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sábado, 20 de setembro de 2014

SWITCHER

Na natureza viva há dois gêneros distintos, o masculino e o feminino. No reino vegetal distingue-se eles pelo androceu e o gineceu, no reino animal pela vagina e o pênis, nos dois reinos há exceções, nas quais há em um mesmo indivíduo a presença dos dois órgãos, conhecida por hermafroditismo.


Diferente do reino vegetal, ao qual a natureza impõe a impossibilidade do movimento e a satisfação de instintos e detém a maioria dos casos de hermafroditismo, o reino animal é dotado dessa liberdade, para ir em busca do sexo oposto e satisfazer os seus instintos, em raríssima exceções os casos de hermafroditismo no reino animal, exercem atividades auto reprodutórias, a grande maioria dos casos encontrados, são erros genéticos, que os tornam incompatíveis com a saúde sexual.

Sabe-se, através de pesquisas, estudos e experiências, que dois seres do mesmo sexo, se isolados, assumem características homossexuais e buscam a satisfação dos seus instintos mutuamente, ou seja, dois cães isolados durante longo tempo, terão relações sexuais entre eles, podendo um assumir a feminilidade ou haver revezamento, desta forma a natureza age sem preconceito, a favor da satisfação dos instintos. Torna-se claro que a homossexualidade é um aspecto natural.

No reino animal, o ser humano é o nível mais alto da evolução, além dos instintos relativos à sua animalidade, detém em si, a inteligência e o livre-arbítrio. Estas duas características lhe dão a possibilidade de promover decisões e escolhas.
 
Como nos demais níveis vivos da natureza, existe no "reino" humano os dois gêneros, masculino e feminino, determinados a manterem a preservação da espécie e a evolução da mesma, através dos relacionamento sexuais, por convenção, heterossexuais.
 
Sendo o Homem, uma criatura capaz de escolher e decidir seus caminhos, há as decisões e escolhas nem sempre convencionais, existem indivíduos que por motivos religiosos, morais ou por outra particularidade que decidem se absterem do relacionamento sexual e se tornam celibatários.
 
Outros indivíduos decidem se relacionar apenas com pessoas do mesmo sexo, como maneira de prazer mais adequado para eles, adotando para si a homossexualidade, seja por livre escolha ou necessidade psicológica ou física. Há também, aqueles indivíduos que por sua livre escolha, decidem se relacionar intimamente com pessoas de ambos os sexos, assumindo por convenção social a sua bissexualidade.

Definir os aspectos sexuais do ser humano, não é tão fácil, dar-lhes as razões para tal e mais difícil ainda, tentar traçar perfis é quase impossível, tal é a quantidade de variantes que envolvem o assunto.
 
Adotou-se três padrões básicos, heterossexualismo, homossexualismo e bissexualismo, o primeiro seria o padrão, relação homem e mulher, o segundo aborda as relações entre dois homens ou entre duas mulheres, mas é capaz de se dividir em inúmeros "subgrupos", como transexualismo, travestismo, inversões, ou alguns sentem prazer ao se relacionarem com personalidades semelhantes, e outros preferem se relacionarem com indivíduos personificando o sexo oposto, há quem prefere a atividade sexual passiva e quem prefere a ativa.
 
No terceiro grupo, é mais difícil ainda traçar perfis, o número de variantes é enorme e vai desde o simples desejo por curiosidade de manter relacionamento sexual com o mesmo sexo, a manutenção das relações como prerrogativa de felicidade.

Se na natureza e no ser humano existem tantos aspectos sexuais, por que deixaria de acontecer no BDSM?

Conhecido no meio BDSM como "switcher" ou "SW" (a tradução literal é flexivel, alternado), repugnado por alguns, adorado por outros, há quem diga que é o "bi" do meio BDSM e quem afirme que o switcher é aquele que aproveita-se da totalidade do BDSM, sem limitar-se a uma metade.

O switcher por suas características, as quais faz dele, ora um dominador e ora um dominado, aproveitar todo o potencial que o BDSM oferece, sem restringir-se a um único papel, sem no entanto planejar ou elaborar as suas decisões, como o dominador e o submisso, ele é e pronto.
 
Geralmente as característica de personalidade do SW, é dotada de liberdade e a liberalidade de pensamentos, viaja por além de tabus e tem a necessidade de experimentar tudo. Ajusta a satisfação dos seus desejos, conforme o momento que vive, a motivação que lhe sobressai, o estado de espírito que está se movendo e o parceiro que se relaciona, não faz questão de papéis definidos.

Indiferente à relação dominador-submisso, ao ser dominado pode ser entregar totalmente, mas se sentir os laços dominantes frouxos, é capaz de virar o jogo, é necessário firmeza para dominá-lo, mas isso não significa uma constante medição de forças. O "SW" por suas característica, dificilmente estabelece uma relação fixa com apenas um dominador, lhe é necessário relações com partes submissas e navega em torno das duas faces do BDSM.

Para entender, a maneira que o SW satisfaz o seus desejos, é necessário compará-lo ao bissexual, o qual busca o prazer de diferentes maneiras, dependendo da situação e do parceiro que lhe faz companhia.
 
Uma mulher bi, quando junto a um homem buscará o prazer de uma forma, utilizando-se da copulação o meio principal para obter o orgasmo, quando junto a outra mulher, o orgasmo será buscado de diferentes maneiras e nem sempre a penetração por próteses ou objetos fálicos será necessária, neste sentido as preliminares ganham maiores proporções, enquanto que no sexo convencional as preliminares são apenas um resumo.
 
Mesmo assim, há quem pergunte, como pode duas mulheres fazerem sexo, ou, perguntas e dúvidas se há realmente sexo entre duas mulheres, o que denuncia a ignorância de pensamento, que sexo é somente o coito e o antes e o depois é bobagem.

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