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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

M. Irene Cuddel - Porque me Amava XVI


 

…no tudo ou nada que nos separa, está contido um pouco do tudo que nos congrega…

 

Ao chamar a mim o teclado para escrever algo, a indefinição apoderou-se de mim, hoje como tantas vezes em ti, nada tinha a dizer, nada em mim seria merecedora de referência, até tropeçar nesta tua afirmação contida num poema teu que li ao acaso. Hoje existe a verdade do tudo que nos separa, por força da ditas regras da organização social em que nos inserimos, despertei em mim do sono deixando-te dormir, despertando-te apenas num suave beijo, desejando-te um bom aniversario, como se isso em ti fosse possível.

 

Nesse beijo está contida a solidão do tudo que nos une, no chegar a casa e encontra-la ausente de ti, vazia, apenas contendo em si o fruto do nosso amor. Sinto-me vazia, neste momento onde me queria a teu lado.

Queria em mim escutar-te, sussurrar-te o meu dia, pois hoje, compreendo o teu silêncio passado, hoje sei o peso que contigo carregavas, pois hoje partilho-o contigo. Não é fácil, mas hoje partilhamos, o que antes era para um e para o outro entender, hoje comunicamos numa linguagem entendível e diagnosticável pelos dois.

 

…não queria ser como tu lamechas, mas… queria-te apenas aqui… lembras-te? Claro que te lembras, “nesse parco período em que nos encontramos no mesmo tempo, num mesmo espaço, num mesmo desejo, fudemos”. Sim julgo ser isso o que agora queria, sem restrições temporais, sem a responsabilidade do amanhã… nada… apenas te queria em mim, no combate feroz a esta fome que a saudade impõe…

 

…hoje, não como ontem, não como amanhã, hoje fica apenas a saudade de te amar apenas em mim, pois o mundo conspirou na totalidade contra nós… Mesmo assim Escolho Amar-te porque te amas a ti também em mim!

 

M. Irene Cuddel®
 

 

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