As obras de Stephen King sempre foram fontes inesgotáveis dos cineastas de ilmes de terror, comoo canadense David Cronenberg, que levou às telas A Zona Morta em 1994, baseado na obra homônima do escritor americano. Assim também ocorreu com outras histórias do mestre do terror. “As Crianças do Milharal”, por exemplo, conto presente em Sombras da Noite, deu origem ao clássico ilme de horror que marcou uma geração: Colheita Maldita, de 1984, dirigido por Fritz Kiersch.
Os cenários descritos por Stephen King são familiares e acima de qualquer suspeita — um colégio, uma fábrica, uma lanchonete rodoviária, uma lavanderia, um milharal. Mas no mundo do autor, qualquer lugar pode servir como território sobrenatural. Só é necessária uma hora propícia da noite e a distração das vítimas.
Conhecido por sua habilidade em despertar a adrenalina de modo intenso das primeiras às últimas páginas de seus livros, Stephen King maximiza sua capacidade em prender a atenção dialogando com o próprio leitor e adotando uma postura bastante provocativa, como se vê no trecho introdutório de Sombras da Noite:
“Vamos conversar, você e eu. Vamos conversar sobre o medo. A casa está vazia quando escrevo isto; uma fria chuva de fevereiro cai lá fora. É noite. Às vezes, quando o vento sopra do jeito que está soprando agora, falta luz. Mas por enquanto não está faltando, então vamos conversar muito honestamente sobre o medo. Vamos conversar muito racionalmente sobre chegar às raias da loucura... e talvez cruzar a fronteira. Meu nome é Stephen King.”
Além de “As Crianças do Milharal”, outros quatro contos de King presentes no livro foram adaptados para o cinema: “O Homem do Cortador de Grama” (O Passageiro do Futuro), “A Máquina de Passar Roupa” (Mangler: O Grito de Terror), “Último turno” (A Criatura do Cemitério) e “Às Vezes Eles Voltam” (ilme homônimo). Desta forma King inicia esta viagem por vinte contos clássicos que, mais uma vez, reairmam este americano como o mais prolífico e talentoso autor do gênero no mundo.


Postar um comentário