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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Editora Tribo das Letras - Triplo J





 M. M Azevedo

Mariana Motta de Azevedo Matos, tem 32 anos, é professora especializada em educação especial e psicopedagogia, mora em Salvador/BA.

As palavras da autora: Sempre gostei de escrever desde adolescência, resolvi escrever o primeiro livro apenas de brincadeira e as amigas passaram a gostar e resolvi continuar.

Meus livros preferidos são vários e de vários gêneros, ler é um vício e não posso citar apenas um.

Meus autores preferidos: Edgar Alan Poe, Stephen King e outros.

TRIPLO J 

Jake, James e John são amigos de infância. Cresceram juntos e possuem famílias distintas. O tempo passa, eles crescem e seguem rumos diferentes, cada um em seu distinto ramo de trabalho. A vida estava maravilhosa até um deles se apaixonar pela irmã do outro e começarem a confusão. Logo outro se apaixona por uma garçonete de um restaurante concorrente do seu e o outro se encanta com sua vizinha.

Poderia a amizade deles ser abalada diante de tantas confusões?
Poderia a amizade superar tantas adversidades?



TRIPLO J 1,5



Conta a história do filho do Jake, Jacob e da filha do James Laura.






Leia na integra o Capítulo 1 do Triplo J


Itália
 * Jake *

Eu não canso de olhar para ela... Estamos em um dos belos cafés ao ar livre em Roma, e eu tento me concentrar nos papéis do trabalho à minha frente, mas cada vez que ela coloca a caneta na boca, franze o cenho, e se concentra para pensar, o meu corpo responde. e eu suspiro, agora ela está sorrindo, começando a cantarolar uma música do I-Pod. Eu nunca entendi como ela estuda e ouve música ao mesmo tempo, eu só permito isso porque as notas continuam boas, ela sempre foi muito inteligente.
Quando eu soube que Julie viria terminar o seu curso de arte na Itália, eu fiquei excitado e temeroso, John me ligou pedindo um dos guarda-costas treinados da minha empresa para ficar tomando conta dela, enquanto ela estivesse por aqui, por sorte, eu estou praticamente preso aqui na Itália, muitos eventos esportivos acontecendo, e minha empresa é muito solicitada, eu sou dono da Strephford Security, tanto eu como John e James além de sermos amigos de infância, e passarmos praticamente a vida toda juntos, servimos a marinha em missões no Golfo e fazíamos parte de uma força tática especial.
Depois que nós demos baixa, eu montei a Strephforf Security, James preferiu outra área, e hoje é dono de uma cadeia de hotéis e restaurantes, John deu apenas continuação ao negócio de sua família, uma companhia de exploração de petróleo, de nós três, John foi o único que nasceu rico.
Eu conheço Julie desde sempre, eu e James somos considerados tanto quanto John como irmãos mais velhos, ainda mais quando John e Julie perderam seus pais quando ela tinha 15 anos, com uma diferença de 12 anos, John praticamente assumiu o papel de pai. Quanto a mim, há muito tempo eu sabia que não queria mais ser considerado um irmão...
– Ai Jake porque você não pede outro segurança para mim? Eu estou vendo na sua cara o tédio... Eu te falei, e disse também a John que eu não preciso de segurança, minha vida é um tédio, não tem nada para vocês ficarem preocupados. – Julie disse com o seu jeito expansivo que me faz sorrir. Ela é assim e John também, eles são extrovertidos, engraçados, espalhafatosos, aonde chegam, fazem amizade, estilo graça da festa, o tipo de pessoa que todo mundo quer estar em volta, isso faz bem ao meu espírito sério.
– Você não está me entediando, princesa, eu só parei para pensar um pouco – Eu disse sorrindo para ela – E sim, você precisa de segurança, isto não é negociável, eu estou livre, tenho muita gente trabalhando para mim, posso escolher o que quero fazer.
Ela suspirou, colocou de novo os fones de ouvido, e voltou a ler. E eu voltei aos meus pensamentos...
John possivelmente nunca iria me perdoar se descobrisse que eu sou perdidamente apaixonado pela irmã dele, e mesmo James iria me odiar. Eu mesmo me odeio. Ela é uma criança com o corpo estonteante de uma mulher. Fazer a segurança dela foi uma tortura auto imposta, eu poderia ter chamado qualquer um dos rapazes da empresa, mas eu não pude, eu quis aproveitar para passar um tempo com ela, poder usufruir da sua companhia da forma mais dolorosa e platônica possível.
Enquanto continuo perdido nos meus pensamentos, fingindo trabalhar peço mais um café para a garçonete, que fica me olhando claramente numa tentativa de flerte, eu sorrio e volto o olhar para os papéis.
– Nossa, deve ser muito bom ser você não?
Então, viro-me novamente para Julie, curioso.  – O que você quer dizer?
– Estou pensando que deve ser muito bom ser assim tão bonito, você nunca foi abordado para ser modelo ou ator?
Eu continuei sorrindo – Sim, na época da faculdade, algumas vezes... Mas, eu sou do tipo que sempre preferi estudar, nunca me interessei por essas coisas...
– Nerd! – Ela falou com um olhar reprovador que me faz sorrir mais uma vez.
- Nem todos nascem ricos, princesa, eu precisava trabalhar... – Eu tentei me justificar.
– Sei... Mas, eu soube de vocês na época da faculdade... Soube que vocês abalavam, viu? Eu sei histórias... – Ela diz corando.
– Histórias? – Olhei para ela intensamente, eu sei que isso a fez corar mais ainda, e continuei. – Nem tudo que falam é verdade, princesa. Volte a estudar. – Ela pôs a língua para fora me insultando, e eu sorri mais uma vez.
Sim, aposto que essas “histórias” como ela diz, podem fazê-la se afastar de mim ainda mais... Aposto que ela não sabe nem um terço da real história e de tudo que passei e o porquê esse ser mais um dos motivos que não posso nem sonhar em me aproximar dela.
Meu celular toca, e é James chamando. – James?
- Vamos jantar hoje à noite? Preciso falar com você... – Seu tom de voz estava sério.
– Claro – Respondo prontamente, essa noite seria duro para mim, Julie iria sair para um encontro, e eu tinha que engolir, eu não me permito interferir em suas escolhas, ela precisa viver o que tiver que viver, porque se ou quando ela vier para mim, ela tem que ter certeza, porque será para sempre.
– A que horas? No Caravaggio´s? – Eu pergunto a James.
– Não, no Santinni´s, às 8h, até...
Desliguei o telefone, e fiquei pensando porque James iria querer ir a um restaurante de um dos seus maiores concorrentes, mas enfim, a limusine chegou, eu ia deixar Julie na faculdade, e depois iria para uma reunião de negócios. Estava fazendo um calor muito grande naquele verão italiano, e Julie, com aqueles shorts jeans curtos, não fazia nada bem para a minha sanidade, quando entramos na limusine, ajeito minha pasta, ela mexe na televisão, e se deita no banco com a bunda para cima, eu xingo por dentro pelo meu masoquismo, mas não aguento, e falo – Sente-se direito Julie!
Acho que meu tom saiu mais forte do que eu pensei, porque ela se virou me olhando espantada, e disse. – O que foi?
– Você às vezes parece que esquece que eu sou homem... – Eu continuei falando irritado.
– Des... Desculpe... – Ela gagueja – É que você é como um irmão... E...
Eu nem a deixei continuar, e respondo – Eu não sou a porra do seu irmão, eu sou um homem, você é uma mulher crescida, e se vira a bunda para mim eu tenho reações normais de homem, você entendeu?
Ela continuou me olhando espantada, eu aliviei o olhar, ela ficou desconsertada, mas ficou em silêncio, e continuou mexendo na televisão, mas dessa vez, sentada corretamente no banco.
 *******
 À noite, eu vou ao encontro de James, no Santinni´s. Eu continuo inquieto pela forma com que falei com Julie, e para esse seu encontro esta noite, mandei um dos meus seguranças acompanha-la, só por isso estou mais tranquilo.
Sento-me, e cinco minutos depois James está à frente, o garçom aproxima-se, eu peço um whisky com muito gelo e James pede uma Vodca pura. Ele não diz nada para mim, e eu resolvo começar. – Você pretende falar?
James suspira, e diz. – Eventualmente... Como está a princesa?
Eu sorri, nós somos assim, homens feitos do mesmo material, tanto eu quanto James e John temos essa natureza protetora e dominadora, é claro que a primeira preocupação de James seria perguntar por Julie. Desde criança, nós a chamamos de princesa. John a chamava assim, e acabou virando uma coisa nossa. – Ela está bem, está num encontro com algum idiota universitário... – Eu respondo com um suspiro exasperado.
– Até quando você vai continuar se torturando assim? – James me pergunta sério.
Eu olho para ele desconfiado – Porque você diz isso?
– Qual é Jake? Corta essa... – James me olha mais uma vez, e eu percebo que ele sabe.
– Você esqueceu-se de quem Julie é irmã? Do nosso melhor amigo! Ele nunca me perdoaria, eu mesmo não me perdoo. Você não deveria me perdoar, eu me sinto um canalha... – Eu falei com raiva.
– Não é verdade, você não fez nada, e não é um canalha, eu tenho certeza de que se você falar com John, ele iria entender...
– Nem pensar, eu não quero perder meu melhor amigo, não posso perder nenhum de vocês... – Eu falei decidido – Vamos mudar de assunto. O que você quer aqui no Santinni´s? Espionagem?
– Quem me dera que fosse... – Ele disse, e continuou – Tente ser discreto, você está vendo a garçonete perto do bar, a loira linda?
Eu me virei o mais discretamente que pude, vi a loira bonita de olhar triste. Dava para ver que ela era muito profissional, mas muito tímida e contida.
– O que tem ela? – Eu perguntei, encarando James.
– Não sei Jake... Eu acho que estou me apaixonando...
 *James*
 Eu estava indo para o Caravaggio´s Roma, um dos meus restaurantes, ele é um dos restaurantes que são símbolo de Roma. Ele fica próximo ao Coliseu, tem uma vista fantástica, a comida era impecável, uma das melhores do mundo. Precisava-se marcar com muita antecedência para reservar uma mesa. A maior parte dos meus hotéis e restaurantes fica entre Nova York, Itália e França. Eu vivo viajando de um para o outro, no entanto, eu fico baseado em Nova York, mas eu gosto demais da Itália, principalmente, porque sou meio Italiano. Meu pai era italiano e minha mãe americana, então eu tenho dupla cidadania, e falo italiano fluentemente.
Parei para tomar um café num dos bares ao ar livre antes de ir ao Caravaggio´s. Sentei-me, dando uma olhada no jornal que trouxe comigo, quando comecei a perceber uma moça linda sentada numa das mesas bem ao canto, a garçonete me trouxe o café, eu beberiquei, mas continuei passando um olho nela, até que percebi que ela estava chorando. Eram lágrimas silenciosas que escorriam pelo seu rosto, depois, ela colocou a cabeça entre as mãos e começou a soluçar. Para mim isso foi demais, me levantei e fui até ela. – Desculpe-me, mas você está bem?
Ela parou ainda com o rosto coberto de lágrimas, e me olhou. – Sim, não se preocupe... – Ela tentou me despachar constrangida, mas sem sua permissão, eu já estava sentado à mesa dela.
– Desculpe-me se eu não acredito, e me desculpe outra vez se me intrometo, mas não é da minha natureza ver uma pessoa sofrendo, e não fazer nada. Qual é o seu nome?
Ela me olhou incerta, mas respondeu – Rachel Alden...
– Eu sou James Caravaggio, me desculpe minha indiscrição, mas porque você está chorando?
– Caravaggio... Como o restaurante... Eu sou garçonete do Santinni´s... – Ela disse num fio de voz, sem me responder.
– Mesmo? Quem diria? Logo do Santinni´s... – Eu falei sorrindo.
– Você tem algo a ver com o restaurante Caravaggio´s? – Ela me perguntou franzindo o cenho.
– Algo assim... - Eu respondi me sentindo bem com o fato de que ela parou de chorar e estava prestando a atenção em mim, então, continuei – Eu já te perguntei, vou perguntar de novo, e agora você responde. Porque você estava chorando?
Ela parou me olhando espantada, continuei olhando para ela, claramente esperando sua resposta, e então ela começou. – Eu estou triste apenas... Eu... Perdi meus pais há muito tempo quando tinha 15 anos, acabei indo morar num orfanato até os 18 anos, hoje seria aniversário do meu pai, e eu só estou aqui sentindo pena de mim mesma...
– Eu entendo... Meus pais ainda estão vivos, mas se separaram há muito tempo e cada um seguiu seu caminho, morando em países diferentes, eu os vejo muito pouco, minha família hoje em dia são meus amigos, que são como irmãos para mim. Um deles perdeu os pais, assim como você, e tem uma irmã que ele ficou tomando conta depois disso, ela tinha como você 15 anos quando os seus pais morreram, eu acho que você se daria muito bem com ela... Talvez, você esteja precisando de amigos... Gostaria de jantar conosco na sexta à noite?
– O que? Não... Eu não conheço você... E porque você faria isso por mim? – Ela me olhou desconfiada.
– Porque eu gostei de você, e gostaria de ser seu amigo... Será que isso seria explicação suficiente para você? – Eu perguntei torcendo que ela pelo menos considerasse, não sei por que mais eu queria muito ver ela de novo.
– Eu não sei... – Ela continuou em dúvida.
– Eu queria muito que você conhecesse Julie, eu tenho certeza que vocês se dariam bem... Que mal há em um jantar Rachel? – Continuei insistindo.
Eu a observei pensando, com dúvidas se eu deveria confiar ou não em mim, até que ela concordou, a essa altura eu já tinha esquecido que tinham fornecedores de vinhos me esperando no Caravaggio´s, e fui a acompanhando até sua casa, marcamos o horário que eu iria buscá-la na sexta, quando chegamos à frente do edifício que ela morava. Ela resistiu a princípio que eu a acompanhasse, mas eu disse que precisava saber onde residia para que eu pudesse buscá-la na sexta, ela se despediu e eu saí contente em não ver mais nenhum vestígio do choro em sua face.
Eu contei toda a história para Jake que me olhava incrédulo. – E hoje é quarta-feira, e eu já estive aqui no Santinni´s duas vezes, a primeira eu só olhei de longe e hoje estou aqui com você, não sei se ela já me viu, mas eu não tiro ela da minha cabeça...
– Você sabe que está parecendo um maldito perseguidor, não é? – Jake falou claramente, tentando me fazer voltar à razão.
– Enfim Jake, eu preciso que você me ajude, será que você e Julie poderiam jantar conosco na sexta? – Eu falei exasperado.
– Sim, claro, não vejo porque não, eu ajeito tudo com Julie... Mas, eu espero que você seja bem consciente nisso tudo, essa moça parece frágil, e você está claramente com o tesão nas alturas, se depois que você transar e larga-la, eu vou ficar puto com você! – Jake falou sério.
– Porra Jake, não é a porra de um tesão qualquer, eu estou te falando, eu não consigo pensar, não consigo trabalhar, eu só penso nela... – Eu suspirei mais uma vez quando notei que Rachel finalmente me viu, eu não tentei disfarçar, e acenei, percebi sua hesitação, mas ela se aproximou timidamente.
– Oi Sr. Caravaggio... – Ela começou.
E eu logo interrompi chateado. – Sério Rachel? Meu nome é James, e você sabe.
Ela ficou desconcertada, olhou para Jake, e eu aproveitei para apresentá-lo – Este é Jake Strephford um dos meus melhores amigos, é um daqueles que te falei.
– Oi Rachel! É um prazer te conhecer. – Jake falou, a meu ver, com charme a mais.
Ela sorriu, e disse - Muito prazer... Bom, eu preciso ir, esse setor é de outro garçom, e eu tenho que atender...
– Muito bem, até sexta então... – Eu disse olhando para ela intensamente.
Voltei meu olhar para Jake que me olhava fixamente até que finalmente disse – É isso amigo... Nós estamos oficialmente fodidos...
E eu suspirei concordando.
 *******
Na sexta-feira, estava pontualmente à porta dela. Eu estava muito ansioso, e o tempo todo fiquei achando que ela iria desistir na última hora.
Quando chegamos ao restaurante, Jake e Julie já estavam lá, olhei para Julie, e percebi certa semelhança física com Rachel, as duas são loiras de olhos azuis e o mesmo tom de pele... Apenas Rachel tinha os cabelos mais curtos na altura dos ombros e Julie os tinha quase na cintura, colocando-as juntas poderiam se passar por irmãs... Lindas!
Sentamo-nos, e apresentei Rachel à Julie, que como sempre esbanjava simpatia, dei um beijo em seu rosto, e perguntei – Como você está princesa? Linda, como sempre...
Ela sorriu, e disse – Bem, estudando muito, e sendo vigiada por Jake... Portanto sem nenhuma novidade...
– Não seja malvada princesa, você precisa de segurança. – Eu sorrio mais uma vez do suspiro exasperado que ela dá, e observo a forma com que Jake a olha. Rachel ao meu lado continua tímida, mas está sorridente, é impossível não sorrir perto de Julie e John... Eles são como o fogo. Jake é o mais calado de nós, sério demais, e eu me considero o equilíbrio entre nós três. Eu oscilo entre a quietude e a expansividade. Nem eu mesmo sei quando o meu humor vai estar de um lado ou de outro.
Fizemos os pedidos ao garçom quando simultaneamente os celulares meu e de Jake tocaram, era John. – Oi meninas... Estou em Roma, acabei de chegar, estou no aeroporto, onde vocês garotas estão? – Esse jeito de falar é típico de John, e nós sorrimos. Só ele ligaria para nós dois ao mesmo tempo, em celulares diferentes.
– Estamos no Caravaggio´s, John, venha para cá que nós suspendemos o pedido e esperamos você chegar – Eu respondi.
– Onde está a princesa?
– Está aqui com a gente – Jake respondeu, enquanto olhava para Julie.
– Bom, peçam um peixe para mim que estou chegando, estou faminto! – Dizendo isso, desligou.
– Ah que maravilha, eu sou irmã dele, e ele liga para vocês! – Disse Julie demonstrando seu desagrado.
– Não fique assim princesa, ele perguntou por você... – Jake falou, sorrindo para ela.
Pedimos para o garçom segurar os pedidos, nos trazer um pouco mais de antepasto, e mudarmos de mesa, que dessa vez teria que ser para cinco. Em mais ou menos meia hora John chegou com o jeito espalhafatoso dele, atraindo os olhares de todos em volta, foi direto para Julie, deu-lhe aquele abraço e ela logo parou de ficar zangada com ele, já estava sorrindo de orelha a orelha, depois veio até mim e Jake, nos abraçou, se sentou e finalmente olhou para Rachel – Oi... Eu sou John Harrison, e você?
Eu me adiantei, e respondi por Rachel. Não sei por que meus amigos falando com ela com tanto charme me incomodava tanto – Esta é minha amiga Rachel Alden... – Rachel só assentiu com um sorriso tímido.
– Por que você não avisou que estava vindo, John? – Julie perguntou.
– Eu queria fazer uma surpresa para vocês, princesa, e também foi meio de última hora, eu achei que teria que ficar até a próxima semana, mas adiantou, por que encontramos outro poço no Pacífico Sul, e eu fiquei meio de férias, o pessoal não vai precisar de mim. Férias na Itália era tudo que eu precisava! – Ele disse sorrindo.
– Triplo J... – Uma voz macia se destacou perto da nossa mesa, todos nós olhamos para a bela ruiva que parou à nossa mesa, percebi uma troca de olhares entre as meninas, e vi quando John a cumprimentou – Donna DeMaggio... Que prazer te rever! – Ele foi todo charme.
Troquei olhares com Jake que foi apenas discreto – Quanto tempo Donna... 
E eu por minha vez apenas disse – Oi Donna!
Donna sorriu, e disse. – Agora senti saudades da faculdade... Prazer revê-los garotos! – E dizendo isso se foi.
– Uau... – Disse John – Bons tempos! Um brinde aos bons tempos? – Quando ele viu as nossas caras e as das meninas, ele apenas sorriu e disse - Tim tim para mim então...
As meninas ficaram silenciosas, e depois saíram para ir ao banheiro, e nós três ficamos à mesa – Por que você é sempre um idiota, John? – Eu disse – Eu estou no meio de algo aqui, você não notou?
– O que? Eu o obriguei você a enfiar o pau na Donna DeMaggio na faculdade? – Disse ele sem nenhuma censura.
– Eu desisto... – Respondi exasperado, enquanto Jake apenas balançava a cabeça – Não discuta James, será que você ainda não aprendeu?
As meninas retornaram, e Julie veio com a perguntinha na ponta da língua – Triplo J é? A faculdade de vocês devia ser um lugar sujo... – Ela dizia isso com um olhar de nojo.
– O que, princesa? As pessoas se divertem na universidade, é natural... – John respondeu.
– Eu não faço a metade das coisas que eu soube que vocês fizeram...
Ela tentou falar quando nós três respondemos em uníssono – É claro que não!
E Jake completou – Nós nunca permitiríamos.
– Vocês são umas figuras... – Julie falou, do seu lado Rachel sorria, percebi que ela interagiu bastante com Julie, mas procurava não se meter abertamente nas conversas da mesa – Você faz faculdade também, não é Rachel? Você faz coisas selvagens?
Eu engasguei em meu whisky quando John teve um ataque de risos, e Rachel começou a rir também, enquanto respondia que não, apesar do absurdo da pergunta, eu fiquei preso ao som cristalino daquele sorriso, foi lindo e eu pensei que queria fazer ela sempre sorrir assim.

*John*

Sem eles em Nova York, eu estava me sentindo extremamente solitário, eu sou um cara extrovertido, gosto de curtir a noite, de bares e festas... Mas, até isso já estava me cansando um pouco, quando surgiu no trabalho à chance de que eu pudesse sair, nem pensei duas vezes, e me mandei para a Itália, eu queria estar perto da minha família. Onde Julie, James e Jake estão, é onde eu quero estar.
Depois do jantar no Caravaggio´s eu pensei em ir direto para o apartamento, mas eu estava em Roma, eu estava cansado de badalação, mas eu bem que podia dar uma esticadinha pela noite, nada demais só um drink antes de dormir... Chamei James e Jake para virem comigo, mas os dois maricas recusaram, ficou sem graça sem eles, então em vez de ir a uma boate, eu fui a um bar em frente ao meu edifício.
Não fiquei o tempo que eu esperei ficar, e voltei para o apartamento, quando cheguei à minha porta vi uma moça forçando a porta do apartamento em frente ao meu.
– Posso te ajudar? – Perguntei.
Ela se virou para mim surpreendida. - Minha chave deu problema, não consigo abrir, já tentei de todo jeito, e por fim ela quebrou na fechadura... – Ela disse se virando e continuando na sua tentativa de mover a porta.
Ela nem me deu um segundo olhar, eu fiquei meio surpreendido, normalmente as mulheres ficavam um tempo me olhando, eu me acostumei a isso, e o fato dela não ter feito isto me intrigou e eu parei para olhar para ela, deveria ter provavelmente por volta dos 22 anos, cabelos longos negros, olhos verdes, seios fartos, gordinha, mas com todas as curvas no lugar certo. Linda! Eu gostei, apesar de estar longe de ser o tipo com quem normalmente eu saio. Mas, tinha algo nela que definitivamente fez meu pau acordar para vida, e aí amigo, já era...
– Você quer que eu ligue para um chaveiro? Acho que é a melhor solução, eu me ofereceria para arrombar sua porta, mas seria inconveniente você passar a noite com a porta aberta... – Eu continuei falando.
Ela se virou me olhando mais uma vez surpreendida – Olha você não precisa ficar por aqui, eu vou ligar para o chaveiro e resolver, obrigada por sua ajuda! – Dizendo isso ela se voltou de novo para a porta.
-Porque você não deixa eu te ajudar? – Eu perguntei curioso – Nós somos vizinhos. Os vizinhos não devem se ajudar?
Ela parou outra vez, e ficou me olhando – Eu nunca te vi por aqui...
– Eu aluguei esse apartamento há pouco tempo, minha irmã está no andar de baixo, eu moro em Nova York, eu sou John Harrison, e você é...?
– Meggie Turner... – Percebi certa indecisão nela.
– Eu acho que você deveria ligar logo para o chaveiro... – Eu continuei.
– A droga da bateria do meu celular acabou... E na verdade eu nem tenho um número de chaveiro aqui... – Ela falou com um suspiro exasperado.
– Tudo bem, você pode ligar do meu apartamento, e consultar o auxílio à lista... – Falei isso enquanto abria calmamente a porta do apartamento – Ela ainda parecia meio indecisa, e eu disse sorrindo – Não precisa preocupar-se, eu não vou te atacar...
– Eu sei disso, sinceramente isso não me preocupa nem um pouco... – Falando isso, ela entrou determinada, e eu franzi o cenho por que não entendi o que ela quis dizer.
Ela entrou, fez a chamada e depois se levantou com a intenção de sair. - Muito obrigada Sr. Harrison pelo ajuda... Eu vou esperar pelo chaveiro lá fora, eu não quero incomodá-lo mais...
– Ei, você não está incomodando, e você bem pode esperar sentada aí enquanto o chaveiro não chega. Você é do tipo que não gosta de receber ajuda, não é? – Eu falei olhando firmemente para ela, até agora não entendi por que ela tinha essa atitude tão hostil.
– Não é isso, eu só não quero incomodar... – Ela fez um gesto irritado, se levantou e ficou olhando a vista da minha janela.
– Posso te oferecer uma bebida, alguma coisa? – Eu tentei de novo.
– Não, obrigada!
– Bom, eu vou tentar adivinhar porque você está assim tão irritada... – Eu comecei.
– Eu não estou irritada... – Ela falou, e eu ri. Não pude evitar o que causou nela ainda mais irritação pelo que eu pude ver, ela começou a sair do apartamento em disparada e eu não sei o que deu em mim por que fui atrás, a puxei pelo braço, a grudei em meu corpo e dei um beijo, mas não foi um beijo qualquer, eu queria sentir a maciez daqueles lábios, eu queria sentir junto a mim as curvas daquele corpo, e também queria mostrar meu domínio sobre ela. Eu a encostei na parede a cobrindo com todo meu corpo. Eu tenho quase 1,90, e ela era pequenina, não deveria medir mais que 1,60, então eu tive que me abaixar para nivelar a altura, e quanto mais eu me encostava mais duro eu ficava. Eu queria morder, eu queria chupar, eu queria dominar. Eu só voltei desse transe quando ouvi passos no corredor, eu parei o beijo e fiquei parado olhando para ela e ela para mim, os sons dos passos ficaram mais fortes, e ela piscou os olhos como se estivesse voltando de um transe, e me empurrou para se afastar, eu fiquei aturdido também pelo que eu tinha feito, pois dificilmente eu perdia o controle com uma mulher, ela escapou do meu alcance quase correndo.
O chaveiro chegou, começando a fazer seu trabalho, eu fiquei na porta do meu apartamento observando, e ela ficou todo o tempo de costas para mim, não dissemos uma palavra sequer, quando o chaveiro terminou de fazer seu serviço, eu peguei minha carteira com a intenção de pagar, e ela praticamente gritou – Não! Eu pago... Obrigada! – Ela falou comigo friamente.
Sua porta finalmente estava aberta, o chaveiro começou a sair, e antes que eu pudesse falar alguma coisa, ela se virou e disse um “boa noite” frio, fechou a porta na minha cara, e eu fiquei lá em pé por vários minutos olhando a porta fechada.
 *Julie*
 Depois do jantar no Caravaggio´s, assim que cheguei ao meu apartamento tomei um banho, e pensei em ir direto para a cama, mas fiquei sentada no sofá porque queria pensar.
Eu passei a minha vida inteira apaixonada por Jake, ele nunca sequer olhou para mim, sempre me tratou feito uma criança idiota, eu vivia atrás deles três, e eles sempre me enxotando.
Nem por um instante eu poderia imaginar que poderia afetá-lo de alguma forma, eu tento há muito tempo esquecê-lo, ir para encontros com outros caras, sair com amigas, me dedicar aos estudos. Quando vim para Itália estudar foi atrás de novos ares, quem sabe até um novo amor... Mas, ele tinha que ficar na minha segurança, e agora dificultando mais ainda as coisas para mim.
Meu corpo estava em chamas justamente porque eu não conseguia esquecer aquele dia na limusine, fiquei parada sem saber o que pensar ou dizer, não sei se fico feliz ou incomodada com o fato dele me perceber, feliz por ele ver que eu agora sou uma mulher, e incomodada pelo fato dele saber disso, e ainda assim me afastar.
O meu pensamento estava começando a ficar mais erótico, e eu penso naquele homem perfeito. Jake é lindo... 31 anos, alto, deve ter aproximadamente 1,90m, corpo todo definido, cabelos negros... E o mais encantador, os olhos lindamente azuis. Quando ele me olha, parece conseguir ver minha alma. A personalidade dele é muito forte, ele é sério, o mais sério dos três, John e James também são extremamente bonitos, mas, para mim não tem homem como Jake.
Eu vou sentindo o calor subindo enquanto penso em Jake, naqueles olhos, no jeito como ele fala comigo, às vezes autoritário, às vezes doce e suave. Eu estava apenas com uma blusinha fina branca e de calcinha, então... Comecei a dar asas à minha imaginação... Pensei em suas mãos pelo meu corpo, o imaginei tocando os meus seios... Os movimentos foram ficando mais fortes enquanto eu me tocava, suspendi a blusinha expondo meus seios, puxei a calcinha para o lado, e comecei a me masturbar imaginando as mãos de Jake, eu gemia e estava tão gostoso que nem ouvi o som da porta do apartamento se abrindo e nem vi quando ele ficou parado ali simplesmente apreciando o show que eu estava dando e quando finalmente eu gozei virei o rosto e dei de cara com aqueles lindos olhos azuis enquanto gemia muito alto... 
 *Rachel*
 Do percurso do restaurante até à minha casa, ficamos em silêncio dentro do carro, ter jantado com as pessoas que James considerava como sua família me deixou feliz e triste. Feliz porque são pessoas realmente adoráveis e eu gostaria muito de fazer parte desse grupo, e triste porque eu sei que é impossível...
Assim que vi James fiquei atraída, eu estava tão triste, porque se sentir sozinha no mundo é uma coisa complicada, sem pais, sem família, sem amigos, eu não tenho ninguém para contar, nunca ninguém tinha prestado a atenção em mim, e eu sei que em parte isso é culpa minha, eu faço de tudo para não ser notada, eu tenho medo de me apegar às pessoas e elas me deixarem. Eu não sou capaz de passar por essa dor de novo, e James tem potencial para me quebrar em mil pedaços.
Por isso enquanto ele dirigia eu pensava exatamente isso, vou me despedir e agradecer pela noite maravilhosa e nunca mais eu o verei. Eu tomei essa decisão, e olhei de lado para ele, tão bonito! Ele é muito alto, assim como seus amigos pude notar, todos tão lindos, mas James se destaca com esse cabelo caramelado e olhos intensamente verdes, quando ele me olha meu coração bate e eu me sinto pequena e feminina... Os meus pensamentos começam a vagar em pensar naquelas mãos em volta do meu corpo, como deveriam ser seus beijos... Que sorte deve ter a mulher que chamar à sua atenção... Esse pensamento me causou dor...
Chegamos à porta do meu edifício, e ele me acompanhou até a entrada, me virei para agradecer – Obrigada pela noite maravilhosa, foi muito bom conhecer seus amigos e poder ter uma noite diferente, você é um homem muito bom James... - Nem consegui concluir a frase, pois meus lábios foram tomados em um beijo selvagem, forte, possessivo. Ele passou as mãos pelos meus cabelos, foi descendo pelas minhas costas, mordendo meu pescoço, meus lábios, e eu fui me desfazendo e me perdendo no beijo... Quando o beijo terminou eu arfava e tremia, e ele me olhava intensamente me mantendo presa em seus braços, enquanto me disse sério – Não ouse se despedir de mim como se nunca mais fosse me ver outra vez. Eu quero você e vou te ter...
Eu fiquei desconsertada por ele parecer adivinhar meus pensamentos, e pela força de sua afirmação, respirei para acalmar meu coração e tentei ser firme – James... Eu não posso fazer isso...  – E dizendo isso praticamente corri para dentro do prédio, ele poderia ter me impedido se quisesse, mas não fez, ficou apenas parado olhando enquanto eu fugia.

 Leia na integra o Capitulo 1 do Triplo J 1,5
(Jacob)

— Você tem certeza que vai fazer isso mesmo? – Disse Jared olhando para baixo, para a grande pista de MotoCross e o grande declive que eu pretendia descer com minha nova moto de corrida, que comprei escondido dos meus pais e escondo numa grande garagem perto dessa pista, pois moto normal de usar na rua já tenho há algum tempo.
Eram já dez horas da noite de uma sexta-feira e marcamos eu, Johnny e Jared para nos encontrar aqui, arranjamos a desculpa de que iríamos dar uma volta pela cidade. Sem aula no outro dia, nossos pais apenas pediram que chegássemos no máximo até meia noite... Precisamos aproveitar, esse é o último ano de Johnny que fará dezoito anos em poucos meses e ele e as gêmeas irão para faculdade, eu, Jared e Laura ficaremos mais um tempo ainda na porra da escola. Então, por conta disso ganhamos um pouco mais de liberdade.
Não que nossos pais pudessem fazer algo quanto a isso, ainda mais comigo, sou um cara livre, se quiser fazer alguma coisa, eu faço. Simples assim.
Johnny assobiou quando viu a altura que eu pretendia descer com a moto e disse:
 — Se você morrer posso ficar com sua coleção de jogos do Playstation?
Eu dei um olhar duro para ele quando Jared falou ao meu lado – Porra! Já ia pedir...
— Vão se foder vocês dois! – Eu disse indignado.
— Por que porra você tem que fazer isso, Jacob? – Jared perguntou franzindo o cenho e continuou olhando para Johnny – Pensando bem, você não vai ficar com os jogos do Playstation Johnny, nós todos vamos morrer se esse filho da puta louco se machucar ou morrer... O tio Jake vai nos matar... Portanto, estamos mortos de qualquer jeito...
Suspirei olhando o grande declive, ajeitando minhas luvas e capacete, o coração batia com a adrenalina entrando no meu sangue, não sei por que isso me acontece, mas preciso disso, preciso sentir o perigo, o medo... É isso que me faz sentir vivo.
Já ia ligar a moto quando ouvi umas risadinhas ao fundo, meu corpo arrepiou, olhei para Jared e Johnny e balancei minha cabeça negativamente puto da vida.
— Não estou acreditando numa porra dessas! – Falei alto o suficiente e senti os sorrisinhos cessarem.
— Você falou para elas onde estaríamos Johnny? – Jared perguntou carrancudo.
— Não... Eu apenas citei que estaria aqui hoje... O que posso fazer se elas não vivem sem mim? – Johnny disse provocando Jared que o olhou com raiva, eu prefiro ignorar o porquê disso e me concentro em procurá-las com o olhar.
— Ok, meninas! – Johnny chamou – Saiam daí, vocês não conseguem ser discretas...
E então Amber e Alice surgiram na frente dando risinhos e atrás delas totalmente sem graça a razão de todo o meu tormento, Laura. Eu a odeio e ela me odeia também, e vivemos bem com isso, ela lá e eu cá...
Elas se aproximaram e Alice como sempre não deixou barato e foi logo dizendo:
 — Deixa de ser um idiota maluco, Jacob! Não está vendo que nós não vamos deixar você pular nessa coisa!
— Tentem me impedir... – Falei com mais raiva ainda pela descarga de adrenalina que senti com a aproximação de Laura. Porra!
— Muito simples! – Disse Amber do mesmo jeito espevitado – Com um simples toque no celular eu chamo o papai, e então meu querido, nem o presidente vai poder te salvar da fúria dele!
— Bom, então não percam tempo e liguem logo! Porque eu estou descendo! – E com isso acelerei minha moto fazendo bastante barulho, olhei mais uma vez para Laura por cima do visor do capacete com raiva, e então saltei.
— Filho da puta! – Ouvi Jared gritando. Senti a adrenalina tomar conta do meu corpo, o esquecimento, os medos, aquele incômodo insuportável que sentia toda vez que via Laura, tudo foi embora naqueles minutos, então senti quando um dos pneus da moto bateu numa pedra no meio da pista, a moto derrapou e eu caí com a moto por cima de mim.
Fiquei deitado um tempo sentindo o peso da moto sobre meu corpo, quando comecei a raciocinar de novo, estavam todos eles olhando para mim com olhares de terror.
Comecei a me mover devagar e senti que não tinha em mim nenhum osso quebrado, mas estava provavelmente arranhado em várias partes do corpo.
Jared e Johnny começaram a tirar a moto de cima de mim, e eu me sentei devagar.
— Você é mesmo um idiota fodidamente maluco... – Johnny disse.
— Eu juro por Deus que vou contar tudo pra o papai, Jacob! – Alice falou gritando.
Tirei meu capacete devagar sorrindo, eu adorava sentir essa sensação de quase morte, tudo valia a pena por essa adrenalina, foi então que mesmo sentado procurei por ela, e a vi ali atrás de Jared, ela tentava limpar as lágrimas, mas foi tarde, eu vi. Aquilo me fez sentir uma dor no peito que logo coloquei meu modo raivoso para ignorar.
Levantei meio tonto enquanto Johnny e Amber me apoiavam, retirei as luvas e disse – Vou ajustar minha moto, quero pular de um local maior ainda...
— Idiota! – Ouvi Laura dizer baixinho.
Parei com raiva e olhei para trás – Quem mandou você vir aqui? Tio James sabe que a filhinha do papai está à solta as quase onze da noite pela rua?
— Ei... – Jared falou me olhando firme – Pode parar Jacob...
Suspirei cansado e vi quando Jared abraçou Laura. Minha mandíbula doía de tanto que apertei de raiva, pois queria dizer muitas coisas para ela e para minhas irmãs.
— Você viu o risco que elas correram? Três meninas como elas soltas pela noite de Roma? É perigoso, caralho! – Eu gritei me soltando do apoio de Johnny e Amber.
— Deixa de ser idiota, Jacob! Nós somos mais velhas que você. – Alice disse e continuou – E tem mais, se você não ficasse fazendo coisas estúpidas, nós não precisaríamos estar aqui agora.
— Eu concordo que foi imprudente vocês três estarem aqui... – Jared falou olhando para minhas irmãs e depois desviou seu olhar para Laura e disse – Vamos embora, eu espero sinceramente que assim que vocês chegarem em casa se batam com tio Jake e ele veja seu estado Jacob!
— Que se foda... – Respondi enquanto levava minha moto para a garagem acompanhado de Johnny, ainda olhei para trás quando vi Jared acompanhar Laura e minhas irmãs até o carro dele. 






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