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sábado, 28 de novembro de 2015

Especial Grandes Personagens do Cinema - James Bond, Agente 007... Na Carona do Agente Secreto...

Depois que abordamos sobre todos os intérpretes que deram vida a este Super Agente, mesmo depois de estar na casa dos 50 de existência, depois de várias crises, decepções, surpresas... Ele é capaz de atrair multidões para vê-lo nas telonas espalhadas por todo o globo. O que faz um personagem durar tanto tempo? O que faz tantos outros personagens pegarem carona em seu sucesso? O que faz outros tantos serem influenciados, de alguma maneira, por este Agente Secreto? Poderíamos passar um longo tempo enumerando, mas acreditamos que duas características são fundamentais para que tudo isto aconteça...


Carisma & Mistério

Então, lá vamos nós apresentar as nossas considerações sobre este ponto...

Agradecemos mais uma vez pelos acessos, e com esta postagem encerramos os trabalhos em homenagem ao personagem James Bond, Agente 007. E amanhã, traremos na coluna Nossas Resenhas, o novo filme desta série de sucesso, SPECTRE. 
 

Vamos nos lembrar de alguns filmes que se enquadram no contexto na Carona com 007, começando com os filmes nas telonas...

Cassino Royale - 1967

No auge da Bondmania, nos anos 60, o primeiro romance do Agente Secreto 007 foi adaptado numa paródia. Os direitos do filme para o primeiro romance de Bond de Ian Fleming 'Casino Royale' foram possuídos pelo produtor Charles K. Feldman, completamente fora do alcance das mãos de Albert "Cubby" Broccoli e Harry Saltzman, os produtores da série oficial. Com o nome de James Bond sendo a mercadoria mais quente de possuir na década de 1960, Feldman resolveu  fazer sua própria versão cinematográfica de Casino Royale.  O produtor tentou fazê-lo em parceria com a Eon, mas não teve acordo, e acabou oferecendo para a Columbia Pictures. Sabendo que não tinha como competir com a série oficial ele deu outro rumo. Não seria um filme de ação, mas uma paródia cômica trippy de James Bond. Com um orçamento surpreendente, uma parada de sucessos de estrelas e cinco diretores, depois de uma produção caótica, Casino Royale iria fazer o seu caminho para as telas de cinema, na primavera de 1967.

O elenco foi acrescentado de figuraças, Orson Welles, Woody Allen, Debora Kerr, Jacqueline Bisset , Peter Sellers e David Neven, entre outros nomes de destaque da época. Até Ursula Andress, a maior bondgirl da história da série 007, se fez presente. O filme tenta seguir o gênero da comédia,mas se perde na intenção,o que se vê é uma serie de piadas sem graça que culmina no desperdício de um elenco estelar.

Nesse filme, as coisas estavam decididamente tristes para a Inteligência Britânica. A organização  SMERSH começou a sabotar a estabilidade global, nada menos do que onze agentes foram abatidos, e para piorar as coisas, seu maior agente secreto 007 está desfrutando de sua aposentadoria. M, com os chefões da CIA e da KGB tinham apenas uma esperança, trazer Sr. James Bom (David Niven) de volta da aposentadoria, e recolocá-lo em ação.  Tendo que enfrentar problemas com agentes que se impressionam com mulheres bonitas, um ilusionista (Orson Welles) e um megalomaníaco (Woody Allen), Bond elabora um plano brilhante, de agora em diante, todos os agentes serão chamados James Bond, incluindo as garotas. O especialista no jogo bacará, Evelyn Tremble (Peter Sellers), é escolhido para penetrar no coração da conspiração, mas primeiro ele tem que frequentar a escola de treinamento para James Bond.

Nos dias atuais, o filme não passaria de uma curiosidade, envolvendo o personagem famoso. Os fãs do 007 o ignoram por completo.


007- Nunca Mais Outra Vez - 1983

Esse filme foi o resultado final da batalha entre o escritor Ian Fleming com o diretor e escritor Kevin McGlory, numa disputa por direitos autorais que foi parar nos tribunais e se estendeu até mesmo após a morte de Fleming, atingindo a série de filmes oficiais. No início dos anos 80, o tribunal deu a McGlory o direito de realizar uma produção não-oficial com o James Bond. Lembrando que os direitos oficiais pertenciam ao Mr. Brocolli. McGlory tinha conquistado nos anos 60, os direitos sobre o roteiro de 007 Contra a Chantagem Atômica, filme que acabou sendo realizado pela Eon, produtora da dupla Brocolli/Saltzman. Em um acordo fora dos tribunais em 1963, McClory recebeu os direitos para alguns conceitos e aceitou produzir uma adaptação deste filme para a Eon. O acordo incluía não tentar outra adaptação  por 12 anos.

Após a expiração do prazo em 1976, ele decidiu filmar outra versão, sendo impedido por um processo da United Artists. Nos anos 80, ajudado pelo produtor Jack Schwartzman e pela Warner Bros, conseguiu os direitos sobre os personagens de 007, em um processo sobre a United Artists, sob a condição de que o título do filme não tivesse "James Bond", "007" ou "Chantagem Atômica". A surpresa maior por conta dessa obra, foi o retorno do Sean Connery ao 007, uma vez que ele havia abandonado a série oficial no início dos anos 70, alegando que nunca mais voltaria a interpretar o 007. Justamente por isso, o título original "Never Say,Never Again", uma vez traduzido, se chama "Nunca diga nunca, outra vez", em referência ao próprio ator. No Brasil, foi chamado de Nunca mais Outra Vez.

O filme foi uma espécie de remake do Chantagem Atômica, de 1965. Nesse filme, Bond é enviado a uma clínica de reabilitação para ser avaliado, enquanto o novo diretor do MI-6 resolveu "aposentar" a sessão 00, achando que ela não é mais necessária. Enquanto isso, a temível Spectre retorna à cena mais uma vez (ela não aparecia na série oficial desde 1971), e ameaça o mundo ao se apoderar de duas ogivas nucleares, ameaçando detoná-las caso não seja pago um resgate absurdo. O governo britânico coloca os agentes 00 de volta à ativa, mas é Bond quem, seguindo uma pista, começa a investigar o milionário filantropo Emílio Largo, secretamente um agente da Spectre, e principal articulador do plano.

O filme entrou em cartaz no mesmo ano do 007 Contra Octopussy, filme oficial e penúltimo estrelado por Roger Moore. Na época, os fãs não tiveram do que reclamar, teriam Bond em dose dupla nos cinemas. Eles foram lançados num espaço curto de diferença. O elenco, além de Connery, contou com o veterano Max Von Sydow, e dois estreantes, a deslumbrante Kim Basinger e o comediante Rowan Atkinson.

Na briga pela preferência dos fãs, o filme oficial levou a vantagem. O Nunca Mais Outra Vez como dito, era um remake, os fãs já conheciam a história. A ausência dos elementos icônicos da série oficial (gunbarrel, música-tema, logomarca, abertura clássica) deixaram um certo vazio. A duração foi excessivamente prolongada para uma história que já se conhecia, a ausência de cenas mais bem elaboradas e memoráveis de ação, contribuíram para o filme ficar atrás do concorrente, que foi superior em tudo. Nem mesmo o Connery, de cabelos grisalhos, conseguiu salvar a coisa. Mas a crítica da época até que gostou, e elogiou excessivamente o que não tinha  muitos méritos.

O detentor dos direitos do livro, Kevin McClory tinha planos de fazer uma outra versão do filme (entre os anos de 1991-1994), que seria estrelada por Timothy Dalton e levaria o nome de Warhead 2000 A.D., mas os produtores oficiais da série conseguiram junto a justiça, impedir a realização de novas produções por outros estúdios. O sucesso de Bond após o estouro do 007 Contra Goldfinger, de 1964, deu início a um movimento chamado Bondmania. Os agentes secretos entraram em alta e várias produções tanto para o cinema quanto para a tV correram atrás de pegar carona no sucesso do 007.

Na tv, os principais seriados visivelmente inspirados em James Bond foram...

O Agente de U.N.C.L.E

É uma série de espionagem americana, criada pela Metro-Goldwyn-Mayer para ser exibida na televisão. A série foi ao ar de 1964 até 1968 na rede de televisão NBC, com 105 episódios de 60 minutos cada, totalizando quatro temporadas (a primeira foi em preto & branco). O autor de James Bond, Ian Fleming contribuiu para a criação do show.  A série de humor, aventura e ação, descreve as atribulações de dois agentes secretos, o americano Napoleon Solo e o soviético da Geórgia Illya Kuryakin, em uma agência fictícia de espionagem, a U.N.C.L.E. – acrônimo de United Network Command for Law and Enforcement, (Rede de Comandos Unidos de Lei e Aplicação, em tradução literal), cujo o principal inimigo era a organização criminosa “THRUSH” (WASP no filme piloto).

A série, que contou com a colaboração de Ian Fleming, nos primeiros episódios, ironizava os romances de espiões, então em moda, com recursos e instrumentos mirabolantes, caracterizava-se pelo recrutamento de pessoas comuns para cada missão como forma de fazer com que a audiência se identificasse com as histórias. Um dos integrantes do elenco foi o ator Robert Vaughn. Recentemente o seriado recebeu sua primeira adaptação para o cinema, sendo esta, coincidentemente, interpretada pelo ator  Henry William Dalgliesh Cavill, que foi cogitado para substituir Pierce Brosnan no papel de 007, quando chegou ao fim do seu contrato.

Agente 86

Tudo deu início com o sucesso dos filmes de James Bond na década de 1960. Os produtores Leonard Stern e Dan Melnick, associados a Mel Brooks e Buck Henry, idealizaram uma série de TV cômica com os mesmos temas, espionagem e Guerra Fria. O herói se chamava Maxwell "Max" Smart e, interpretado por Don Adams, atuava para uma organização secreta chamada C.O.N.T.R.O.L.E. Esta possuía, como missão, combater a organização criminosa K.A.O.S., que durante um período foi comandada por um agente nazista de sotaque alemão. Smart possuía como código o número 86, e era auxiliado por uma bela agente cujo número era 99. Costuma-se dizer que era a agente 99 quem resolvia tudo, e Smart ficava com os créditos (embora essa versão seja um pouco exagerada, na realidade, o agente 86 resolvia tudo, mas do seu jeito atrapalhado).

Assim como James Bond, Smart tinha uma série de equipamentos especiais como o sapato-fone, e a parede invisível de sua casa. Além disso, havia o impagável cone do silêncio, que ele usava para conversar com o chefe sobre assuntos sigilosos, mas sempre apresentava algum problema, geralmente um não podia ouvir o outro, e às vezes podia se ouvir de fora, mas não entre eles. Muita gente pode até não acreditar que Smart é competente, devido a sua grande ingenuidade, natureza desastrada e ocasional falta de atenção. Mas, apesar desses defeitos, Smart provou mas de uma vez ser engenhoso, hábil no combate de corpo-a-corpo, proficiente atirador e incrivelmente sortudo.
Agente 86 durou cinco temporadas, de 1965 a 1970, ganhando sete prêmios Emmy, dois para seriado cômico, e três para Don Adams. Foram produzidos cento e trinta e oito episódios de vinte e quatro minutos. Em 2008 o personagem ganhou também uma adaptação para o cinema. No cinema, a série James Bond também foi copiada à exaustão. Entre os inúmeros que foram influenciados na fórmula do espião britânico, podemos destacar as seguintes produções

Operação Dragão - 1973

Quem diria... Até o mítico Bruce Lee pegou carona no 007. No maior clássico do gênero marcial, Lee torna-se um agente secreto à pedido do governo inglês. Sua Missão é infiltrar-se no torneio marcial do Sr. Han, um misterioso chinês que anualmente promove uma competição com os maiores lutadores do mundo, cuja finalidade é recrutar representantes para seu comércio de distribuição de ópio no ocidente. Bruce deve encontrar as provas para que as autoridades possam prendê-lo.

O filme foi produzido e distribuído pela Warner Bros. A influência da série 007 se faz presente, o vilão, Sr Han, é uma mistura de dois clássicos vilões bondnianos, Dr No (de 007 Contra o Satânico Dr No) e Blofeld, o maior vilão da série James Bond, com direito ao gato persa e tudo mais. Os subterrâneos do esconderijo do vilão é uma mistura das ilhas do Dr No, e Sr. Kananga, vilão de Com 007 Viva e Deixe Morrer.

Quadrilogia Indiana Jones - 1981 a 2008

Um dos maiores heróis do cinema, ao ponto de rivalizar com o próprio 007, foi outro a pegar carona na fórmula do espião inglês. Steven Spielberg, co-criador do Indiana, é fã confesso do 007, tanto que no início da carreira, queria dirigir uma produção do personagem, chegando até mesmo a contactar o produtor Albert R Brocolli, porém, sempre foi esnobado. Spielberg, mesmo, confessou anos depois que se inspirou bastante na série James Bond, para não somente criar a personalidade do Indiana, mas também a produção em si. Para maiores detalhes, consulte as postagens do personagem nessa mesma coluna, procure entre as postagens antigas.

A franquia do arqueólogo segue um padrão parecido:inicia com o herói metido em alguma aventura à parte, para em seguida vir a trama principal, tal qual o 007. As aventuras se desdobram em várias partes do mundo, com o Dr Jones sempre acompanhado por alguma beldade, e auxiliado por um amigo ou outro. Para viver o pai do Indiana, no terceiro filme da série, Spielberg de imediato convidou Sean Connery, justamente pelo desejo de dirigir um 007. Por sua vez, a série do Indiana também influenciou bastante a do 007.

Espião Por Engano - 1991

Esse aqui é uma paródia descarada do 007. A história gira em torno de um jovem estudante americano (Richard Grieco) que parte em uma viagem de estudos, pela França, acompanhado de sua professora de francês.  
Confundido com um agente especial, acaba se envolvendo em uma complicada trama, perseguido por vários agentes de países da Comunidade Econômica Européia, e criando confusões para muitas autoridades. Sua maior ameaça é uma terrível agente, cheia de truques desconcertantes. Seguindo a linha ação/comédia, o filme copia na cara dura todos os elementos do Bond. Vilões megalomaníacos, comparsas exóticos, assassinos excêntricos, com direito a locações belíssimas, garotas deslumbrantes e festas com trajes de smokings e muitas gadgets (aqueles equipamentos mirabolantes). Junte ao caldo, um carrão cheio de apetrechos. A diferença é que o personagem central é um mala sem alça que entra de gaiato na trama, sem ter experiência alguma para lidar com a situação.

Austin Powers - 1997 a 2002

O filme é uma paródia dos primeiros filmes de James Bond (particularmente aqueles estrelados por Sean Connery), bem como de outros filmes de espionagem da década de 1960. Foi escrito e estrelado pelo comediante Mike Myers. O alvo da paródia é realmente o 007, tanto que nos dois filmes seguintes, os títulos fazem referência aos filmes passados do Bond. Até alguns vilões clássicos como Blofeld. Odjob  e Goldfinger recebem sua versão cômica. Na década de 1960, o agente Austin Powers foi congelado, depois que seu maior inimigo, o Dr. Evil, fugiu em uma nave espacial. De volta aos anos 90, o agente e seu inimigo voltam a se enfrentar e, ao mesmo tempo, têm que se adaptar aos novos tempos.

Triplo X - 2002

Outra produção que se apodera dos elementos bondianos sem a menor vergonha. A comparação é vexatória, tanto que o protagonista, nosso conhecido Vin Diesel (Velozes e Furiosos), ficou constrangido nas entrevistas de divulgação, ao ser comparado ao 007. Ele desconversou e disse que o Bond "sempre será o rei dos espiões".

Xander Cage (Diesel) é um fora da lei campeão de esportes radicais, forçadamente contactado pelo agente da NSA, Gibbons (Samuel L jackson), que o recruta para uma série de testes do governo. Vendo que ele é a pessoa certa, Gibbons escancara sua missão, infiltrar-se em um grupo terrorista chamado Anarquia 99, que pretende detonar uma bomba biológica em várias cidades do mundo. Recebendo o codinome Triplo X, ele terá o perdão, caso consiga deter o grupo. O filme tem de tudo, carrões especiais, equipamentos de fazer inveja ao próprio Bond, vilões genéricos, tudo que já vimos na série 007. A diferença é que o herói dessa descaração total não convence ninguém, passa longe do glamour de Bond, se veste mal e se hospeda em espeluncas. Curiosidade, seu codinome é o mesmo de uma famosa espiã da franquia 007, a Major Amasova, agente Triplo X, de 007 - O Espião Que Me Amava.

Johnny English - 2002

Outra paródia do 007, estrelada pelo comediante Rowan Atkinson, que curiosamente, já contracenou com o próprio Bond, no filme não-oficial, 007 - Nunca mais Outra Vez.

Johnny English (Rowan Atkinson) é um modesto administrativo que trabalha na agência MI7, e é promovido repentinamente a super espião depois do Agente Uno ser assassinado, e todos os outros agentes morrerem em uma explosão durante o seu funeral. Agora, Johnny tem como missão investigar o misterioso roubo da coroa e jóias reais inglesas, e contará com seu assistente, o agente Bough, para ajudá-lo nesta missão. Os principais suspeitos são Lorna Campbell, uma sedutora espiã; e Pascal Sauvage (John Malkovich), um misterioso empresário Francês. Johnny precisa descobrir a verdade sem ferir o orgulho nacional, nem seu Aston Martin. No Caminho, o desastrado agente secreto encontrará outros suspeitos e aliados ao caso do roubo das jóias, enquanto tenta se virar das maneiras mais cômicas, inusitadas ou até estúpidas a fim de encontrar as provas certas para resolver o caso e salvar a nação que ama.
O filme fez sucesso e rendeu a sequência, O Retorno de Johnny English. Detalhe, os roteiristas são a dupla Robert Wade e Neal Purvis,bnada menos que os atuais roteiristas da série 007.bNa época, já contavam com dois filmes do Bond no currículo.

Kingsman - Serviço Secreto & A Espiã Que Sabia De Menos - 2015


Estes dois filmes são os mais recentes a se apoderarem da fórmula do Bond. No primeiro, conhecemos Eggsy, que  é um jovem com problemas de disciplina, cujo pai no passado, foi secretamente um integrante da Kingsman, uma misteriosa organização secreta de espionagem, totalmente desconhecida e sem registros. O pai do garoto morreu em missão, salvando a vida de Harry (Collin Firth), um dos mais graduados agentes desse grupo. Acontece que, com a morte de vários agentes, os mais experientes recebem o dever de escolher alguém para passar por treinamento, ser avaliado e ingressar o grupo. Os anos passam, e Harry escolhe Eggsy, que desconhece a verdade sobre a morte do pai. O jovem ingressa com outros recrutas, aguardando uma vaga, enquanto Harry passa a investigar o excêntrico Valentine (Samuel L Jackson, ele de novo), que para variar, é um milionário megalomaníaco com planos de conquistar o mundo.

Mesmo seguindo um padrão um tanto diferente, o filme segue também os moldes da série do 007, a começar pelos vilões excêntricos e os agentes secretos. Harry é um cavalheiro refinado, elegante, sempre impecável em seu terno de linho, de nacionalidade britânica, e um dos melhores agentes da Kingsman. O vilão é um figuraça, Jackson se diverte, é nítido. Não por menos, o próprio James Bond é citado duas vezes no decorrer da trama. Basta conferir o filme e tirar suas conclusões sobre a influência do 007.

No segundo título, mais voltado para a comédia (embora não tenha absolutamente nada de engraçado), a personagem central é Susan Cooper (Melissa McCarthy) uma despretensiosa analista de base da CIA, e heroína não reconhecida por trás das missões mais perigosas da Agência. Mas quando seu parceiro (Jude Law) sai da jogada, e outro agente (Jason Statham) fica comprometido, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de um traficante de armas mortais, e evitar um desastre global.
Não precisa se assistir muito para ver o quanto o filme tomou emprestado do agente britânico. Ao começar pela canção-tema na abertura, e uma sequência de situações que já cansamos de ver o Bond encarar, fora os vários elementos que são recorrentes em sua franquia. Sendo que aqui, a protagonista é mais uma a se meter numa situação acima de suas capacidades, e conta com a sorte (e a idiotice) dos seus oponentes para se safar.


Missão Impossível 4 - Protocolo Fantasma - 2011


A série Missão Impossível sempre teve sua identidade, mas até mesmo o agente Ethan Hunt se rendeu ao Universo Bondniano. Em sua 4ª aventura, Tom Cruise & Cia utilizam as mais variadas gadgets, invadem festas, com Cruise vestido impecável no ajustado smoking, desfilam em carrões último tipo, e se desdobram em várias partes do mundo.

A missão, impedir um extremista conhecido como Cobalto de se apoderar de códigos de lançamento de ogivas nucleares, as quais ele pretende detonar nos USA, levando o país à uma guerra contra a União Soviética. 


Os maiores concorrentes de James Bond

Depois desta visão panorâmica dos filmes e séries de TV que, literalmente, pegaram carona no "Jeito Bondniano" de ser, chegamos à conclusão de que o Agente 007 foi e continua sendo um dos personagens mais influentes do cinema. Isso não significa que ele está sozinho em seu gênero. Ao longo das décadas, outros espiões e agentes secretos também dominaram as telonas e conquistaram suas legiões de fãs, e aqui, destacamos três destes.

Ethan Hunt - Série Missão Impossível -1996 a 2015

Este também foi um personagem que destacamos nesta coluna, e na coluna Nossas Resenhas, no mês de agosto, face ao lançamento do seu mais recente filme, Missão Impossível 5 - Nação Secreta. Quem não viu, vale à pena conferir as quatro postagens que compartilhamos aqui no nosso Blog, basta clicar nos links, a seguir.

Ethan Hunt - A Origem

Missão Impossível 1 e 2


Missão Impossível 3 e 4


Resenha Cinéfila - Missão Impossível 5 - Nação Secreta 


Um dos maiores agentes secretos dos últimos anos a ganhar as telonas, Ethan, é o principal integrante da IMF (Força Missão Impossível). O personagem é interpretado por um ícone dos cinemas, o super-astro Tom Cruise.

O que ele tem a seu favor?

Ethan notabilizou-se em realizar tarefas altamente arriscadas, encarando situações que fariam o próprio 007 pensar duas vezes. Ele é especialista em disfarces, consegue assumir a identidade e se passar por qualquer pessoa, é especialista em combate corporal, no uso de armas e um brilhante estrategista. Altamente dedicado à missão que lhe oferecem, não conhecendo limites até conclui-las.


O que pesa a favor de 007?

Ethan não age sozinho, ele conta com uma equipe de apoio formada por mais de 3 agentes em todas as suas missões, que lhe dão suporte com informações, recursos tecnológicos, armamentos e tudo mais que possa lhe auxiliar. Já o Bond trabalha sozinho, quando muito, recebe a ajuda de algum(a) outro(a) agente, mas 80% de suas missões ele resolve sem contar com apoio algum, salvo as traquitanas criadas pelo Setor Q. As ameaças enfrentadas por ele são muito maiores  ou equivalentes a encaradas por Ethan, porém os vilões que encaram o James são muito mais perigosos.


Jason Bourne -Trilogia Bourne - 2002 a 2010 

Se existe um sujeito que nos últimos anos colocou em risco o reinado de Bond, esse responde pelas mesmas iniciais: JB - Jason Bourne. O personagem, também derivado da literatura, e suas produções para o cinema não seguem o padrão das tramas mirabolantes e os vilões megalomaníacos. Porém, trouxe um padrão de realismo ao gênero sem precedentes, e influenciou como não se via há bastante tempo, de tal forma que a própria série do 007 se viu obrigada a seguir este novo padrão. Quem interpreta o personagem é outro nome influente no cinema, o ator Matt Dammon.


E já vamos informando que este personagem já está com um novo filme a caminho...


O que ele tem a seu favor?

Bourne é um ex-agente ligado à CIA, que patrocinara um programa secreto chamado Treadstone, cujo intuito seria formar agentes perfeitos para missões de assassinatos. O programa não existe mais, e para queimar arquivo, os antigos dirigentes decidem eliminar o rapaz.

Fluente em diversos idiomas, ele também possui conhecimento em diversas técnicas de combate. Sofre de amnésia após abortar uma missão. Na busca por sua identidade, se depara com pessoas que querem eliminá-lo. Bourne é uma arma que custou cerca de 39 milhões para o governo Estadunidense. Apesar da memória falha, ele possui um instinto de sobrevivência apurado. É um exímio atirador, sabe como ninguém despistar seus oponentes, e no combate corporal é temível.


O que pesa a favor do 007?

Bourne não encara ameaças à paz mundial em seus filmes, ele corre atrás de respostas em relação ao seu passado ao mesmo tempo em que se desvencilha das pessoas enviadas para eliminá-lo. Nisso se resume sua passagem pelo cinema. Ele passa longe do estereótipo de glamour do agente britânico. Um dos diretores da franquia 007 chegou até a desdenhar da comparação em relação aos personagens, afirmando que "Bourne não passa de um sujeito desmemoriado vagando pela Europa". Entretanto,não há como negar que se tornou um dos mais célebres personagens do gênero da última década.
Bryan Mills - Trilogia Busca Implacável - 2008 a 2014

Não se pode considerar o personagem ao mesmo nível dos citados anteriormente, mas ele se tornou bem conhecido dos fãs de cinema nos últimos anos, tanto que estrelou uma franquia de enorme sucesso de público. O personagem surgiu em 2008, interpretado pelo famosíssimo Lian Neeson.

O que ele tem a seu favor?

Bryan é um ex-agente aposentado, que tenta agora recuperar o tempo perdido longe da família, se reaproximando da ex-esposa e filha. Quando a garota é sequestrada, ele mostra do que é capaz. Bryan poderia até ser uma versão mais velha do Bourne. Ele é altamente sagaz, eficiente no combate corporal, lida muito bem com armas de fogo, e é implacável quando se determina em alguma coisa.

O que pesa a favor do 007?


Bryan como dito, está aposentado, ele só entra em ação quando exigido e por motivos pessoais. No fator idade, é alguns anos bem mais velho que Bond. E se ele poderia se sair tão bem e encarar as missões do espião inglês,jamais saberemos.



Um comentário :

  1. Leno,
    Vc é uma verdadeira enciclopédia Cinéfila
    Aprendi montes de coisas sobre 007.
    Show de bola

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