Resenha Cinéfila - Filmes Esquecíveis do Cinema - Desafio Mortal

Ficha Técnica

Título Original - The Quest

Título Brasil - Desafio Mortal

Pais - Estados Unidos

Lançamento - USA - 1994 > Brasil - 1996

Duração -  94 min 

Direção - Jean-Claude Van Damme

Roteiro - Graham Yost

Género - Artes Marciais, Ação, Suspense

Idioma - Inglês

Elenco

Jean-Claude Van Damme como Christopher Dubois

Roger Moore como Lord Edgar Dobbs

Janet Gunn como Carrie Newton

James Remar como Maxie Devine

Jack McGee como Harry Smythe

Aki Aleong como  Khao

Abdel Qissi como Khan (lutador mongol)

Louis Mandylor como Riggi

Chang Ching Peng Chaplin como Master Tchi

Ryan Cutrona como Oficial O'KeefeDesafio Mortal

Sinopse

Christopher Dubois (Van Damme) é um artista de rua em Nova York que se dedica a proteger um grupo de crianças pobres que sobrevivem cometendo pequenos delitos. Mas ao roubarem uma maleta de dinheiro, Dubois fica em maus lençóis e tem de fugir. Acaba caindo num navio que está zarpando para o Oriente. Em alto mar, saqueados pelo vigarista Lorde Dobbs (Roger Moore), Dubois é vendido para Khao, um mestre de luta livre. numa terra desconhecida, Dubois transforma–se em exímio lutador. Seu grande objetivo: vencer o Ghang-gheng, um campeonato secreto que reúne os maiores lutadores do mundo. Agora é uma questão de honra e Dubois está disposto a tudo.

Comentários

Nos anos 90, o ator-lutador Van Damme era um nome badalado no cinema e tinha uma legião de fãs ao redor do mundo. Entretanto, sua carreira era marcada pelos filmes de baixo orçamento e originalidade nunca foi o forte. As equipes técnicas que trabalhavam em seus projetos eram fraquinhas, os coadjuvantes só enchiam linguiça e os roteiros eram somente mais do mesmo.

O belga seguia praticamente uma fórmula na maioria de seus filmes. Seu personagem sofria, comia o pão que o capeta amassou, apanhava para valer, enfrentava adversários mais fortes e no fim se superava, salvando a pátria. Mas desde que alçou o estrelato, Van Damme tinha um projeto pessoal:lançar o filme que,segundo ele, seria a concepção máxima do gênero marcial. Tanto que por anos ele vinha desenvolvendo o roteiro e idealizando como seria esse filme. E sempre declarava que seria o melhor filme marcial de todos os tempos. Por fim, intitulado como The Quest, o tal alardeado projeto ganhou forma. Não contente em ser o protagonista e roteirista,ele ainda se aventurou na direção. Seria sua única experiência como diretor.

Naquele tempo, como dito, Van Damme gozava de prestígio, e seus filmes levavam público para as salas de exibição. Porém, o que se viu, não foi mais que um remake de um de seus primeiros sucessos, O Grande Dragão Branco.

A fórmula do filme era praticamente a mesma. O roteiro era até divertidinho, mas deixava aquela sensação de déjà vu, com repetições de situações que os fãs do figura já tinham cansado de ver em obras anteriores. Van Damme reuniu uma dezena de lutadores de várias modalidades, inclusive a capoeira, representando o Brasil, mas as cenas de combates eram pífias e pouco impressionavam. O vilão-central era um belo mala-sem-alça,inconvincente do começo ao fim. Os golpes do personagem do Jean Claude eram mais manjados que notícia de corrupção envolvendo políticos. Nem o seu carisma conseguiu salvar a obra do tédio absoluto.

Do elenco,vale destacar o ex-007, Roger Moore, cujo personagem rende os momentos de humor da péssima produção, um dos pouquíssimos pontos positivos. No mais, o filme que ele tanto alardeava como o filme definitivo de artes marciais, não passou de um pipocão de fim de semana mesmo. Foi também o seu último filme inteiramente marcial. Nos anos posteriores, tornou-se outra atração da sessão da tarde.