Do nada…
Apenas
quieto
Sem
marcações
Partilhas,
considerações
Nada,
apenas palavras inquietas
Solitárias,
vazias, paradas, quietas!
Sem
qualquer chamada de atenção
Ilusão,
despidas, amor, ou paixão
Apenas
palavras, rimando sozinhas
Palavras
grandes, medias, pequeninas
Sem
conteúdo, sem nada, sem poesia
Desprovida
de alma, cheia ou vazia
Será
isto poesia, ou a partilha
Não vale
pelo conteúdo mas pela vasilha?
Será o
rótulo o importante?
O que
chama atenção
Ninguém
lê deveras o que escrito fora
Mas os
olhos encontram tesão
Fisicalismo
sem paixão
Apenas
um chamamento corporal
Se assim
fora, tudo vai mal…
Terrivelmente
mal.
Quero
ser poeta.
Não
alguém que escreve o que não é lido
Mas
alguém que dá tudo acabando vazio…
Alberto
Cuddel®
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