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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Especial Marvel - Resenha Cinéfila - Capitão América (1990)


A Marvel está com tudo e não está prosa. Não só vem dominando o gênero de adaptações de HQs desde o início do milênio, como seus filmes tem arrastado milhões,às vezes bilhões nas bilheterias. A mais nova produção a tentar esse feito é o terceiro filme do Capitão América, que está ganhando as telonas em Abril. Espécie de sequência de Os Vingadores 2, o título promete ser o grande destaque da Marvel nesse primeiro semestre. Na cola dele, vamos agora fazer a resenha dos antecessores com um bônus, destacando a ridícula e risível produção com o herói, dos anos 90.
Ficha Técnica

Título - Capitão América
Direção - Albert Pyun
Produção - Menahem Golan, Stan Lee
Joseph Calamari, Tom Karnowski
Roteiro - Stephen Tolkin, Jack Kirby, Joe Simon
Género - Ficção científica, Aventura, Ação
Música -  Barry Goldberg
Efeitos especiais - Fantasy II Film Effects
Cinematografia - Philip Alan Waters
Edição - Jon Poll
Companhias Produtoras -  21st Century Film Corporation, Jadran Film, Marvel Enterprises e Paramount Pictures
Distribuição - 21st Century Film Corporation e Europa Carat Home Vídeo
Lançamentos
Reino Unido - 14 de Dezembro de 1990
Portugal - 18 de Janeiro de 1991
Idioma - Inglês
Orçamento - US$ 10 milhões
Receita - US$ 2 milhões
Elenco:
Matt Salinger como Steve Rogers / Capitão América
Ronny Cox como President Tom Kimball
Scott Paulin como Tadzio de Santis / Caveira Vermelha
Ned Beatty como Sam Kolawetz
Darren McGavin como General Fleming
Michael Nouri como Ten. Col. Louis
Kim Gillingham como Bernice Stewart/Sharon Carter (Agente 13)
Melinda Dillon como Mrs. Rogers
Bill Mumy como General Fleming (quando jovem)
Francesca Neri como Valentina de Santis
Carla Cassola como Dr. Maria Vaselli
Massimilio Massimi como Tadzio de Santis

Wayde Preston como Jack


Durante a Segunda Guerra Mundial o americano Steve Rogers submete-se a um experimento militar para tornar-se um super soldado. Surge então o Capitão América. Entretanto a doutora responsável pelo segredo de transformar um humano em um soldado morre, frustrando o plano de criar vários super soldados. Em combate contra o Caveira Vermelha, um supersoldado criado pelos nazistas, o Capitão América é preso num foguete, que tem como alvo a Casa Branca. O herói consegue desviar a trajetória, porém acaba caindo no Alasca, onde fica congelado até a década de 1990. Após acordar desse período de hibernação, descobre que o Caveira Vermelha pretende sequestrar o presidente Tom Kimball e usar uma técnica revolucionária para tomar o lugar de Kimball


Nos anos 90, o gênero dos super-heróis adaptados para a telona era bastante tímido, diferente dos dias atuais. O orçamento era modesto e talento por trás das câmeras eram escassos, tal qual um elenco chamador de público. Os exemplos mais bem sucedidos por aquela época eram os primeiros filmes do Super-Homem e o mais recente representante, o Batman, do Tim Burton, lançado um ano antes desse título. A Marvel sequer sonhava em se tornar a empresa hollywoodiana dos dias atuais, mas isso não impedia que seus personagens ganhassem versões mequetrefes que acabavam por padecer em produções ridículas e vexatórias. Foi assim que um ano antes o anti-herói Justiceiro, estrelado, por Dolph Lundgren deu as caras numa versão que só Deus perdoa. Depois,foi a vez do popular Capitão América dar as caras numa produção infantiloide

O curioso é que um dos produtores foi o Menahen Golan,um dos chefões dos estúdios Golan Globus,bastante conhecido por bancar filmes de baixo orçamento,em parceria com o Stan Lee,que por aquele tempo,não hesitava em ceder seus personagens para o que quer que fosse,contanto que lhe pagassem bem. O orçamento do filme já dizia tudo. Se nos dias atuais,bancar uma obra desse porte é coisa de ultrapassar a barreira dos 100 a 200 milhões, o filmeco aqui em questão ficou em torno de 10 milhões. Logicamente, a falta de recursos financeiros não permitiu muita coisa.

Sabe aquelas produções em que nada dá certo? Assim se resume essa obra. O roteiro desvirtua por completo a origem do personagem, as cenas de ação beiram a tosquice, a cenografia e trilha sonora são péssimas, a maquiagem do vilão é risível. Aliás, o personagem central praticamente some da película, ele passa maior parte do tempo como Steve Rogers, sem fazer nada de relevante a não ser andar pra lá e pra cá, desafiando a boa vontade de quem se propôs assistir essa bomba e deixando o filme numa pasmaceira sem igual. O uniforme do herói, certamente qualquer fantasia de bloco de carnaval é mais bem confeccionada que essa aqui.Vale frisar o ator central, a nulidade Matt Salinger, totalmente desprovido de carisma e talento. Mas, pelo valor do orçamento, não podia se esperar alguém tipo o Robert DeNiro.

Não sei se a culpa é do diretor Pyun ou do roteirista Stephen Tolkin, mas CAPITÃO AMÉRICA nega fogo em todos os sentidos, com uma trama desinteressante em que pouco ou nada acontece, envolvendo o sequestro do presidente dos Estados Unidos (Ronny Cox) pelo Caveira Vermelha. As cenas de ação são tão escassas que herói e vilão praticamente nem lutam: na maior parte do tempo, é a filha do Caveira  quem sai atrás de Steve Rogers. A bem da verdade, o pobre Capitão passa o filme inteiro tomando tiros e apanhando, e chega a fugir de bicicleta  de uma meia dúzia de capangas.

É uma obra que, hoje, só vale mesmo pelo fator trash e pela curiosidade de ver um herói da Marvel tão maltratado, ainda mais para quem já se acostumou com estas adaptações multimilionárias dos heróis dos quadrinhos feitas atualmente. Para se fazer justiça, a arrecadação total ficou em torno de 2 milhões. Pense num prejuízo...






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