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domingo, 17 de abril de 2016

Especial Rocky Balboa - Resenha Cinéfila - Rocky IV (1985)


Se o filme anterior foi feito com pura intenção comercial, o seu sucessor não ficou atrás. Mais do que isso, foi uma produção carregada de extremo ufanismo. Dessa vez o Sylvester deixou seu lado patriótico falar mais alto e recheou a quarta produção com Rocky Balboa com um americanismo exacerbado, para delírio do então presidente Ronald Regan, que já era apaixonado pelo astro desde o Rambo II, lançado naquele mesmo ano. Stallone aproveitou o clima vivido pela Guerra Fria, conflito de interesses entre os States e União Soviética, para dar seu recado, ao mesmo tempo que no final da obra, conclama uma mensagem de paz entre os dois países.

E aqui vamos nós, nesta quarta aventura desta série...

Ficha TécnicaTítulo - Rocky IV
Lanãmento - 21 de novembro de 1985
Duração - 91 min
Direção - Sylvester Stallone
Roteiro - Sylvester Stallone
Música composta por - Vince DiCola, Bill Conti

Produção - Robert Chartoff, Irwin Winkler
Género - Drama /ação / esporte
Idioma - Inglês / Russo
Pais - USA
Elenco:
Sylvester Stallone - Rocky Balboa
Talia Shire - Adrian Balboa
Burt Young - Paulie Penninno
Carl Weathers - Apollo Creed
Brigitte Nielsen - Ludmilla V. Drago
Tony Burton -Tony "Duke" Evers
Dolph Lundgren - Ivan Drago
Michael Pataki - Nicoli Koloff
Orçamento - $ 31.000.000,00
Bilheteria Mundial - Mais de $ 428.000.000,00




Após reconquistar o título de campeão mundial de boxe, surge um novo desafio para Rocky: um novo e forte lutador de boxe da União Soviética chamado Ivan Drago chega aos Estados Unidos e deseja realizar uma luta de exibição contra o campeão americano. Ao saber disto, o ex-campeão Apollo Creed revela ao seu amigo Rocky que está insatisfeito por estar longe dos ringues há vários anos e pede a Rocky que o deixe lutar em seu lugar, para provar que ainda está em forma e também que os atletas americanos são melhores que os soviéticos. Na entrevista coletiva, onde Apollo e Drago ficam lado a lado, Apollo, por puro exibicionismo, faz várias ofensas e ameaças a Ivan Drago e à sua equipe, enfurecendo o lutador soviético. No dia da luta, em Las Vegas, Apollo prepara uma festa americana, regada ao som do cantor James Brown, cheio de otimismo e sem qualquer dúvida quanto à sua vitória. Porém, o lutador soviético o espanca sem piedade no primeiro round. No intervalo, Rocky pede a Apollo que desista, já prevendo o pior. Mas Apollo diz que pretende continuar e ainda pede que Rocky não mande parar a luta. No segundo round, Apollo, já cansado e ferido, recebe outra impiedosa surra de Drago e cai ao chão morto. Drago diz ainda no ringue que não se importaria nem um pouco se Apollo morresse. Assim, Rocky decide ir treinar na gelada Sibéria, com a ajuda de Paulie e do treinador Duke (treinador de Apollo), para se preparar para lutar contra Drago em outra luta de exibição, que seria realizada em Moscou no dia de Natal, não só para vingar Apollo, mas para também mostrar a verdadeira força dos Estados Unidos.


Dessa vez o adversário do invencível Rocky vem justamente da União Soviética. Querendo ingressar no circuito mundial de boxe. Os comunas enviam para a América, o seu campeão nacional, o robótico Ivan Drago, que chega com a intenção de  disputar uma luta de exibição com o campeão americano. Ao saber disto, o ex-campeão, Apollo Creed, revela ao seu amigo Rocky que está insatisfeito por estar longe dos ringues há vários anos e pede a Rocky que o deixe lutar em seu lugar, para provar que ainda está em forma, e também que os atletas americanos são melhores que os soviéticos. Apollo se desentende com Ivan  na entrevista promocional, e no dia da luta descobre da pior forma que não é páreo para a força física descomunal do seu oponente. A violência dos golpes sofridos na luta é tamanha,que ele acaba falecendo. Rocky decide então vingar o amigo, e desafia Ivan para outra luta, que deverá ocorrer na Rússia, em Moscou no dia de Natal, não só para vingar Apollo, para também mostrar a verdadeira força dos Estados Unidos.

Rocky IV sepultou de vez os elementos que fizeram da franquia uma das mais famosas de Hollywood. O drama cede lugar de vez ao apelo comercial e como dito, ao amor pelos Estados Unidos. Não existe nem sombra do personagem dos primeiros filmes, a descaracterização na personalidade do Rocky é gritante. Foi o último filme a contar com a participação do Carl weathers, que interpretou o Apollo. Quem chama a atenção dessa vez é ninguém menos que o Dolph Lundgren, que hoje dispensa apresentações aos fãs do cinema de ação, pois é um dos rostos mais populares, principalmente, das produções B e C. Mas nessa época ele era um ilustre desconhecido, que teve a sua primeira grande chance,graças justamente ao Sylvester. Dolph  demorou cerca de seis meses para conseguir seu papel no filme, e foi reprovado no primeiro teste que fez por ser considerado muito alto pelos produtores. Mais tarde, ele teve a chance de conhecer Stallone que lhe disse que ele possuía boas chances de conseguir o papel se ganhasse um pouco mais de músculo. Segundo rolam os boatos, muitos nomes foram testados para o personagem.

De acordo com  Stallone,  Lundgren e Carl Weathers não se davam bem durante as filmagens do filme e lutaram realmente em uma das cenas. Durante as gravações do filme, Sylvester  decidiu que para as cenas de luta, ele e Dolph  deveriam bater de verdade, para aumentar a emoção e a intensidade da cena. Depois de fazer três tomadas de Rocky levando socos reais, Stallone começou a sentir uma queimação no peito. Mais tarde, ele começou a sentir dificuldades para respirar e foi levado para o hospital mais próximo. Os médicos descobriram que sua pressão arterial estava em mais de 200, e por isso, teve que permanecer na UTI por oito dias. Foi descoberto que durante as cenas, um dos socos dados por Lungren foi tão forte que fez com que o coração de Stallone inchasse e impedisse a passagem de oxigênio por todo o corpo.


Sobre o seu oponente nas telas, a atuação do sueco beira o ridículo. O cara é inexpressivo, totalmente monossillábico, mais parece um robô em cena. Mesmo assim, é lembrado até hoje pelos fãs do Rocky. Talvez seja, de todos os que se bateram com o Rocky, o oponente mais lembrado, justamente pelo fato do Lundgren, posteriormente, ter se tornado uma das referências ao gênero da ação. Vale também destacar, a presença em cena da ex-esposa de Stallone, a Brigitte Nielsen. Casada com ele na época, o figura a incluia em seus filmes. Outro que eles dividiram a cena foi o Stallone Cobra, de 1986. Depois, ele iria descobrir que ela pulava a cerca com sua secretária, e o romance chegaria ao fim.

A trilha sonora continua na mão de Bill Conti, mas dessa vez traz mais faixas de bandas já conhecidas do que a trilha original. Desta vez não temos apenas Survivor, mas James Brown, Vince DiCola, Robert Tepper, entre outros. Mas nenhuma das músicas chega perto do carisma que tem Gonna Fly Now que não está presente no filme, nos trazendo mais uma decepção. Rocky IV é uma propaganda americana descarada. Se o inimigo fosse russo, não teria problema, mas a propaganda para mostrar o quão lindo os EUA são, e como todos o idolatram é demais. Uma luta que marcou o ano nas telonas...



Mesmo assim foi um enorme sucesso de bilheteria, a maior arrecadação do personagem naquela década. Como curiosidade, temos uma falha cronológica que passou despercebida. No filme anterior, o filho de Rocky é apresentado como um garotinho de uns 4,5 anos. Nesse aqui, que prossegue exatamente de onde o outro terminou, o garoto aparenta ter uns 11.





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