Vês mas não acreditas,
Foi ontem, é hoje, será amanhã,
Mas teimas em não ver!
Teimosamente desiludida com a viva,
Mas sabes, quero crer que sabes,
Que a lua mesmo não estando visível,
Está lá, girando apenas em volta da terra,
Que o sol, mesmo sem luz,
Mesmo não aquecendo,
Escondido pelo espesso nevoeiro,
Nunca deixou de estar lá,
Renegas o sentir,
Abandonas o que é teu,
Não agarras, não prendes no teu ser,
Não transformas o sonho,
Alado, cavalgando nas nuvens,
Na realização,
No querer, no desejo,
Na vontade de estar!
O ontem será sempre pesadelo,
O amanha poderá ser desejo,
O hoje é apenas o tempo que passa,
E tudo porque:
Sentes e não crês,
Vês mas não acreditas,
Foi ontem, é hoje, será amanhã!...
Albert Cuddel
02/11/12
Palavras desconexas – 26
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