Depois de conhecerem a origem deste famoso personagem, vamos agora fazer um tour no cinema e conhecer os filmes que imortalizaram o nosso personagem.
Mais detalhes sobre esses filmes, acesse as colunas Inesquecíveis e Esquecíveis do cinema, quatro filmes foram detalhados para vocês
A era Cristopher Reeve (1978/1987)
Três décadas depois da passagem do personagem pelos cinemas, o Super-Homem ganharia uma versão definitiva, que marcaria toda a história do cinema, inauguraria um novo gênero,o de adaptações de personagens de histórias em quadrinhos,que realmente deslancharia nos primeiros anos desse milênio, e seria determinante por influenciar e motivar as carreiras de vários profissionais do cinema e da tv, além de outras mídias.
Na metade dos anos 70, os produtores europeus Alexander e Illya Salkind fecharam um acordo com os estúdios Warner, que eram os atuais proprietários da editora DC Comics. Eles iriam bancar e produzir uma megaprodução com o herói e a Warner entraria com a divulgação e a distribuição, dividindo os lucros em partes iguais.
Naquela época, os especialistas em cinema consideravam que um filme daquele gênero era uma aposta altamente arriscada, pois não havia nenhuma outra obra que pudesse servir de referência, e poderia culminar num tremendo prejuízo para os envolvidos. Conscientes desse fato, os produtores trataram de cercar a produção com nomes de respeito, que desse credibilidade e chamasse a atenção.

Para a direção, após cogitar o diretor Guy Hamilton, da série do 007 e um jovem chamado Steven Spielberg, os produtores contrataram Richard Donner, recém saído do suspense A Profecia,hoje uma das principais referências ao gênero do terror. Ao ler o roteiro reescrito, achou bem exagerado, independente do fato de quem era o personagem em questão, não concordou com algumas coisas,e por fim, teve permissão dos produtores para reescrever o mesmo.
Para essa tarefa ele convocou o amigo Tom Mankievicz,roteirista da série 007, para lhe ajudar. Outros nomes da equipe foram surgindo, o cenógrafo John Barry, vencedor do Oscar por Star Wars, o diretor de fotogtrafia Geoffrey Unsworth, vencedor por Cabaret,o maestro John Willians, vencedor 2 vezes, pela trilha sonora de Tubarão e Star Wars. Seu trabalho nesse filme, é até hoje um dos mais conhecidos de sua gloriosa carreira, e uma referência imediata ao herói.

O principal desafio da equipe técnica foi reaizar as sequências de voo do herói, vistos os recursos ténicos da época. A saída foi usar a técnica de retroprojeção de imagem de um suspenso Chris Reeve em chroma key e colar depois as imagens na tela. O artifício deu certo, e unido com os demais efeitos especiais, o filme receberia um Oscar da categoria, criada especialmente para premiar o esforço da equipe.
As histórias dos bastidores desse filme ficaram marcadas pelos muitos desentendimentos entre Donner e os produtores. O caso é que estavam rodando dois filmes em um, o primeiro e o segundo, e a pressão sobre ele era enorme. A coisa piorou quando o Richard estourou o orçamento e os prazos pra conclusão das filmagens.
Enfim, as mesmas foram concluídas,mas a data de estreia se aproximava e o trabalho de pós-produção era intenso. Por fim, o filme foi lançado no natal de 78, tornando-se um enorme sucesso de bilheteria no mundo todo.
Prestes a daqui a 2 anos completar 40 anos de seu lançamento, o filme continua tendo um diferencial de outras produções mais modernas do gênero, por todo o seu conjunto da obra.
Não só foi o pioneiro dessa transposição de personagens dos quadrinhos,como a melhor produção que o herói poderia ter tido pra estrear nos cinemas.
Nenhum outro filme com o personagem vindo após esse aqui, conseguiu até hoje superar o mesmo, ele continua tendo um diferencial que jamais será igualado.
Superman 2-A Aventura Continua (1980)

Lester sugeriu a interrupção das filmagens da sequência e que se concentrassem no primeiro e o concluíssem. Retomados os trabalhos, todos foram pegos com a notícia da demissão de Richard Donner, gerando uma enorme revolta entre todos. Lester assumiu seu lugar e teve que trabalhar em cima do material filmado por ele.

O roteiro também saiu prejudicado com a saída de Brando e com os rumos dados por Lester. O tom do filme ficou divergido,com as sequências sérias criadas por Donner e o humor, marca registrada do seu substituto, e que ficaria ainda mais evidente no próximo filme. Mesmo com tudo isso, o filme chegou aos cinemas e foi outro enorme sucesso.
Contando com um vilão memorável, o tirânico General Zod e uma das mais espetaculares sequências já vistas até hoje nesse gênero, a batalha do Super-Homem com os prisioneiros da Zona Fantasma, o filme marcou época, tal qual seu antecessor, e é um cult absoluto.
Infelizmente, seria o ultimo bom filme do herói, estrelado pelo Christopher Reeve.
Superman 3 (1983)

Os produtores para completar, deram mais lenha para o Lester queimar, contratando o ator comediante Richard Pryor, sensação hollywoodiana daquela época. Pryor declarou numa entrevista ser fã dos filmes do Super-Homem, e isso foi o suficiente pra sua contratação.
Mas a produção em si teria outros pormenores:a equipe técnica que trabalhou nos filmes anteriores não retornou mais. Geoffrey Unsworth e John Barry faleceram antes do lançamento do Superman - O Filme. Tom Mankievicz, em solidariedade ao amigo, também pulou fora.

Já a Margot Kidder, intérprete da Lois Lane, ficou com somente 5 minutos de cena, por ter apoiado o Richard Donner alguns anos antes. Com isso,o centro das atenções ficou com o Richard Pryor, o roteiro medíocre deu mais tempo de cena a seu personagem que ao próprio Super-Homem, fazendo dele quase um coadjuvante.
O excesso de humor, o roteiro fraquíssimo, a ausência de uma trama mais interessante e o elenco chato, culminou com um belo fracasso de crítica e bilheteria, o primeiro que o homem de aço conheceria nas telonas.
Era o início da decadência na promissora série. Chris Reeve foi o único poupado das críticas, ele continuava célebre como o Super-Homem.Porém, optara em não mais voltar a vestir o uniforme. Deveria ter mantido sua opinião. Prestes o que viria 4 anos depois.
Superman 4-Em Busca Da Paz (1987)

Os principais produtores dos filmes de baixo orçamento dos anos 80. Os chefões do estúdio botaram na cabeça a idéia de bancar a quarta aventura do herói nos cinemas. Fecharam um acordo com a Warner e tomaram emprestados os direitos da mesma sobre a franquia.
Aí, trataram de correr atrás do Chris Reeve, para convencê-lo a estrelar o mais novo filme. Prometeram que ele dirigiria e escreveria o roteiro, além de atuar, a equipe técnica dos primeiros filmes seria recontratada, assim como o elenco original, incluindo Gene Hackman. A promessa era para realizarem um filme épico, como foram os primeiros.
Chris caiu na conversa e então veio o revés, o orçamento de 36 milhões caiu para 17, a equipe foi dispensada e a direção ficou a cargo do péssimo Sidney J Furie, que simplesmente pegou o roteiro do Reeve e o destroçou. Sem dinheiro e sem equipe técnica qualificada, o filme foi um dos maiores exemplos de como jogar na lama uma franquia que se iniciara de forma promissora. A sucessão de ideias e cenas constrangedoras foi tamanha, que desafiam o bom senso até hoje.

Foi o fim também para era Chris Reeve, nunca mais ele retornaria ao personagem que lhe deu fama e lhe projetou ao nível mundial.
Superman - O Retorno (2006)

Foi o prelúdio de uma avalanche de ideias idiotas e sem noção que,se tivessem seguido adiante, teriam colocado um ponto final em qualquer pretensão de realizar outra produção com o personagem e o manchariam para todo o sempre. Felizmente as tentativas de realizar não foram adiante.
Nos primeiros anos desse milênio, o gênero que caminhava tímido pela década de 90, realmente chegou ao seu ápice, graças à editora Marvel, principal concorrente da DC, que realizou duas produções que finalmente fariam os grandes estúdios hollywoodianos investirem cada vez mais no gênero, os primeiros filmes dos X-Men e Homem-Aranha. Os primeiros filmes e suas sequências acumularam milhões nas bilheterias, e fortaleceram o fato que o filão tinha milhares de fãs que prestigiariam as obras derivadas dos quadrinhos.
A DC não deixou por menos e reciclou a franquia do Batman, que, tal qual o Super-Homem, incíara com duas produções marcantes, para em seguida padecer em duas péssimas. Sucesso de público e crítica, Batman Begins incentivou ainda mais a volta do maior personagem da DC aos cinemas.
Numa das maiores reviravoltas dos últimos tempos, o filme entrou em fase de pré-produção, com a Warner procurando um diretor competente e de renome pra comandar a obra. Foi quando surgiu o jovem Bryan Singer, o sujeito que abrira as portas da Marvel para os cinemas, como os filmes dos X-Men.
Fã dos filmes do Super-Homem, comandados por Richard Donner, Singer não titubeou em largar o comando da terceira aventura dos X-Men para comandar a produção do personagem pelo qual ele era apaixonado. Bryan não só pulou fora, como ainda levou parte da equipe técnica que trabalhara com ele nos filmes dos mutantes.
Entre eles, a dupla roteirista, Michael Dougherty e Dan Harris, que desenvolveria juntamente com ele, a história do filme. A sua ideia era seguir a linha dos dois primeiros filmes do herói, ignorando os pavorosos Superman 3 e 4. Superman-O Retorno seria uma espécie de Superman 3. A Warner desprendeu um orçamento exorbitante, pouco mais de 200 milhões, o que fez naquele instante, o filme se tornar o mais caro já realizado na história do cinema.
O diretor escalou mais uma vez um ator desconhecido para o papel principal, no caso, o jovem Brandon Routh. Logo, as notícias começaram a correr soltas, um dos mais badalados diretores daquele momento, um orçamento inimaginável e todos os recursos técnicos mais modernos possíveis à sua disposição. Sem dúvidas o que estava por vir seria um espetáculo. Superman-O Retorno, foi sem dúvida alguma, o filme mais esperado de 2006, os fãs esperavam angustiados a sua estreia. Porém, o filme não satisfez da forma como se imaginava.
O caso é que, em sua ânsia de homenagear os filmes originais do Super, que tiveram uma forte influência na carreira do Singer como diretor, ele se esqueceu que os novos fãs de cinema tinham um padrão mais exigente em relação a esse gênero.
O que eles queriam era ver cenas grandiosas de batalhas, a exemplos dos X-Men e Homem-Aranha, efeitos mirabolantes. Singer se limitou a ficar preso à fórmula dos filmes feitos há mais de 30 anos, quando a plateía era outra, um saudosismo desnecessário.
Com exceção da adrenalinesca sequência em que o herói salva um avião, uma das maiores, senão a maior cena protagonizada pelo personagem em toda a sua história nos cinemas, o filme se desdobrou em cenas de muita conversa e pouca ação. A trama não interessava.
O filme era quase uma refilmagen dos bons momentos vividos pelo Super-Homem no clássico filme de 78. Até os fãs mais antigos ficaram insatisfeitos, esperavam novidades. O resultado final, foi que o filme fez uma boa bilheteria, pouco mais de 390 milhões, porém, muito abaixo do que os chefões da Warner esperavam arrecadar.
O Homem de Aço (2013)
Se o maior dos super-heróis não foi bem nas telonas,na contramão, seu colega de editora, o Batman, estava arrecando bilhões a cada nova aventura. E foi justamente o diretor dessa franquia, o badalado Christopher Nolan, em parceria com o roteirista David Goyer, os responsáveis em pôr em prática a ideia de reiniciar a trajetória do Super-Homem nos cinemas. A bilheteria decepcionante do seu último filme reforçou a ideia de que era preciso atualizar o personagem, aposentar de vez os elementos da era Cris Reeve.
Seu novo filme zerava tudo o que tiha sido feito anteriormente. Durante as discussões para a história de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, em 2010, David S. Goyer contou a Christopher Nolan a sua ideia sobre como apresentar o Superman em um contexto moderno. Impressionado com o conceito de Goyer, Nolan apresentou a ideia para o estúdio, que o anunciou no filme como produtor e Goyer como roteirista.
Para a direção foi convidado Zack Snyder, que já tinha algumas adaptações de HQs para o cinema em seu currículo, entre elas,o badalado 300, de Frank Miller e Watchmen, de Allan Moore. O conceito de todos os envolvidos, era fazer um filme o mais realista possível, por mais que fosse inconcebível a ideia de existir um sujeito por aí que nem o personagem. Novamente um orçamento milionário foi desprendido, cerca de 225 milhões de dólares.
No elenco, nomes de respeito, como o oscarizado Russell Crowe e o veterano Kevin Costner, vencedor do Oscar como melhor diretor em 1991, por Dança com Lobos. Completavam o quadro: Amy Adams, que no ano anterior também recebera indicação à premiação, Diane Lane, Michael Shannon e Laurence Fishburne. Novamente para o papel protagonista, foi escalado um rosto nem tão conhecido,o jovem Henry Cavill.Tal qual o filme anterior, a mais recente produção com o herói causou enorme expectativa entre os fãs.
Nomes de respeito e prestígio ligados à produção, e a promessa de um filme muito mais adrenalinesco que o seu antecessor. Todos os elementos da clássica produção com o herói tinham sido descartados, até a soberba trilha sonora de John Willians.

O roteiro foi um tanto apressado, e parecia mais uma mistura de Transformers com o fenômeno Os Vingadores. Houve um mal desenvolvimento de alguns personagens, algumas situações ocorreram rápido demais e elementos da mitologia do herói foram ignorados.
Já os fãs não tiveram de que se queixar, embora a história do filme não empolgasse tanto, tinha o que faltou no filme do Singer, cenas de ação e batalhas desenfreadas. Repaginado, o personagem foi adaptado aos dias atuais, já não era mais o escoteiro boa praça dos filmes clássicos.
Batman vc Superman: Down Of Justice
O caso é que o filme dos Vingadores, foi uma produção concebida a longo prazo. Desde 2008 que o mesmo já vinha sendo preparado,e o resultado foi esse enorme sucesso. Perdidos e ansiosos em dar essa resposta, os chefões da Warner devem ter se convencido que levar seu grupo de heróis às pressas,sem um planejamento semelhante ao dos concorrentes, poderia custar caro.
Qual foi então a saída encontrada?
Reunir seus dois maiores personagens, Batman e Super-Homem, na mesma produção, e de quebra incluir a Mulher-Maravilha. A ideia começou a ganhar força em 2013 ainda, quando na penútima edição da Comic Com,evento que anualmente reúne fãs dos quadrinhos do mundo todo,e todas as mídias do entretenimento se fazem presentes pra divulgar seus projetos, e foi apresentado o clip de O Homem de Aço, antes de sua estréia.
Numa jogada de marketing, o diretor Zack Snyder deu a entender que os dois heróis poderiam muito em breve se encontrar na mesma produção. A notícia caiu como uma bomba entre os fãs,que ficaram eufóricos com a possibiidade. Foi a resposta que os produtores queriam pra tocar esse possível projeto.
A excelente bilheteria do último filme do Super-Homem, era o toque final. Mal o filme saiu das salas de cinema, as notícias que a sequência, O Homem de Aço 2, iria reunir o kryptoniano com o Homem-Morcego. Logo, ficou estabelecido que o projeto seria Batman vs Superman, com um subtítulo a ser acrescentado.
A Mulher-Maravilha foi confirmada, então! Uma coisa é fato, o que inicialmente seria a sequência do Homem de Aço, tornou-se o embrião da futura produção da Liga. Resta aguardar e ver no que vai dar, Henry Cavill, Amy Adams e Laurence Fishburne, do filme anterior, foram confimados desde o começo. Ben Affleck foi escolhido para interpretar o Batman. Christopher Nolan, o roteirista David S Goyers e Zack Snyder mais uma vez estão à frente da empreitada.

Amigo!
ResponderExcluirFicou show esta matéria, completíssima.
Realmente o trabalho ficou de primeira.
AMEIIIIII