Sou brasa adormecida,
mil vezes amortecida.
Por sentimentos passados,
vividos e amados.
Sou o sul sem o norte,
sem o prumo que o aporte.
Sou a indefesa anarquia,
que sempre te procurava e queria.
Sou a alucinação,
que perdeu a razão.
Sou o raio de luz derradeiro,
que um dia floresceu em braseiro.
Sou a lágrima que secou,
do coração que te esperou.
Sou a distante paisagem,
que se exasperou na viagem.
Sou a poesia inacabada,
da fantasia descortinada.
Sou o afã do derradeiro,
que nunca deixará de ser de novo o primeiro...



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