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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Dom Rafael Boareto - Especial São Valetim no Carnaval - Cerimônia das Coleiras e das Rosas

Caro amigos,
Hoje traremos duas cerimônias extremamentes importantes no BDSM que foram compartilhadas por membros do nosso grupo

Cerimônia das Coleiras

Poucas coisas no BDSM são mais significativas do que a coleira usada por uma submissa que tem Dono. É o símbolo externo de compromisso feito entre um Dominador e uma submissa, uma marca de propriedade.

A Cerimônia

A submissa caminha em direção ao seu Dono e revela sua vontade de viver sua vida pelas regras do BDSM. "Senhor quero fazer do BDSM o meu estilo de vida"
O Dominador a aguarda com a coleira que será colocada na submissa. Toca um sino anunciando o inicio da cerimônia. A submissa caminha em direção ao seu Dono.
Um segundo sino toca... O Dominador entrega a coleira nas mãos da submissa.
A submissa com a guia na mão faz o seguinte juramento: "Eu O ofereço esta guia para que me guie e me dirija pela minha vida. É meu desejo pertencer ao Senhor e segui-lo por onde achar que devo".
O Dominador pega a guia da mão da submissa e declara... "Eu aceito esta guia como símbolo de sua entrega e prometo guia-la seguramente pelos caminhos da vida. Você me pertence e eu farei de tudo para protege-la em minha jornada".
O Dominador pede a submissa que se ajoelhe a sua frente e pega a coleira para colocar em seu pescoço. "Você ajoelha-se aos meus pés e aceita este símbolo de minha propriedade como uma marca para nós e para os outros que encontraremos em nossa jornada?"
A submissa se ajoelha, cabeça alta, porem olhos baixos. Será a ultima vez que será "pedido" para ela ajoelhar-se. "Me ajoelho como sinal de minha submissão e aceitação de sua coleira. Eu a usarei com orgulho por todos os meus dias, Senhor".
Ele então coloca a coleira e diz "Você agora me pertence".
"Eu agora a pertenço, Mestre". É a primeira vez que a palavra Mestre será usada na cerimônia.
Dominador, então diz: "Eu aceito sua vontade de me servir e aceito os segredos de seu coração. Vou honrar seus desejos e necessidades. Você me pertence e é, portanto, parte de meu corpo, da minha alma e de meu destino".
Submissa... "Eu aceito suas condições e respeito os segredos de seu coração. Vou amá-lo e honrá-lo enquanto o sirvo da melhor maneira que conseguir. Abrirei minha cabeça e minha alma tendo certeza que quer sempre o melhor para mim. Minha submissão ao senhor é um presente dado com prazer e não deverá nunca se tornar um fardo. Sou agora parte do senhor e respeitarei isto, já que agora nós nos tornamos um".
O Dominador prende a guia a coleira e com um leve puxão, simbolizando a nova condição de Mestre e sub, "comanda" que ela levante-se. Os sinos tocam anunciando um novo vinculo formado. Ele a beija. O casal se abraça mostrando o afeto entre eles. O Mestre oferece uma jóia a ser usada quando a coleira é imprópria.
O encoleiramento é algo levado a serio na comunidade BDSM e o significado deste não deve nunca ser esquecido.

Símbolos:

Submissa: carrega uma única flor a qual é ofertada ao Dominador.
Dominador: carrega uma chibata simbolizando seu papel no mundo BDSM.

CERIMÔNIA DAS ROSAS

Para mim é a mais bela das cerimônias do BDSM. Um vínculo eterno 
Um casal que decide manter-se juntos por toda a vida e alem dela opta por este ritual como uma declaração simbólica de seu compromisso.
Somente o casal participa da cerimônia. O(a) submiss(o)a carrega uma rosa branca, não muito aberta. O(a) Dominador(a) carrega uma rosa vermelha, quase totalmente aberta. Ambas as rosas devem ter espinhos em seus caules e terem sido colhidas ha pouco tempo. 
O casal fica um de frente para o outro. O(a) sub segura a rosa branca. Seu(sua) Dominador(a), segurando a rosa vermelha, diz... “Minha (meu) serva(o)", a partir desse momento tomo seu destino em minhas mãos, para sempre protegê-la(o) e guiá-la(o) por toda a eternidade”. 
Com o espinho de sua rosa vermelha ele(a) pica o dedo do meio dela(e) e deixa duas gotas de sangue cair sobre sua rosa branca. Ela(e) então oferece o espinho de sua rosa e ele(a) fura seu próprio dedo e deixa duas gotas de seu sangue cair sobre a rosa branca. Uma em outra pétala e outra em cima da que contem o sangue dela. Os dois unem então os dedos e fazem sua promessa de união pelo sangue. “Faço desse ato o símbolo de nossa união e que nesse momento toda a energia de nossos corpos se unam, fazendo eterno nosso Amor”. 
As rosas são colocadas juntas deixando que o sangue da dela(e) beije a rosa dele(a), e então são trocadas. As rosas irão para um único vaso e mais tarde ao quarto do casal onde poderão contemplar sua união durante aquela noite. 
Depois dividem seus sonhos e expectativas enquanto arrancam as pétalas e acondicionam juntas em uma caixa. Estas pétalas são mantidas pelo resto de suas vidas e, muitas vezes enterradas com eles. 
A revelação do simbolismo 
As rosas:
A rosa branca ainda não aberta, simboliza a submissão. A cor branca representa a pureza de seu presente, e o fato de ainda não ter aberto, que a submissão ainda não atingiu seu complemento. E nunca vai. A submissão pode ir sempre mais fundo, sempre crescendo e a submissa nunca vai chegar em um ponto que não pode dar mais um pouco a seu Dominador. 
A rosa vermelha, quase totalmente aberta, significa a Dominação. O vermelho significa a paixão e desejo dele(a) de protegê-la(o) e possuí-la(o) a qualquer preço, mesmo que para isso ele tenha que derramar o seu sangue. A rosa esta aberta simbolizando o fato dele(a) estar maduro e pronto para assumir suas responsabilidades.
O sangue:
Picar o dedo da submissa(o) representa o simbolismo da entrega. Ela(e) sangrou para se entregar totalmente e Ele(a). E ao picar seu próprio dele(a) Ele(a) esta mostrando sua vontade em protegê-la(o) e defende-la(o). As gotas sendo unidas na rosa representam a união dos dois.
Pressionando os dedos juntos mostram que seus laços são mais fortes que os de família. Agora são da mesma carne do mesmo sangue.
Trocar as rosas simboliza a entrega de um ao outro. 
As pétalas:
A mistura das pétalas simboliza a mistura das vidas. Os casais geralmente as mantém em jarros decorativas, até estarem secas. No caso da morte as pétalas secas são colocadas juntas do caixão, significando que o amor vai alem da vida. Contam algumas lendas sobre as rosas que nasceram nos túmulos como uma evidencia que o amor ainda existia.
Reino de Ka

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