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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Especial Grandes Personagens do Cinema - James Bond, Agente 007 - Com licença para Matar, Daniel Craig

Pierce Brosnan deixara a série num patamar de glamour e alerta. Em sete anos à frente do personagem, ele recuperara o prestígio e popularidade do agente secreto que fizera da série mais uma vez campeã de bilheteria, com pouco mais de um bilhão arrecadado por seus quatro filmes. Entretanto, a série apresentava um sinal de desgaste em sua fórmula, mesmo o último filme tendo arrecadado a maior bilheteria até então de toda a franquia.
Brosnan despediu-se do personagem tendo conquistado os fãs em todas as partes do mundo, seria então, um desafio encontrar um substituto à altura. Como no passado, a escolha do novo 007 não foi fácil. Houve uma enorme especulação em torno de nomes famosos, não-famosos e outros totalmente desconhecidos do público, ams a especulação maior foi em torno dos famosos. Nomes como, Hugh Jackman, Clive Owen (o mais cotado até então), Ewan McGregor, Colin Farrel e até mesmo Tom Cruise foram cogitados. Quem passou perto de ficar com o personagem foi o Henry Cavil, hoje, famoso por interpretar o Super-Homem, mas na época com 22 anos, acabou sendo dispensado. Foram dois longos anos de ansiedade para os fãs finalmente saberem da resposta, quem será o novo James Bond?
Enquanto isso, rumores sobre o futuro da série começaram a surgir. Os produtores anunciaram que o próximo filme seria a adaptação do primeiro romance escrito por Ian Fleming, o Casino Royale, e o diretor seria o Martin Campbel, que dirigira 007 Contra GoldenEye. Atentos às críticas sofridas pelo filme de despedida de Brosnan, os produtores e roteiristas decidiram então dar uma aparada nos excessos e na fórmula. O novo filme seria uma espécie de prequel, mostrando as origens do James Bond, sua primeira missão como agente secreto, após ser alçado a condição de 007. Os efeitos e CGi foram descartados, o filme seria uma produção "à moda antiga", sem os exageros gráficos. A megalomania e a ação mirabolante cederiam lugar a uma trama mais condizente com a realidade.
Por fim, o mistério da identidade do novo 007 chegou ao fim, em outubro de 2005. Correndo por fora, um azarão, assumiu a ponta da tabela, o semi-desconhecido Daniel Craig. Nascido em Chester, Inglaterra, em 1968, ele seria o segundo ator britânico a interpretar o James Bond.
 
A reação dos fãs e crítica foi imediata. Todos repudiaram a escolha e se sentiram frustrados, especialmente por acreditar que um nome mais famoso iria dar vida ao herói. 


Como se não bastasse, os produtores resolveram polemizar, escalando o primeiro Bond loiro da série, quebrando o estereótipo dos intérpretes. Iniciava-se então uma caçada implacável por parte dos fãs ao Daniel Craig, que de cara, enfrentara um alto índice de rejeição. Sites foram criados, convocando os fãs a repudiar e pressionar os produtores a escalar um novo nome e boicotar o novo filme. Para completar, as notícias davam contas que a nova produção não apresentaria os elementos e alguns personagens clássicos da série, Bond retornava totalmente reciclado. Era o estopim final da revolta dos fãs. Dificilmente um filme do Bond estreara carregado de tanta tensão em relação ao seu futuro.

Para a surpresa geral, 007 - Cassino Royale (2006) estrelara debaixo de críticas super-positivas ao conjunto da obra, e em especial a atuação do Craig. O novo ator se despedira do charme, cinismo e glamour do agente secreto e apresentara um Bond mais frio, cruel e implacável, como os fãs jamais tinham visto. Essa nova caracterização rendeu enormes elogios e comparações, muita gente afirmou que Craig resgatava a presença do Sean Connery em sua interpretação. Surgiram até boatos de uma possível indicação ao Oscar. Até um dos mais famosos intérpretes do herói, o Roger Moore, se rendera ao filme e seu novo astro. O sucesso foi tanto, que o filme chegou a arrecadar a maior bilheteria até então da história da série, quase 600 milhões de dólares, um recorde absoluto. Entretanto, houve quem rejeitasse o novo Bond, afirmando que o ator jogou no lixo mais de quatro décadas do personagem, que seu Bond era um troglodita usando o nome famoso e que ele era uma cópia de um outro personagem de ação que marcara o cinema no início desse milênio, Jason Bourne.

Craig retornou em 007 - Quantum Of Solace (2008), que era uma sequência direta do Cassino Royale. Martin Campbel, um dos principais responsáveis pelo sucesso do filme anterior, preferiu não retornar, e a direção ficou a cargo do conhecido Marc Foster. Os produtores decidiram que a série não seria mais comandada por nomes inexpressivos, que tanto marcaram a era Brosnan. A ansiedade dos fãs pelo novo filme foi enorme, principalmente por conta do sucesso da produção anterior. Mas o segundo filme da era Craig não empolgou muito, apesar do orçamento inflado de 200 milhões, o maior então de toda a série, com locações por mais de 5 países. Um dos pontos negativos foi a greve dos roteiristas, que prejudicou a conclusão do roteiro, tanto que segundo contam, o próprio Craig escreveu algumas sequências para concluir a obra. Se faltou uma trama mais bem desenvolvida, sobraram cenas de ação desenfreada. A crítica e os fãs se dividiram, mas novamente a bilheteria foi impressionante, mais de 586 milhões arrecadados.

Veio então um novo hiato na série, de 3 anos, dessa vez por conta dos problemas financeiros da MGM, estudio que bancava as produções. Bond retornaria em 007 - Operação Skyfall (2012), filme que marcaria de vez a famosa série do agente secreto. Os atrasos beneficiariam o fator que o roteiro seria melhor trabalhado, um bônus, uma vez que o filme anterior sofrera com a greve dos roteiristas. Para a direção, foi escalado o primeiro diretor oscarizado de toda a história da série, Sam Mendes, que iria realizar um trabalho excepcional. O filme foi lançado justamente no ano em que Bond comemorava 50 anos de sucesso nos cinemas.


Os produtores não pouparam esforços para comemorar com glamour o cinquentenário do grande herói de ação. Craig retornava em seu terceiro trabalho como James Bond, e dessa vez ele calaria boa parte dos seus críticos (ao menos em parte). Dessa vez o talentoso ator incorporou em 007, os elementos que o fizeram um ícone dos cinemas. Mais seguro com o personagem e ainda mais à vontade, Craig segura a produção de forma competente, que ainda por cima, resgata os personagens clássicos que tanto fizeram falta nos filmes anteriores. Unindo o roteiro à uma direção espetacular, um vilão memorável, e que chega inclusive,  a roubar a cena, uma fotografia espetacular, locações e cenários deslumbrantes, unidos a um elenco coadjuvante perfeito, e uma canção-tema belissíma, interpretada pela cantora Adele, Skyfall assombrou até mesmo os produtores com o que viria a alcançar.

Ao ser lançado, deslumbrou a crítica ao redor do mundo, que se rasgou em elogios ao novo filme. A bilheteria falou por si, mais de 1 bilhão,108 milhões ao redor do mundo. A maior de toda a história da série. Na temporada de premiações, levou prêmios importantes, 2 Oscars, de melhor canção e edição de som, Globo de Ouro de melhor canção, 2 Baftas de melhor filme britânico, e a melhor trilha sonora, entre outras premiações menores. Muitos críticos afirmaram se tratar do melhor filme do 007 em seus 50 anos, fato contestado pelos fãs, que consideram títulos passados, à frente desse aqui. Entretanto, é sem dúvida alguma, o de maior diferencial em toda a história da série.

No início do mês, Daniel voltou à interpretar, pela quarta vez, o agente secreto, em 007 Contra Spectre, aquela que é sem dúvidas, a maior produção já vista para este personagem. Segundo contam, o orçamento foi de 300 milhões. O elenco é estelar, com destaque para o duas vezes vencedor do Oscar, Cristoph Waltz, a atriz Monica Bellucci, o talentoso Ralph Fiennes e Sam Mendes que mais uma vez comanda o filme da série.

Rolam boatos que poderia ser o último filme do ator como 007, já que o seu contrato era de quatro filmes. Outros, que ele tem contrato para mais 2 filmes. Em entrevistas antes do lançamento, ele afirmou que não voltaria mais, de forma alguma, a interpretar o Bond. Já o produtor Michael G. Wilson afirmou que gostaria de tê-lo em uma quinta produção. Então, podemos afirmar, somente o tempo será o senhor deste impasse, uma vez que nesta série, as reviravoltas são tão gigantes e inesperadas.


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