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domingo, 23 de agosto de 2015

BDSM Society - O Prazer nas Relações D/s

O que todos nós buscamos em nossas vidas? O que faz com que você levante todos os dias da cama para enfrentar os desafios do seu cotidiano? O que esperamos encontrar no fim do arco-íris? O que a luz no fim do túnel irá nos mostrar? Alguns poderiam dizer que a riqueza é o que move o homem; Outros diriam que a luxúria, afinal essas duas são primas bem próximas. Outros poderiam dizer que é o amor. Sim, o amor. No fim, o teremos será apenas o amor. Se continuarmos a perguntar, o leque de respostas aumentaria exponencialmente. Afinal, mesmo que algumas respostas possam se repetir, cada pessoa tem a uma forma única de ver a vida.

Se tais perguntas fossem feitas para mim, a resposta para elas seria apenas uma: o Prazer. Sim. Isso mesmo. O prazer é o que buscamos e é o que nos motiva a viver cada dia.

O ser humano – pelo menos aqueles que têm consciência de sua breve existência-, busca ser uma pessoa melhor, com mais sabedoria e com mais respostas para os desafios que a vida deixa diariamente a sua porta, e nesse Ultimate Fighter da vida real, busca também sentir muito prazer com as suas realizações e conquistas. O prazer move a humanidade e a modifica. Seja esse prazer qual for. Isso é o que todos buscamos e eu vou explicar-me.
Mas primeiro vamos saber o que é o prazer…
 
Prazer vem do latim placere é uma sensação de bem-estar. Uma pessoa pode ter prazer sem demonstrar alegria e vice-versa. Mas, socialmente, as pessoas costumam demonstrar alegria ao sentir prazer. Em geral, o prazer é uma resposta do organismo ou da mente indicando que nossas ações estão sendo benéficas a nossa saúde. O prazer pode ser atingido através de várias maneiras, tais como praticando exercícios físicos, comendo, tendo relações sexuais, escutando música, lendo, conversando, trabalhando etc. A dor, que é, geralmente, tida como oposta ao prazer, pode servir como fonte de prazer para algumas pessoas, num fenômeno conhecido como masoquismo. Já o prazer obtido pela dor de outras pessoas é um fenômeno conhecido como sadismo. (Wikipedia)

Como vocês podem ver, o prazer está mais presente em nossas vidas do que o amor, afinal, creio eu, que comer não tenha nada a ver com amor. Comer é essencial para a nossa sobrevivência e isso faz com que o ato de mastigar e engolir seja muito mais prazeroso do que ficar tanto suspiros pensando na amada ou amado. Se paramos para pensar e analisar o que foi escrito, amar é um tipo de prazer. A sensação de ter dinheiro também é uma sensação de prazer.

Se quisermos algo que será possível de se ter apenas no fim do dia, por exemplo, por mais que tenhamos várias atividades para realizar, reuniões profissionais para ministrar, inevitavelmente iremos pensar naquele “prêmio“, seja nos intervalos das reuniões, seja naqueles momentos que você estiver sozinho ou não. E sabe por que? Porque a nossa vida é movida pela percepção do prazer conquistado, aquela sensação de segurança e satisfação. Porque o que nós buscamos, independe de nossas experiências de vida e credos, é a sensação de recompensa. O prazer é recompensa que alimenta nossas almas e faz com que tenhamos mais ânimo para seguir em frente. Seja pelo que desejamos, seja pelo que lutamos para ter.

Agora vamos trazer esse pensamento sobre o que é prazer para o nosso universo. Para a decepção de alguns, aqui não é diferente. O prazer é o principal pilar de sustentabilidade de uma relação D/s e também é o que a move. Eu fico abismado quando leio em algum blog ou em um(a) perfil/Comunidade do Facebook, textos afirmando que submissas não podem sentir prazer, que apenas o Dominador “tem” esse direito. É algo tão sentido como dizer que “Cinquenta Tons de Cinza” é trilogia que representa o verdadeiro BDSM. É absurdo fazer tal afirmação!!
 
Se o que nos move é ter aquela sensação de recompensa e de satisfação, podemos dizer que todos nós que estamos nesse universo do BDSM sentimos algum tipo prazer. Seja dando ordens ou obedecendo. Seja por por prática light ou hard. A forma e a intensidade é algo que cada um de nós sentimentos, independente de estamos em uma relação ou apenas observando as relações de outros praticantes. Sendo o amor uma forma de prazer, é equivocado (na minha opinião) dizer que ele não pode fazer parte de uma relação D/s. Discordo dessa linha de pensamento porque, além de cada relação ser única, os indivíduos que também são independentes, podem sentir e vivenciar algo que possa ultrapassar a entrega física, chegando há algo mais profundo como o amor, a dedicação e a devoção absoluta.

O Dominador deixando claro que é o responsável por dar e permitir que sua peça sinta prazer. Ele faz com que ela se sinta única, nascendo com o tempo, sensações como confiança, cuidado, integridade, compreensão, intimidade, admiração e amor. Esta magnífica troca entre Dom e submissa nada mais é do que um significado oculto sob a palavra prazer.

por Lucius Ghostwis
Texto Disponibilizado na Comunidade BDSM Society
 




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