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quinta-feira, 31 de março de 2016

Resenha Cinéfila - Batman vs Superman - Dawn of Justice


Ficha Técnica
Direção - Zack Snyder
Produção - Charles Roven, Deborah Snyder
Produção executiva - Geoff Johns, Christopher Nolan
Roteiro - Chris Terrio, David S. Goyer
Gênero - Ação, Aventura, Ficção científica
Música - Hans Zimmer, Junkie XL
Direção de fotografia - Larry Fong
Figurino - Michael Wilkinson
Edição - David Brenner
Companhias produtoras - DC Entertainment, RatPac-Dune Entertainment , Atlas Entertainment, Cruel and Unusual Films
Distribuição - Warner Bros. Pictures
Lançamentos:
Brasil 24 de março de 2016
Portugal 24 de Março de 2016
Estados Unidos 25 de Março de 2016
Idioma - Inglês
Orçamento US$ 250 milhões
Receita US$ 501,9 milhões  - em 30 de março  Click aqui e acompanhe a evolução da Bilheteria diariamente)


Elenco Vs Personagem/Perfil

Ben Affleck como Bruce Wayne / Batman: Um socialite e bilionário que jurou proteger Gotham City do submundo do crime como um vigilante mascarado.
Henry Cavill como Kal-El / Clark Kent / Superman: Um kryptoniano sobrevivente e um jornalista do Planeta Diário, que protege o mundo sob o pseudônimo de Superman.
Amy Adams como Lois Lane: Uma repórter do Planeta Diário e interesse amoroso de Clark Kent.
Jesse Eisenberg como Lex Luthor: Um jovem empresário que está obcecado em derrotar o Superman.
Diane Lane como Martha Kent: Mãe adotiva de Clark.
Laurence Fishburne como Perry White: O editor-chefe do Planeta Diário
Jeremy Irons como Alfred Pennyworth: Mordomo e amigo de Bruce Wayne.
Holly Hunter como Finch: Uma senadora dos Estados Unidos.
Gal Gadot como Diana Prince / Mulher-Maravilha: Uma princesa amazona e semi-deusa, filha de Zeus.


Após os eventos de O Homem de Aço, Superman (Henry Cavill) divide a opinião da população mundial. Enquanto muitos contam com ele como herói e principal salvador, vários outros não concordam com sua permanência no planeta. Bruce Wayne (Ben Affleck) está do lado dos inimigos de Clark Kent, e decide usar sua força de Batman para enfrentá-lo. Enquanto os dois brigam, porém, uma nova ameaça ganha força. (Sinopse Oficial)


Batman e o Super-Homem sempre tiveram um forte elo de amizade e companheirismo. Em sete décadas e meia, eles sempre estiveram interligados, tanto que, o Batman foi criado derivado do sucesso do Homem de aço. Essa amizade sempre esteve presente tanto nos quadrinhos como nas animações.

Como toda relação, também houveram os momentos de crises, sendo o mais famoso, o embate entre ambos na famosa minissérie do Frank Miller, na qual os dois maiores heróis dos quadrinhos se enfrentaram em uma batalha épica, e nesta o Batman saiu vencedor, (porque recorreu à kryptonita, caso contrário teria se ferrado direitinho). 


Já fazia um  bom tempo que os  chefões  da Warner alimentavam o desejo de reunir ambos os personagens na mesma produção para as telonas, mas a iniciativa nunca fora concretizada. Numa bela ironia do destino, quem acabaria influenciando a produção, seria a concorrente Marvel, ao lançar sua super-produção, Os Vingadores. O filme, lançado em 2012, foi um fenômeno de crítica e bilheteria, arrecadando muito mais de um bilhão  de  dólares, sendo a  terceira maior de  todos  os  tempos. 


A Warner, proprietária da editora DC Comics, ficou maluca em dar uma resposta com o seu super-grupo, a não menos famosa Liga da Justiça. Esse projeto também fazia parte dos planos dos estúdios muito antes dos Vingadores, mas tal qual o encontro entre Batman e Super-Homem, jamais saiu dos anseios. Com a hegemonia da Marvel e o sucesso do seu grupo, lançar a Liga tornou-se questão de honra. O problema porém, foi o mesmo encontrado pelos chefões da Marvel. Lançar o grupo de cara é uma proposta arriscada, uma vez que, não se sabe qual seria a resposta dos fãs de cinema. A própria Marvel esbarrou no dilema, e espertamente lançou filmes-solos com os integrantes do grupo, apresentando-os ao público, e em seguida veio o mega filme. O resultado falou por si. Assim, para a Warner, a coisa seria mais simples, bastava seguir a cartilha. A trilogia do Batman foi um sucesso enorme, e o Super-Homem retornara aos cinemas com o Superman - O Retorno. 


Mas havia uns contratempos,  a trilogia do Batman tinha um tom sério e realista, mesmo com a possibilidade improvável de haver por aí um sujeito vestindo uma armadura assustadora, com equipamentos de última geração, combatendo o crime. Esse tom de realismo não encaixava o Batman daquela trilogia, numa produção reunindo seres super-poderosos. Não tinha como o mesmo personagem interagir, ainda mais pelos rumos que o último filme deu a ele. Para completar, Christian Bale declarou que não retornaria a interpretar o personagem, nem teria mais interesse em qualquer projeto ligado a ele. Outro contratempo foi que o filme Superman - O Retorno, não atingira a meta aguardada pela Warner, mesmo não sendo fracasso de bilheteria. 

A fórmula das produções do herói estava desgastada, seria necessário recomeçar do zero. Entrou em cena mais uma vez ele, Christopher Nolan e seu roteirista David S Goyer. Ambos apresentaram aos chefões da Warner suas ideias para o recomeço do Super-Homem nos cinemas. Os produtores gostaram das ideias, e contrataram o Chris como produtor do filme e o David como roteirista. Zack Snyder, que já tinha experiência com produções do gênero, seria o diretor. Os elementos da era Christopher Reeve foram aposentados e o personagem teve um novo recomeço. Desse recomeço foi nascendo mais uma vez a possibilidade de reunir ele com o Batman na mesma aventura, como uma espécie de prequel do que poderia vir a ser a Liga da Justiça. Na Comic Com de 2013, ao apresentar o trailer do filme O Homem de Aço aos fãs, na entrevista coletiva, numa jogada de marketing, foi anunciada a possibilidade do encontro acontecer finalmente. Os fãs deliraram com a ideia. Restava aguardar como seria a recepção ao novo filme do herói. Não deu outra, quase 700 milhões arrecadados. O sucesso deu o sinal verde para os idealizadores do projeto.
Mal o filme do Super-Homem saiu dos cinemas, foi anunciado que o próximo projeto da Warner seria Batman vs Superman,com um subtítulo que depois seria acrescentado. Como dito, o tom de realismo visto no Batman não encaixava no projeto,nem poderia ser o mesmo Batman que finalizou o último filme. O personagem teria que ser outro, adaptado ao tom da nova produção. Assim, a possibilidade do Chris Bale, que já havia declarado não ter interesse, ficou ainda menos provável. Restou aos produtores ir em busca de um novo rosto para o personagem, e essa busca não demorou a surgir. Pouco tempo depois foi anunciado que Ben Affleck seria o Batman da nova produção. A escolha não agradou aos fãs e gerou muitos protestos, mas os produtores não voltaram atrás e continuaram firmes em sua escolha. Assim, o ator se uniu a parte do elenco do Homem de Aço, e pouco tempo depois do filme sair dos cinemas, a pre-produção se iniciou. 
  
Novidades a respeito da produção não faltaram, e logo, para a surpresa dos fãs, mais um personagem integrou o grupo. Ninguém menos que a famosa Mulher-Maravilha, interpretada pela atriz israelense Gal Gadot. Também passaram a  surgir boatos que outros conhecidos personagens da DC poderiam surgir na obra, como Aquaman e Cyborg, confirmando que realmente a ideia seria o filme abrir caminho para a Liga da Justiça. E não tardou para tal confirmação, pois foi anunciado que, assim que esse filme fosse lançado, com duas semanas se inciarão as filmagens do filme da LIga, com estreia prevista para novembro de 2017. Especulações à respeito do filme não deixaram de existir, e após um certo tempo a sinopse foi finalmente apresentada.

Após os eventos de O Homem de Aço, Superman (Henry Cavill) divide a opinião da população mundial. Enquanto muitos contam com ele como herói e principal salvador, vários outros não concordam com sua permanência no planeta. Bruce Wayne (Ben Affleck) está do lado dos inimigos de Clark Kent e decide usar sua força de Batman para enfrentá-lo. Enquanto os dois brigam, porém, uma nova ameaça ganha força.

O disse-me-disse e a curiosidade em torno do filme foram enormes, e a boataria também. Conversas deram conta que, junto com os custos da produção mais o marketing, o orçamento total ultrapassou a faixa de 450 milhões de dólares, fazendo-o um dos filmes mais caros até hoje da história de Hollywood. Mas o anseio dos fãs é ilimitado, tanto que na venda de ingressos antecipados, foi batido o recorde do primeiro Vingadores. As expectativas que a obra supere a barreira do bilhão são consideráveis. As próximas semanas o dirão.



Sabe quando se cria uma expectativa enorme e ela é banhada por ansiedade, e depois tomamos uma decepção sem limites? É assim que descrevo minha saída do cinema após a sessão desse filme aqui. Aguardado desde o seu anúncio em 2013, quando levou os fãs à loucura, a produção que une os dois maiores personagens da DC Comics é extremamente fraca e mal construída. O filme não tem quase nada digno de louvor. Pode-se afirmar que os principais pontos questionáveis são, primeiramente, o roteiro mal escrito, que simplesmente não consegue criar uma trama divertida ou interessante. O segundo são os personagens. Terceiro, a direção do Snyder. Mas vamos por partes.

O roteiro é extremamente capenga, com tramas e subtramas mal desenvolvidas e inconvincentes. A história não sabe que rumo seguir e se afunda nos dilemas morais que o Super-Homem provocou. A opinião pública e o governo se dividem contra ele. O mundo debate qual sua importância.Temos na outra parte, as maquinações sem causa alguma do Lex Luthor e sua obsessão em jogar os dois heróis um contra o outro,sem um motivo justo para isso. 

Na contramão, a história se perde com o Bruce Wayne e seus demônios pessoais. E o filme vai se arrastando então, com cenas sem graça, um ritmo lento dos diabos, sequências bocejantes de ação, Muita pasmaceira até finalmente culminar no aguardado embate entre os dois personagens, que diga-se de passagem, não acontece de forma satisfatória. E tudo isso numa duração excessivamente longa e sem motivo algum, visto que o filme é sem graça. O assassinato dos pais de Bruce é reconstituído pela milésima vez,sem necessidade para isso. 

Os atos arrastados do filme, que se conclui com uma batalha não muito empolgante entre o trio de ouro da DC contra um conhecido vilão da mitologia do Super, só mostram o quanto se perderam no decorrer da história.Resumindo,o filme é extremamente carente de uma grande cena de ação,que seja sua referência,como foi a cena da invasão a Nova Iorque em Os Vingadores.


Sobre os personagens, Bruce Wayne, agora vivido pelo Affleck, é meio sem sal, mas também não é o desastre que todos esperavam. O Super, do Cavill, é o mesmo visto no filme-solo de 2013, um personagem sisudo, caricato, sem expressão alguma, sempre com semblante tenso e totalmente desprovido de carisma. É bom frisar que ambos não despertam nada no espectador. Incrível, dois ícones da cultura pop serem tratados com tanto desleixo. O Lex Luthor, do Eisenberg, está mais para Coringa. Mal desenvolvido, exagerado, cheio de trejeitos, extremamente falante, é pessimamente construído e inconvincente em suas ações. Em momento algum é ameaçador como se gostaria e suas motivações simplesmente não tem nexo algum. Os demais coadjuvantes só enchem linguiça mesmo. TALVEZ, o destaque seja o surgimento da Mulher-Maravilha nos momentos finais, que levanta a plateia, pena ser mal aproveitada no filme todo.


O diretor Zack Snyder vem se mostrando um tremendo erro para os planos da Warner.J á não tinha se saído bem com o Homem de Aço, que é criticado até hoje, e agora coloca em seu currículo uma bomba ainda maior, que certamente irá lhe marcar até o fim da carreira. Não é qualquer um que tem a chance de comandar uma obra com dois ícones e acaba fazendo um trabalho pífio. O cara não sabe desenvolver a trama, se perde na narrativa, não sabe trabalhar com o elenco ótimo que tem em mãos, as cenas de ação não são bem desenvolvidas. Começo a ver o destino da tão aguardada Liga da Justiça afundar de forma irreversível. Quem sabe os produtores voltem suas atenções para as críticas que o filme vem sofrendo e substituam o Zack a tempo?


Sobre a produção em si,a fotografia do filme é escura demais, tanto que mal conseguimos definir uma cena a outra.A trilha do Hans Zimmer é modorrenta, um de seus piores trabalhos. Os efeitos são legais, mas já vimos trabalhos semelhantes, e isso acaba por ofuscar esses aqui. O corte de uma sequência de ação para a outra é mal feito e o processo de sonorização tenta compensar isso, mas não dá certo.

Queria dizer que o filme tem algo de positivo. Talvez, uma ou outra referência aos quadrinhos, em especial a famosa minissérie oitentista, O Cavaleiro das Trevas, que os fãs que resolverem e vão assistir esse filme, devem perceber de imediato. O Batman é muito mais letal e eficiente em combate que o do Chris Nolan e a ponte que faz com o filme da Liga da Justiça, anunciada para o ano que vem, apresentando aqui alguns personagens clássicos do grupo e algumas cenas que certamente só terão nexo com o próximo filme. Como dito, o futuro da produção pode ser considerado tão tenso como esse filme aqui, visto a recepção que ele vem tendo da crítica e a opinião dos fãs de cinema. Pelo visto a Marvel ainda não irá começar a perder o trono, e para o azar desse filme ,o próximo Capitão América já se encontra em contagem regressiva, e promete ofuscar o concorrente aqui.


Não exagero em afirmar que esse filme desde já é candidatíssimo ao Framboesa de Ouro de 2017. Realmente triste isso, pois esses personagens mereciam algo digno de louvores.

2 comentários :

  1. Leno,
    Sei que vc vai me cozinhar em forno brando...
    kkkkkkkkkkkk
    Porque você sabe o motivo de eu ter gostado do filme!
    kkkkkkkkkkkk
    Embora, eu concorde em gênero, número e grau com cada palavra da resenha.
    Por sinal, Show de bola, viuuuuuu?????

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  2. Eu sou terrível nas previsões....rs.O filme levou sim o Framboesa.

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