M. M Azevedo
Mariana Motta de Azevedo Matos, tem 32 anos, é professora especializada em educação especial e psicopedagogia, mora em Salvador/BA.
As palavras da autora: Sempre gostei de escrever desde adolescência, resolvi escrever o primeiro livro apenas de brincadeira e as amigas passaram a gostar e resolvi continuar.
Meus livros preferidos são vários e de vários gêneros, ler é um vício e não posso citar apenas um.
Meus autores preferidos: Edgar Alan Poe, Stephen King e outros.
TRIPLO J
Jake, James e John são amigos de infância. Cresceram juntos e possuem famílias distintas. O tempo passa, eles crescem e seguem rumos diferentes, cada um em seu distinto ramo de trabalho. A vida estava maravilhosa até um deles se apaixonar pela irmã do outro e começarem a confusão. Logo outro se apaixona por uma garçonete de um restaurante concorrente do seu e o outro se encanta com sua vizinha.
Poderia a amizade deles ser abalada diante de tantas confusões?
Poderia a amizade superar tantas adversidades?
TRIPLO J 1,5
Conta a história do filho do Jake, Jacob e da filha do James Laura.
Leia na integra o Capítulo 1 do Triplo J
Itália
*
Jake *
Eu não canso de olhar para ela... Estamos em um dos belos
cafés ao ar livre em Roma, e eu tento me concentrar nos papéis do trabalho à
minha frente, mas cada vez que ela coloca a caneta na boca, franze o cenho, e
se concentra para pensar, o meu corpo responde. e eu suspiro, agora ela está
sorrindo, começando a cantarolar uma música do I-Pod. Eu nunca entendi como ela
estuda e ouve música ao mesmo tempo, eu só permito isso porque as notas
continuam boas, ela sempre foi muito inteligente.
Quando eu soube que Julie viria terminar o seu curso de
arte na Itália, eu fiquei excitado e temeroso, John me ligou pedindo um dos
guarda-costas treinados da minha empresa para ficar tomando conta dela,
enquanto ela estivesse por aqui, por sorte, eu estou praticamente preso aqui na
Itália, muitos eventos esportivos acontecendo, e minha empresa é muito
solicitada, eu sou dono da Strephford Security, tanto eu como John e James além
de sermos amigos de infância, e passarmos praticamente a vida toda juntos,
servimos a marinha em missões no Golfo e fazíamos parte de uma força tática
especial.
Depois que nós demos baixa, eu montei a Strephforf
Security, James preferiu outra área, e hoje é dono de uma cadeia de hotéis e
restaurantes, John deu apenas continuação ao negócio de sua família, uma
companhia de exploração de petróleo, de nós três, John foi o único que nasceu
rico.
Eu conheço Julie desde sempre, eu e James somos
considerados tanto quanto John como irmãos mais velhos, ainda mais quando John
e Julie perderam seus pais quando ela tinha 15 anos, com uma diferença de 12
anos, John praticamente assumiu o papel de pai. Quanto a mim, há muito tempo eu
sabia que não queria mais ser considerado um irmão...
– Ai Jake porque você não pede outro segurança para mim? Eu
estou vendo na sua cara o tédio... Eu te falei, e disse também a John que eu
não preciso de segurança, minha vida é um tédio, não tem nada para vocês
ficarem preocupados. – Julie disse com o seu jeito expansivo que me faz sorrir.
Ela é assim e John também, eles são extrovertidos, engraçados, espalhafatosos,
aonde chegam, fazem amizade, estilo graça da festa, o tipo de pessoa que todo
mundo quer estar em volta, isso faz bem ao meu espírito sério.
– Você não está me entediando, princesa, eu só parei para
pensar um pouco – Eu disse sorrindo para ela – E sim, você precisa de
segurança, isto não é negociável, eu estou livre, tenho muita gente trabalhando
para mim, posso escolher o que quero fazer.
Ela suspirou, colocou de novo os fones de ouvido, e voltou
a ler. E eu voltei aos meus pensamentos...
John possivelmente nunca iria me perdoar se descobrisse que
eu sou perdidamente apaixonado pela irmã dele, e mesmo James iria me odiar. Eu
mesmo me odeio. Ela é uma criança com o corpo estonteante de uma mulher. Fazer
a segurança dela foi uma tortura auto imposta, eu poderia ter chamado qualquer
um dos rapazes da empresa, mas eu não pude, eu quis aproveitar para passar um
tempo com ela, poder usufruir da sua companhia da forma mais dolorosa e
platônica possível.
Enquanto continuo perdido nos meus pensamentos, fingindo
trabalhar peço mais um café para a garçonete, que fica me olhando claramente
numa tentativa de flerte, eu sorrio e volto o olhar para os papéis.
– Nossa, deve ser muito bom ser você não?
Então, viro-me novamente para Julie, curioso. – O que você quer dizer?
– Estou pensando que deve ser muito bom ser assim tão
bonito, você nunca foi abordado para ser modelo ou ator?
Eu continuei sorrindo – Sim, na época da faculdade, algumas
vezes... Mas, eu sou do tipo que sempre preferi estudar, nunca me interessei
por essas coisas...
– Nerd! – Ela falou com um olhar reprovador que me faz
sorrir mais uma vez.
- Nem todos nascem ricos, princesa, eu precisava
trabalhar... – Eu tentei me justificar.
– Sei... Mas, eu soube de vocês na época da faculdade...
Soube que vocês abalavam, viu? Eu sei histórias... – Ela diz corando.
– Histórias? – Olhei para ela intensamente, eu sei que isso
a fez corar mais ainda, e continuei. – Nem tudo que falam é verdade, princesa.
Volte a estudar. – Ela pôs a língua para fora me insultando, e eu sorri mais
uma vez.
Sim, aposto que essas “histórias” como ela diz, podem fazê-la
se afastar de mim ainda mais... Aposto que ela não sabe nem um terço da real
história e de tudo que passei e o porquê esse ser mais um dos motivos que não
posso nem sonhar em me aproximar dela.
Meu celular toca, e é James chamando. – James?
- Vamos jantar hoje à noite? Preciso falar com você... –
Seu tom de voz estava sério.
– Claro – Respondo prontamente, essa noite seria duro para
mim, Julie iria sair para um encontro, e eu tinha que engolir, eu não me
permito interferir em suas escolhas, ela precisa viver o que tiver que viver,
porque se ou quando ela vier para mim, ela tem que ter certeza, porque será
para sempre.
– A que horas? No Caravaggio´s? – Eu pergunto a James.
– Não, no Santinni´s, às 8h, até...
Desliguei o telefone, e fiquei pensando porque James iria
querer ir a um restaurante de um dos seus maiores concorrentes, mas enfim, a
limusine chegou, eu ia deixar Julie na faculdade, e depois iria para uma
reunião de negócios. Estava fazendo um calor muito grande naquele verão
italiano, e Julie, com aqueles shorts jeans curtos, não fazia nada bem para a
minha sanidade, quando entramos na limusine, ajeito minha pasta, ela mexe na
televisão, e se deita no banco com a bunda para cima, eu xingo por dentro pelo
meu masoquismo, mas não aguento, e falo – Sente-se direito Julie!
Acho que meu tom saiu mais forte do que eu pensei, porque
ela se virou me olhando espantada, e disse. – O que foi?
– Você às vezes parece que esquece que eu sou homem... – Eu
continuei falando irritado.
– Des... Desculpe... – Ela gagueja – É que você é como um
irmão... E...
Eu nem a deixei continuar, e respondo – Eu não sou a porra
do seu irmão, eu sou um homem, você é uma mulher crescida, e se vira a bunda
para mim eu tenho reações normais de homem, você entendeu?
Ela continuou me olhando espantada, eu aliviei o olhar, ela
ficou desconsertada, mas ficou em silêncio, e continuou mexendo na televisão,
mas dessa vez, sentada corretamente no banco.
Sento-me, e cinco minutos depois James está à frente, o
garçom aproxima-se, eu peço um whisky com muito gelo e James pede uma Vodca
pura. Ele não diz nada para mim, e eu resolvo começar. – Você pretende falar?
James suspira, e diz. – Eventualmente... Como está a
princesa?
Eu sorri, nós somos assim, homens feitos do mesmo material,
tanto eu quanto James e John temos essa natureza protetora e dominadora, é
claro que a primeira preocupação de James seria perguntar por Julie. Desde
criança, nós a chamamos de princesa. John a chamava assim, e acabou virando uma
coisa nossa. – Ela está bem, está num encontro com algum idiota
universitário... – Eu respondo com um suspiro exasperado.
– Até quando você vai continuar se torturando assim? –
James me pergunta sério.
Eu olho para ele desconfiado – Porque você diz isso?
– Qual é Jake? Corta essa... – James me olha mais uma vez,
e eu percebo que ele sabe.
– Você esqueceu-se de quem Julie é irmã? Do nosso melhor
amigo! Ele nunca me perdoaria, eu mesmo não me perdoo. Você não deveria me perdoar,
eu me sinto um canalha... – Eu falei com raiva.
– Não é verdade, você não fez nada, e não é um canalha, eu
tenho certeza de que se você falar com John, ele iria entender...
– Nem pensar, eu não quero perder meu melhor amigo, não
posso perder nenhum de vocês... – Eu falei decidido – Vamos mudar de assunto. O
que você quer aqui no Santinni´s? Espionagem?
– Quem me dera que fosse... – Ele disse, e continuou –
Tente ser discreto, você está vendo a garçonete perto do bar, a loira linda?
Eu me virei o mais discretamente que pude, vi a loira
bonita de olhar triste. Dava para ver que ela era muito profissional, mas muito
tímida e contida.
– O que tem ela? – Eu perguntei, encarando James.
– Não sei Jake... Eu acho que estou me apaixonando...
Eu estava indo para o Caravaggio´s Roma, um dos meus
restaurantes, ele é um dos restaurantes que são símbolo de Roma. Ele fica
próximo ao Coliseu, tem uma vista fantástica, a comida era impecável, uma das
melhores do mundo. Precisava-se marcar com muita antecedência para reservar uma
mesa. A maior parte dos meus hotéis e restaurantes fica entre Nova York, Itália
e França. Eu vivo viajando de um para o outro, no entanto, eu fico baseado em
Nova York, mas eu gosto demais da Itália, principalmente, porque sou meio
Italiano. Meu pai era italiano e minha mãe americana, então eu tenho dupla
cidadania, e falo italiano fluentemente.
Parei para tomar um café num dos bares ao ar livre antes de
ir ao Caravaggio´s. Sentei-me, dando uma olhada no jornal que trouxe comigo,
quando comecei a perceber uma moça linda sentada numa das mesas bem ao canto, a
garçonete me trouxe o café, eu beberiquei, mas continuei passando um olho nela,
até que percebi que ela estava chorando. Eram lágrimas silenciosas que
escorriam pelo seu rosto, depois, ela colocou a cabeça entre as mãos e começou
a soluçar. Para mim isso foi demais, me levantei e fui até ela. – Desculpe-me,
mas você está bem?
Ela parou ainda com o rosto coberto de lágrimas, e me olhou.
– Sim, não se preocupe... – Ela tentou me despachar constrangida, mas sem sua
permissão, eu já estava sentado à mesa dela.
– Desculpe-me se eu não acredito, e me desculpe outra vez
se me intrometo, mas não é da minha natureza ver uma pessoa sofrendo, e não
fazer nada. Qual é o seu nome?
Ela me olhou incerta, mas respondeu – Rachel Alden...
– Eu sou James Caravaggio, me desculpe minha indiscrição,
mas porque você está chorando?
– Caravaggio... Como o restaurante... Eu sou garçonete do
Santinni´s... – Ela disse num fio de voz, sem me responder.
– Mesmo? Quem diria? Logo do Santinni´s... – Eu falei
sorrindo.
– Você tem algo a ver com o restaurante Caravaggio´s? – Ela
me perguntou franzindo o cenho.
– Algo assim... - Eu respondi me sentindo bem com o fato de
que ela parou de chorar e estava prestando a atenção em mim, então, continuei –
Eu já te perguntei, vou perguntar de novo, e agora você responde. Porque você
estava chorando?
Ela parou me olhando espantada, continuei olhando para ela,
claramente esperando sua resposta, e então ela começou. – Eu estou triste
apenas... Eu... Perdi meus pais há muito tempo quando tinha 15 anos, acabei
indo morar num orfanato até os 18 anos, hoje seria aniversário do meu pai, e eu
só estou aqui sentindo pena de mim mesma...
– Eu entendo... Meus pais ainda estão vivos, mas se
separaram há muito tempo e cada um seguiu seu caminho, morando em países
diferentes, eu os vejo muito pouco, minha família hoje em dia são meus amigos,
que são como irmãos para mim. Um deles perdeu os pais, assim como você, e tem
uma irmã que ele ficou tomando conta depois disso, ela tinha como você 15 anos
quando os seus pais morreram, eu acho que você se daria muito bem com ela...
Talvez, você esteja precisando de amigos... Gostaria de jantar conosco na sexta
à noite?
– O que? Não... Eu não conheço você... E porque você faria
isso por mim? – Ela me olhou desconfiada.
– Porque eu gostei de você, e gostaria de ser seu amigo...
Será que isso seria explicação suficiente para você? – Eu perguntei torcendo
que ela pelo menos considerasse, não sei por que mais eu queria muito ver ela
de novo.
– Eu não sei... – Ela continuou em dúvida.
– Eu queria muito que você conhecesse Julie, eu tenho
certeza que vocês se dariam bem... Que mal há em um jantar Rachel? – Continuei
insistindo.
Eu a observei pensando, com dúvidas se eu deveria confiar
ou não em mim, até que ela concordou, a essa altura eu já tinha esquecido que
tinham fornecedores de vinhos me esperando no Caravaggio´s, e fui a acompanhando
até sua casa, marcamos o horário que eu iria buscá-la na sexta, quando chegamos
à frente do edifício que ela morava. Ela resistiu a princípio que eu a
acompanhasse, mas eu disse que precisava saber onde residia para que eu pudesse
buscá-la na sexta, ela se despediu e eu saí contente em não ver mais nenhum
vestígio do choro em sua face.
Eu contei toda a história para Jake que me olhava incrédulo.
– E hoje é quarta-feira, e eu já estive aqui no Santinni´s duas vezes, a
primeira eu só olhei de longe e hoje estou aqui com você, não sei se ela já me
viu, mas eu não tiro ela da minha cabeça...
– Você sabe que está parecendo um maldito perseguidor, não
é? – Jake falou claramente, tentando me fazer voltar à razão.
– Enfim Jake, eu preciso que você me ajude, será que você e
Julie poderiam jantar conosco na sexta? – Eu falei exasperado.
– Sim, claro, não vejo porque não, eu ajeito tudo com
Julie... Mas, eu espero que você seja bem consciente nisso tudo, essa moça
parece frágil, e você está claramente com o tesão nas alturas, se depois que
você transar e larga-la, eu vou ficar puto com você! – Jake falou sério.
– Porra Jake, não é a porra de um tesão qualquer, eu estou
te falando, eu não consigo pensar, não consigo trabalhar, eu só penso nela... –
Eu suspirei mais uma vez quando notei que Rachel finalmente me viu, eu não
tentei disfarçar, e acenei, percebi sua hesitação, mas ela se aproximou
timidamente.
– Oi Sr. Caravaggio... – Ela começou.
E eu logo interrompi chateado. – Sério Rachel? Meu nome é
James, e você sabe.
Ela ficou desconcertada, olhou para Jake, e eu aproveitei
para apresentá-lo – Este é Jake Strephford um dos meus melhores amigos, é um
daqueles que te falei.
– Oi Rachel! É um prazer te conhecer. – Jake falou, a meu
ver, com charme a mais.
Ela sorriu, e disse - Muito prazer... Bom, eu preciso ir,
esse setor é de outro garçom, e eu tenho que atender...
– Muito bem, até sexta então... – Eu disse olhando para ela
intensamente.
Voltei meu olhar para Jake que me olhava fixamente até que
finalmente disse – É isso amigo... Nós estamos oficialmente fodidos...
E eu suspirei concordando.
Na sexta-feira, estava pontualmente à porta dela. Eu estava
muito ansioso, e o tempo todo fiquei achando que ela iria desistir na última
hora.
Quando chegamos ao restaurante, Jake e Julie já estavam lá,
olhei para Julie, e percebi certa semelhança física com Rachel, as duas são
loiras de olhos azuis e o mesmo tom de pele... Apenas Rachel tinha os cabelos
mais curtos na altura dos ombros e Julie os tinha quase na cintura,
colocando-as juntas poderiam se passar por irmãs... Lindas!
Sentamo-nos, e apresentei Rachel à Julie, que como sempre
esbanjava simpatia, dei um beijo em seu rosto, e perguntei – Como você está
princesa? Linda, como sempre...
Ela sorriu, e disse – Bem, estudando muito, e sendo vigiada
por Jake... Portanto sem nenhuma novidade...
– Não seja malvada princesa, você precisa de segurança. –
Eu sorrio mais uma vez do suspiro exasperado que ela dá, e observo a forma com que
Jake a olha. Rachel ao meu lado continua tímida, mas está sorridente, é
impossível não sorrir perto de Julie e John... Eles são como o fogo. Jake é o
mais calado de nós, sério demais, e eu me considero o equilíbrio entre nós três.
Eu oscilo entre a quietude e a expansividade. Nem eu mesmo sei quando o meu
humor vai estar de um lado ou de outro.
Fizemos os pedidos ao garçom quando simultaneamente os
celulares meu e de Jake tocaram, era John. – Oi meninas... Estou em Roma,
acabei de chegar, estou no aeroporto, onde vocês garotas estão? – Esse jeito de
falar é típico de John, e nós sorrimos. Só ele ligaria para nós dois ao mesmo
tempo, em celulares diferentes.
– Estamos no Caravaggio´s, John, venha para cá que nós
suspendemos o pedido e esperamos você chegar – Eu respondi.
– Onde está a princesa?
– Está aqui com a gente – Jake respondeu, enquanto olhava
para Julie.
– Bom, peçam um peixe para mim que estou chegando, estou
faminto! – Dizendo isso, desligou.
– Ah que maravilha, eu sou irmã dele, e ele liga para
vocês! – Disse Julie demonstrando seu desagrado.
– Não fique assim princesa, ele perguntou por você... –
Jake falou, sorrindo para ela.
Pedimos para o garçom segurar os pedidos, nos trazer um
pouco mais de antepasto, e mudarmos de mesa, que dessa vez teria que ser para
cinco. Em mais ou menos meia hora John chegou com o jeito espalhafatoso dele,
atraindo os olhares de todos em volta, foi direto para Julie, deu-lhe aquele
abraço e ela logo parou de ficar zangada com ele, já estava sorrindo de orelha
a orelha, depois veio até mim e Jake, nos abraçou, se sentou e finalmente olhou
para Rachel – Oi... Eu sou John Harrison, e você?
Eu me adiantei, e respondi por Rachel. Não sei por que meus
amigos falando com ela com tanto charme me incomodava tanto – Esta é minha
amiga Rachel Alden... – Rachel só assentiu com um sorriso tímido.
– Por que você não avisou que estava vindo, John? – Julie
perguntou.
– Eu queria fazer uma surpresa para vocês, princesa, e
também foi meio de última hora, eu achei que teria que ficar até a próxima
semana, mas adiantou, por que encontramos outro poço no Pacífico Sul, e eu
fiquei meio de férias, o pessoal não vai precisar de mim. Férias na Itália era
tudo que eu precisava! – Ele disse sorrindo.
– Triplo J... – Uma voz macia se destacou perto da nossa
mesa, todos nós olhamos para a bela ruiva que parou à nossa mesa, percebi uma
troca de olhares entre as meninas, e vi quando John a cumprimentou – Donna
DeMaggio... Que prazer te rever! – Ele foi todo charme.
Troquei olhares com Jake que foi apenas discreto – Quanto
tempo Donna...
E eu por minha vez apenas disse – Oi Donna!
Donna sorriu, e disse. – Agora senti saudades da
faculdade... Prazer revê-los garotos! – E dizendo isso se foi.
– Uau... – Disse John – Bons tempos! Um brinde aos bons
tempos? – Quando ele viu as nossas caras e as das meninas, ele apenas sorriu e
disse - Tim tim para mim então...
As meninas ficaram silenciosas, e depois saíram para ir ao
banheiro, e nós três ficamos à mesa – Por que você é sempre um idiota, John? –
Eu disse – Eu estou no meio de algo aqui, você não notou?
– O que? Eu o obriguei você a enfiar o pau na Donna DeMaggio
na faculdade? – Disse ele sem nenhuma censura.
– Eu desisto... – Respondi exasperado, enquanto Jake apenas
balançava a cabeça – Não discuta James, será que você ainda não aprendeu?
As meninas retornaram, e Julie veio com a perguntinha na
ponta da língua – Triplo J é? A faculdade de vocês devia ser um lugar sujo... –
Ela dizia isso com um olhar de nojo.
– O que, princesa? As pessoas se divertem na universidade,
é natural... – John respondeu.
– Eu não faço a metade das coisas que eu soube que vocês fizeram...
Ela tentou falar quando nós três respondemos em uníssono –
É claro que não!
E Jake completou – Nós nunca permitiríamos.
– Vocês são umas figuras... – Julie falou, do seu lado
Rachel sorria, percebi que ela interagiu bastante com Julie, mas procurava não
se meter abertamente nas conversas da mesa – Você faz faculdade também, não é Rachel?
Você faz coisas selvagens?
Eu engasguei em meu whisky quando John teve um ataque de
risos, e Rachel começou a rir também, enquanto respondia que não, apesar do
absurdo da pergunta, eu fiquei preso ao som cristalino daquele sorriso, foi
lindo e eu pensei que queria fazer ela sempre sorrir assim.
*John*
Sem eles em Nova York, eu estava me sentindo extremamente
solitário, eu sou um cara extrovertido, gosto de curtir a noite, de bares e
festas... Mas, até isso já estava me cansando um pouco, quando surgiu no
trabalho à chance de que eu pudesse sair, nem pensei duas vezes, e me mandei
para a Itália, eu queria estar perto da minha família. Onde Julie, James e Jake
estão, é onde eu quero estar.
Depois do jantar no Caravaggio´s eu pensei em ir direto
para o apartamento, mas eu estava em Roma, eu estava cansado de badalação, mas
eu bem que podia dar uma esticadinha pela noite, nada demais só um drink antes
de dormir... Chamei James e Jake para virem comigo, mas os dois maricas
recusaram, ficou sem graça sem eles, então em vez de ir a uma boate, eu fui a
um bar em frente ao meu edifício.
Não fiquei o tempo que eu esperei ficar, e voltei para o
apartamento, quando cheguei à minha porta vi uma moça forçando a porta do
apartamento em frente ao meu.
– Posso te ajudar? – Perguntei.
Ela se virou para mim surpreendida. - Minha chave deu
problema, não consigo abrir, já tentei de todo jeito, e por fim ela quebrou na
fechadura... – Ela disse se virando e continuando na sua tentativa de mover a
porta.
Ela nem me deu um segundo olhar, eu fiquei meio
surpreendido, normalmente as mulheres ficavam um tempo me olhando, eu me
acostumei a isso, e o fato dela não ter feito isto me intrigou e eu parei para
olhar para ela, deveria ter provavelmente por volta dos 22 anos, cabelos longos
negros, olhos verdes, seios fartos, gordinha, mas com todas as curvas no lugar
certo. Linda! Eu gostei, apesar de estar longe de ser o tipo com quem
normalmente eu saio. Mas, tinha algo nela que definitivamente fez meu pau
acordar para vida, e aí amigo, já era...
– Você quer que eu ligue para um chaveiro? Acho que é a
melhor solução, eu me ofereceria para arrombar sua porta, mas seria
inconveniente você passar a noite com a porta aberta... – Eu continuei falando.
Ela se virou me olhando mais uma vez surpreendida – Olha
você não precisa ficar por aqui, eu vou ligar para o chaveiro e resolver,
obrigada por sua ajuda! – Dizendo isso ela se voltou de novo para a porta.
-Porque você não deixa eu te ajudar? – Eu perguntei curioso
– Nós somos vizinhos. Os vizinhos não devem se ajudar?
Ela parou outra vez, e ficou me olhando – Eu nunca te vi
por aqui...
– Eu aluguei esse apartamento há pouco tempo, minha irmã
está no andar de baixo, eu moro em Nova York, eu sou John Harrison, e você
é...?
– Meggie Turner... – Percebi certa indecisão nela.
– Eu acho que você deveria ligar logo para o chaveiro... –
Eu continuei.
– A droga da bateria do meu celular acabou... E na verdade
eu nem tenho um número de chaveiro aqui... – Ela falou com um suspiro
exasperado.
– Tudo bem, você pode ligar do meu apartamento, e consultar
o auxílio à lista... – Falei isso enquanto abria calmamente a porta do apartamento
– Ela ainda parecia meio indecisa, e eu disse sorrindo – Não precisa
preocupar-se, eu não vou te atacar...
– Eu sei disso, sinceramente isso não me preocupa nem um
pouco... – Falando isso, ela entrou determinada, e eu franzi o cenho por que
não entendi o que ela quis dizer.
Ela entrou, fez a chamada e depois se levantou com a
intenção de sair. - Muito obrigada Sr. Harrison pelo ajuda... Eu vou esperar
pelo chaveiro lá fora, eu não quero incomodá-lo mais...
– Ei, você não está incomodando, e você bem pode esperar
sentada aí enquanto o chaveiro não chega. Você é do tipo que não gosta de
receber ajuda, não é? – Eu falei olhando firmemente para ela, até agora não
entendi por que ela tinha essa atitude tão hostil.
– Não é isso, eu só não quero incomodar... – Ela fez um
gesto irritado, se levantou e ficou olhando a vista da minha janela.
– Posso te oferecer uma bebida, alguma coisa? – Eu tentei
de novo.
– Não, obrigada!
– Bom, eu vou tentar adivinhar porque você está assim tão
irritada... – Eu comecei.
– Eu não estou irritada... – Ela falou, e eu ri. Não pude
evitar o que causou nela ainda mais irritação pelo que eu pude ver, ela começou
a sair do apartamento em disparada e eu não sei o que deu em mim por que fui
atrás, a puxei pelo braço, a grudei em meu corpo e dei um beijo, mas não foi um
beijo qualquer, eu queria sentir a maciez daqueles lábios, eu queria sentir
junto a mim as curvas daquele corpo, e também queria mostrar meu domínio sobre
ela. Eu a encostei na parede a cobrindo com todo meu corpo. Eu tenho quase 1,90,
e ela era pequenina, não deveria medir mais que 1,60, então eu tive que me
abaixar para nivelar a altura, e quanto mais eu me encostava mais duro eu
ficava. Eu queria morder, eu queria chupar, eu queria dominar. Eu só voltei
desse transe quando ouvi passos no corredor, eu parei o beijo e fiquei parado
olhando para ela e ela para mim, os sons dos passos ficaram mais fortes, e ela
piscou os olhos como se estivesse voltando de um transe, e me empurrou para se
afastar, eu fiquei aturdido também pelo que eu tinha feito, pois dificilmente
eu perdia o controle com uma mulher, ela escapou do meu alcance quase correndo.
O chaveiro chegou, começando a fazer seu trabalho, eu
fiquei na porta do meu apartamento observando, e ela ficou todo o tempo de costas
para mim, não dissemos uma palavra sequer, quando o chaveiro terminou de fazer
seu serviço, eu peguei minha carteira com a intenção de pagar, e ela
praticamente gritou – Não! Eu pago... Obrigada! – Ela falou comigo friamente.
Sua porta finalmente estava aberta, o chaveiro começou a
sair, e antes que eu pudesse falar alguma coisa, ela se virou e disse um “boa
noite” frio, fechou a porta na minha cara, e eu fiquei lá em pé por vários
minutos olhando a porta fechada.
*Julie*
Depois do jantar no Caravaggio´s, assim que cheguei ao meu
apartamento tomei um banho, e pensei em ir direto para a cama, mas fiquei sentada
no sofá porque queria pensar.
Eu passei a minha vida inteira apaixonada por Jake, ele
nunca sequer olhou para mim, sempre me tratou feito uma criança idiota, eu
vivia atrás deles três, e eles sempre me enxotando.
Nem por um instante eu poderia imaginar que poderia
afetá-lo de alguma forma, eu tento há muito tempo esquecê-lo, ir para encontros
com outros caras, sair com amigas, me dedicar aos estudos. Quando vim para
Itália estudar foi atrás de novos ares, quem sabe até um novo amor... Mas, ele
tinha que ficar na minha segurança, e agora dificultando mais ainda as coisas
para mim.
Meu corpo estava em chamas justamente porque eu não
conseguia esquecer aquele dia na limusine, fiquei parada sem saber o que pensar
ou dizer, não sei se fico feliz ou incomodada com o fato dele me perceber,
feliz por ele ver que eu agora sou uma mulher, e incomodada pelo fato dele
saber disso, e ainda assim me afastar.
O meu pensamento estava começando a ficar mais erótico, e eu
penso naquele homem perfeito. Jake é lindo... 31 anos, alto, deve ter
aproximadamente 1,90m, corpo todo definido, cabelos negros... E o mais
encantador, os olhos lindamente azuis. Quando ele me olha, parece conseguir ver
minha alma. A personalidade dele é muito forte, ele é sério, o mais sério dos
três, John e James também são extremamente bonitos, mas, para mim não tem homem
como Jake.
Eu vou sentindo o calor subindo enquanto penso em Jake, naqueles
olhos, no jeito como ele fala comigo, às vezes autoritário, às vezes doce e
suave. Eu estava apenas com uma blusinha fina branca e de calcinha, então... Comecei
a dar asas à minha imaginação... Pensei em suas mãos pelo meu corpo, o imaginei
tocando os meus seios... Os movimentos foram ficando mais fortes enquanto eu me
tocava, suspendi a blusinha expondo meus seios, puxei a calcinha para o lado, e
comecei a me masturbar imaginando as mãos de Jake, eu gemia e estava tão
gostoso que nem ouvi o som da porta do apartamento se abrindo e nem vi quando
ele ficou parado ali simplesmente apreciando o show que eu estava dando e
quando finalmente eu gozei virei o rosto e dei de cara com aqueles lindos olhos
azuis enquanto gemia muito alto...
Assim que vi James fiquei atraída, eu estava tão triste,
porque se sentir sozinha no mundo é uma coisa complicada, sem pais, sem
família, sem amigos, eu não tenho ninguém para contar, nunca ninguém tinha prestado
a atenção em mim, e eu sei que em parte isso é culpa minha, eu faço de tudo
para não ser notada, eu tenho medo de me apegar às pessoas e elas me deixarem.
Eu não sou capaz de passar por essa dor de novo, e James tem potencial para me
quebrar em mil pedaços.
Por isso enquanto ele dirigia eu pensava exatamente isso,
vou me despedir e agradecer pela noite maravilhosa e nunca mais eu o verei. Eu tomei
essa decisão, e olhei de lado para ele, tão bonito! Ele é muito alto, assim
como seus amigos pude notar, todos tão lindos, mas James se destaca com esse
cabelo caramelado e olhos intensamente verdes, quando ele me olha meu coração
bate e eu me sinto pequena e feminina... Os meus pensamentos começam a vagar em
pensar naquelas mãos em volta do meu corpo, como deveriam ser seus beijos...
Que sorte deve ter a mulher que chamar à sua atenção... Esse pensamento me causou
dor...
Chegamos à porta do meu edifício, e ele me acompanhou até a
entrada, me virei para agradecer – Obrigada pela noite maravilhosa, foi muito
bom conhecer seus amigos e poder ter uma noite diferente, você é um homem muito
bom James... - Nem consegui concluir a frase, pois meus lábios foram tomados em
um beijo selvagem, forte, possessivo. Ele passou as mãos pelos meus cabelos,
foi descendo pelas minhas costas, mordendo meu pescoço, meus lábios, e eu fui
me desfazendo e me perdendo no beijo... Quando o beijo terminou eu arfava e
tremia, e ele me olhava intensamente me mantendo presa em seus braços, enquanto
me disse sério – Não ouse se despedir de mim como se nunca mais fosse me ver
outra vez. Eu quero você e vou te ter...
Eu fiquei desconsertada por ele parecer adivinhar meus
pensamentos, e pela força de sua afirmação, respirei para acalmar meu coração e
tentei ser firme – James... Eu não posso fazer isso... – E dizendo isso
praticamente corri para dentro do prédio, ele poderia ter me impedido se
quisesse, mas não fez, ficou apenas parado olhando enquanto eu fugia.
(Jacob)
— Você
tem certeza que vai fazer isso mesmo? – Disse Jared olhando para baixo, para a
grande pista de MotoCross e o grande declive que eu pretendia descer com minha
nova moto de corrida, que comprei escondido dos meus pais e escondo numa grande
garagem perto dessa pista, pois moto normal de usar na rua já tenho há algum
tempo.
Eram
já dez horas da noite de uma sexta-feira e marcamos eu, Johnny e Jared para nos
encontrar aqui, arranjamos a desculpa de que iríamos dar uma volta pela cidade.
Sem aula no outro dia, nossos pais apenas pediram que chegássemos no máximo até
meia noite... Precisamos aproveitar, esse é o último ano de Johnny que fará
dezoito anos em poucos meses e ele e as gêmeas irão para faculdade, eu, Jared e
Laura ficaremos mais um tempo ainda na porra da escola. Então, por conta disso
ganhamos um pouco mais de liberdade.
Não
que nossos pais pudessem fazer algo quanto a isso, ainda mais comigo, sou um
cara livre, se quiser fazer alguma coisa, eu faço. Simples assim.
Johnny
assobiou quando viu a altura que eu pretendia descer com a moto e disse:
— Se você morrer posso ficar com sua coleção
de jogos do Playstation?
Eu
dei um olhar duro para ele quando Jared falou ao meu lado – Porra! Já ia
pedir...
— Vão
se foder vocês dois! – Eu disse indignado.
— Por
que porra você tem que fazer isso, Jacob? – Jared perguntou franzindo o cenho e
continuou olhando para Johnny – Pensando bem, você não vai ficar com os jogos
do Playstation Johnny, nós todos vamos morrer se esse filho da puta louco se
machucar ou morrer... O tio Jake vai nos matar... Portanto, estamos mortos de
qualquer jeito...
Suspirei
olhando o grande declive, ajeitando minhas luvas e capacete, o coração batia
com a adrenalina entrando no meu sangue, não sei por que isso me acontece, mas
preciso disso, preciso sentir o perigo, o medo... É isso que me faz sentir
vivo.
Já
ia ligar a moto quando ouvi umas risadinhas ao fundo, meu corpo arrepiou, olhei
para Jared e Johnny e balancei minha cabeça negativamente puto da vida.
— Não
estou acreditando numa porra dessas! – Falei alto o suficiente e senti os
sorrisinhos cessarem.
— Você
falou para elas onde estaríamos Johnny? – Jared perguntou carrancudo.
— Não...
Eu apenas citei que estaria aqui hoje... O que posso fazer se elas não vivem
sem mim? – Johnny disse provocando Jared que o olhou com raiva, eu prefiro
ignorar o porquê disso e me concentro em procurá-las com o olhar.
— Ok,
meninas! – Johnny chamou – Saiam daí, vocês não conseguem ser discretas...
E
então Amber e Alice surgiram na frente dando risinhos e atrás delas totalmente
sem graça a razão de todo o meu tormento, Laura. Eu a odeio e ela me odeia
também, e vivemos bem com isso, ela lá e eu cá...
Elas
se aproximaram e Alice como sempre não deixou barato e foi logo dizendo:
— Deixa de ser um idiota maluco, Jacob! Não
está vendo que nós não vamos deixar você pular nessa coisa!
— Tentem
me impedir... – Falei com mais raiva ainda pela descarga de adrenalina que
senti com a aproximação de Laura. Porra!
— Muito
simples! – Disse Amber do mesmo jeito espevitado – Com um simples toque no
celular eu chamo o papai, e então meu querido, nem o presidente vai poder te
salvar da fúria dele!
— Bom,
então não percam tempo e liguem logo! Porque eu estou descendo! – E com isso
acelerei minha moto fazendo bastante barulho, olhei mais uma vez para Laura por
cima do visor do capacete com raiva, e então saltei.
— Filho
da puta! – Ouvi Jared gritando. Senti a adrenalina tomar conta do meu corpo, o
esquecimento, os medos, aquele incômodo insuportável que sentia toda vez que
via Laura, tudo foi embora naqueles minutos, então senti quando um dos pneus da
moto bateu numa pedra no meio da pista, a moto derrapou e eu caí com a moto por
cima de mim.
Fiquei
deitado um tempo sentindo o peso da moto sobre meu corpo, quando comecei a
raciocinar de novo, estavam todos eles olhando para mim com olhares de terror.
Comecei
a me mover devagar e senti que não tinha em mim nenhum osso quebrado, mas
estava provavelmente arranhado em várias partes do corpo.
Jared
e Johnny começaram a tirar a moto de cima de mim, e eu me sentei devagar.
— Você
é mesmo um idiota fodidamente maluco... – Johnny disse.
— Eu
juro por Deus que vou contar tudo pra o papai, Jacob! – Alice falou gritando.
Tirei
meu capacete devagar sorrindo, eu adorava sentir essa sensação de quase morte,
tudo valia a pena por essa adrenalina, foi então que mesmo sentado procurei por
ela, e a vi ali atrás de Jared, ela tentava limpar as lágrimas, mas foi tarde,
eu vi. Aquilo me fez sentir uma dor no peito que logo coloquei meu modo raivoso
para ignorar.
Levantei
meio tonto enquanto Johnny e Amber me apoiavam, retirei as luvas e disse – Vou
ajustar minha moto, quero pular de um local maior ainda...
— Idiota!
– Ouvi Laura dizer baixinho.
Parei
com raiva e olhei para trás – Quem mandou você vir aqui? Tio James sabe que a
filhinha do papai está à solta as quase onze da noite pela rua?
— Ei...
– Jared falou me olhando firme – Pode parar Jacob...
Suspirei
cansado e vi quando Jared abraçou Laura. Minha mandíbula doía de tanto que
apertei de raiva, pois queria dizer muitas coisas para ela e para minhas irmãs.
— Você
viu o risco que elas correram? Três meninas como elas soltas pela noite de
Roma? É perigoso, caralho! – Eu gritei me soltando do apoio de Johnny e Amber.
— Deixa
de ser idiota, Jacob! Nós somos mais velhas que você. – Alice disse e continuou
– E tem mais, se você não ficasse fazendo coisas estúpidas, nós não
precisaríamos estar aqui agora.
— Eu
concordo que foi imprudente vocês três estarem aqui... – Jared falou olhando
para minhas irmãs e depois desviou seu olhar para Laura e disse – Vamos embora,
eu espero sinceramente que assim que vocês chegarem em casa se batam com tio
Jake e ele veja seu estado Jacob!
— Que
se foda... – Respondi enquanto levava minha moto para a garagem acompanhado de
Johnny, ainda olhei para trás quando vi Jared acompanhar Laura e minhas irmãs
até o carro dele.




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