem são os envolvidos. Sem forçar a barra, Singer e Hayter, (um dos roteiristas) levam-nos a aceitar com naturalidade elementos que, se mal elaborados, comprometeriam tudo. Basta citar o espinhoso passado comum de Charles Xavier e seu nêmesis, Magneto, mencionado, mas jamais mostrado no decorrer de toda a projeção

O elenco dá um show à parte, com destaques para Stewart e McKellen, interpretando respectivamente, Prof Xavier e Magneto. Destaque justamente para o vilão clássico da mitologia dos personagens,que torna-se um dos mais memoráveis desse gênero. Mas quem rouba a cena mesmo é o Hugh Jackman, como Wolverine. Ele é exatamente o que os fãs conhecem do personagem,  raivoso, decidido, implacável... O desconhecido ator foi do anonimato para o estrelato em questão de segundos, se tornando nos dias atuais um dos grandes nomes do cinema.


“X-Men” funciona porque tem um roteiro forte e bem construído. Não é apenas uma sucessão de efeitos especiais e explosões (embora elas não faltem). Com um orçamento relativamente modesto para o gênero (cerca de 75 milhões de dólares) tem apenas um aspecto discutível introduzindo flashbacks e uma subtrama ainda não bem explicada de que um dos mutantes teria sido resultado de experiências em campos de concentrações nazistas. A produção buscou tornar a saga mutante menos fantasiosa. Os uniformes coloridos deram lugar a trajes escuros (o que rendeu até uma piada de Wolverine durante o longa). E não havia tantos efeitos especiais. Tempestade, por exemplo, mal sai do chão (Halle Berry, considerada objeto de decoração no elenco por fãs e parte da crítica, reclamaria maior presença da heroína nos filmes seguintes da franquia). Não tem exatamente uma grande sequência de ação,ele peca por isso e a trilha não é assim tão memorável. Mas no conjunto da obra, ele se saí satisfatoriamente bem.

Apesar de não ser um épico como o “Superman” de Richard Donner e/ou  “O Cavaleiro das Trevas” de Christopher Nolan, “X-Men – O Filme”, mesmo não sendo uma obra perfeita, marcou o início de uma época. A partir dele, os heróis passaram a ser tratados com respeito na indústria cinematográfica. Ninguém mais queria dar bola fora. Fossem produtores, diretores, roteiristas ou atores. Direta ou indiretamente, foi o responsável pelo surgimento da trilogia “Homem-Aranha”, do reinício da franquia “Batman” e pela criação de um estúdio de cinema da Marvel, que tinha vendido os direitos de alguns personagens seus (inclusive os X-Men) e viu estúdios ganharem fortunas. Com o Marvel Studios, a empresa ditar os passos do ramo nos anos seguintes. O filme foi bem visto pela crítica ,com seus erros e acertos, mas o maior mérito realmente foi dar ao gênero das adaptações, o empurrão que ele necessitava.A partir de então veio uma enxurrada de super-heróis,com amplo domínio da Marvel. Arrecadou quase 300 milhões e abriu caminho para uma série de sequências, fora os spin off com o Wolverine. Muita gente considera como um dos melhores do gênero, por sua fidelidade ao material que se baseia,por não ser uma produção rasa  e espalhafatosa independente do que trate.


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